PIB aumentou 1,1% em 2018, segundo avaliação do IBGE

março 2, 2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em 1º de março de 2019 o Produto Interno Bruto (PIB) do ano 2018. Houve crescimento de 1,1% do PIB, totalizando R$ 6,8 trilhões.

O resultado em 2018 repetiu a alta de 1,1% em 2017, o qual interrompeu dois anos contínuos de retração da economia, -3,8% em 2015 e -3,6 em 2016. No biênio 2015-2016, houve queda acumulada de 7,2% no PIB do Brasil.

O PIB per capita, distribuição por toda a população do Brasil, variou 0,3% em termos reais em relação a 2017, alcançando R$ 32.747 em 2018.

O consumo das famílias brasileiras cresceu 1,9% em relação a 2017, explicado pelo bom desempenho dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do ano. A despesa do consumo do governo, por sua vez, ficou estável.

A taxa de investimento aumentou de 15% em 2017 para 15,8% em 2018, enquanto a taxa de poupança oscilou de 14,3% em 2017 para 14,5% em 2018, totalizando R$ 993,3 bilhões.

As Exportações de Bens e Serviços cresceram 4,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços aumentaram 8,5%.

Desempenho dos Setores Econômicos

O IBGE divulgou o gráfico do desempenho do PIB setorial acumulado por trimestre ao longo dos anos 2010 a 2018:

Fonte: IBGE – Contas Nacionais Trimestrais (2019)

O setor de serviços obteve o melhor desempenho, participação de 75,8% do PIB. Esse setor cresceu 1,3% em 2018 e registrou taxas positivas em todas as sete atividades pesquisadas.

Os segmentos que mais influenciaram o desempenho do setor foram as atividades imobiliárias e o comércio, que cresceram, respectivamente, 3,1% e, 2,3%.

A agropecuária se manteve estável, com variação de 0,1% em relação a 2017. De acordo com a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Cláudia Dionísio, esse setor continua com resultado expressivo devido à safra recorde em 2017.

Destaques para as culturas do café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Por outro lado, houve quedas na produção do milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2,0%).

A indústria cresceu 0,6%, após quatro anos seguidos de quedas. As atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, com aumento de 2,3%, foram as principais influenciadoras do resultado.

As indústrias de transformação cresceram 1,3% no ano. Os melhores resultados ocorreram nos segmentos de veículos automotores, papel e celulose, farmacêutica, metalurgia, máquinas e equipamentos. A construção civil sofreu redução de -2,5%, caindo pelo quinto ano consecutivo.

As indústrias extrativas tiveram expansão de 1,0% em relação a 2017, devido à alta da extração de minérios ferrosos.

A gerente do IBGE observou que “a indústria vem mostrando sinais de recuperação, embora tenha sido prejudicada por quedas nas demandas por exportação e na indústria da construção”.

Fonte: Agência IBGE de Notícias, acesso em 02/03/2019.

Professores da Educação Infantil estão expostos a ruído excessivo

março 1, 2019

Pesquisa publicada em 2018 pela Universidade de Gothenburg concluiu que professoras da Educação Infantil estão expostas a ruído excessivo nas escolas da Suécia. Cerca de 71% das educadoras apresenta perda de audição, especialmente as mais jovens, na faixa de 18 a 44 anos.

A autora da tese é Sofie Fredriksson, audiologista e doutora em Medicina Ocupacional e Ambiental. A pesquisa foi realizada apenas com mulheres, sendo entrevistadas 4.718 professoras da Educação Infantil na Suécia.

Sofie constatou que 71% das professoras desenvolveram fadiga auditiva causada por ruídos externos e 46% tinha dificuldade de compreensão de fala. A pesquisadora, então, entrevistou outras 4.122 mulheres da população em geral e comparou os resultados. Nesse segundo grupo, apenas 32% das mulheres demonstraram ter experimentado fadiga auditiva em algum momento.

Nas escolas de Educação Infantil, as professoras convivem diariamente com muito barulho devido à agitação das crianças nas brincadeiras e conversas em alto volume, gritos, choros, carteiras arrastadas, e campainhas estridentes. Essa exposição causa fadiga auditiva induzida por ruídos, hiperacusia (acuidade auditiva exacerbada, dolorosa em certos sons, sobretudo os agudos) e dificuldade de compreensão da fala.

A fadiga auditiva gera a sensação de pressão no ouvido, como se estivesse cheio ou zumbido contínuo. Dependendo do tempo de exposição ao barulho, a perda é irreversível, pois as células ciliares que captam os sons são muito sensíveis e podem ser destruídas.

Cuidados na prevenção à perda da audição

A fonoaudióloga Marina Panelli comentou a pesquisa da universidade sueca no programa “Na Ordem do Dia”, exibido na TV CPP em 12 de fevereiro de 2019. Na entrevista, ela relatou que há outras pesquisas comprovando a exposição dos professores ao ruído excessivo nas salas de aula, variando entre 59 a 89 decibéis (dB).

Entrevista com a fonoaudióloga Marina Panelli (TV CPP, 2019)

Apesar de não existir uma legislação específica para controle e prevenção da perda auditiva para os profissionais da educação, o ruído de 89 decibéis é bastante elevado.

As normas de higiene ocupacional limitam a intensidade e o tempo de exposição ao ruído. No Brasil, por exemplo, a Norma Regulamentadora NR 15 da Secretaria de Inspeção do Trabalho limita a exposição ao ruído em 85 decibéis para a jornada de 8 horas. Dessa forma, o valor de 89 decibéis em sala de aula é quase o dobro do ruído máximo admitido na norma brasileira (medido em escala logarítmica, fator de dobra igual a 5 dB).

Visando à prevenção, Marina Panelli orientou os professores a fazerem audiometria de forma periódica, a cada seis meses, e no momento de nova contratação. Muitos professores demoram até 7 anos para fazerem o exame fonoaudiológico, tempo excessivo que dificulta adotar medidas preventivas.

Em relação à fonte emissora, o professor deve procurar manter boa disciplina na sala de aula, de forma a reduzir os ruídos das crianças. Marina observa que os professores devem descansar em ambientes silenciosos após o fim da jornada de trabalho.

O diagnóstico e os exames para avaliação da perda auditiva devem ser realizados por médico otorrinolaringologista, com encaminhamento ao fonoaudiólogo. Poderá ser indicado aparelho auditivo, prótese sobre o ouvido, ajustado à audiometria do indivíduo. Há diversos modelos compactos e de tecnologia avançada que possuem boa qualidade sonora, reduzindo o desconforto auditivo.

Uma pesquisa norte-americana, realizada pela Wakefield Research for EPIC Hearing Healthcare, mostrou que grande número de professores nos EUA é afetado pela perda auditiva. Muitos desses profissionais deixam de procurar ajuda médica para tratarem a dificuldade de ouvir. A principal razão disso é o receio que o empregador descubra o problema auditivo e dispense o professor com problemas auditivos.

Referências

CENTRO DO PROFESSORADO PAULISTA (CPP). Fadiga auditiva aflige cada vez mais profissionais da Educação.

FREDRIKSSON, Sofie. Hearing-related symptoms among women Occurrence and risk in relation to occupational noise and stressful working conditions. Tese de doutorado. Department of Occupational and Environmental Medicine, Institute of Medicine at Sahlgrenska Academy. Universidade de Gothenburg: Suécia, 2018.

PORTAL N10. Maioria dos professores da Educação Infantil tem problemas de audição, diz pesquisa.

SECRETARIA DA INSPEÇÃO DO TRABALHO (BRASIL). NR 15: Atividades Insalubres e Perigosas.

TV CPP. Sete em cada dez professores têm dificuldades de audição. Entrevista com a fonoaudióloga Marina Panelli.

Prevenção da LER/DORT deverá ser intensificada nas empresas

março 1, 2019

As Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Ler/Dort) são síndromes que causam danos aos tendões, músculos e ligamentos do corpo humano. Resultam de movimentos excessivos, irregulares e intensos os quais desencadeiam dores no sistema musculoesquelético, geralmente nos membros superiores.

Pessoas diagnosticadas com Ler/Dort sentem dor crônica no punho e na mão, e formigamento nos dedos ao executar atividades manuais. Também há sensação de desconforto, fadiga, sensação de diminuição de força, falta de firmeza nas mãos e enrijecimento muscular. Nos casos graves, não conseguem realizar de forma plena as suas atividades laborais e domésticas, afetando tarefas cotidianas como a higiene pessoal.

As Ler/Dort estão entre as doenças ocupacionais mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, revelou que 3,6 milhões de trabalhadores declararam ter diagnóstico de Ler/Dort. A pesquisa está disponível para consulta, clique aqui.

A evolução do número de trabalhadores acometidos pela Ler/Dort é um desafio para as autoridades de saúde em escala mundial por sua natureza epidemiológica, ocorrendo em diversas cadeias produtivas ou atividades com exposição semelhante. Desde 2000, o dia 28 de fevereiro, é considerado o Dia Internacional de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados do Trabalho (Ler/Dort).

Pesquisadora da Fundacentro analisa a prevenção e tratamento da Ler/Dort

Em 27 de fevereiro de 2019, o programa “Fundacentro Entrevista” conversou com a médica e pesquisadora da instituição, Maria Maeno, sobre a importância da prevenção, assista ao vídeo abaixo.

Entrevista da médica e pesquisadora Maria Maeno (FUNDACENTRO, 2019)

A redução dos casos de Ler/Dort depende de relações de trabalho dignas e harmônicas. Os trabalhadores precisam desenvolver suas atividades de forma a se sentirem valorizados e produtivos, em clima de cooperação e respeito mútuo com gestores e outros colegas.

Entretanto, a médica entende que as organizações não promovem esse ambiente colaborativo e harmônica. A pesquisadora afirma que a “A organização do trabalho que obriga os trabalhadores se esforçarem além do que eles podem, tanto no ponto de vista físico quanto psíquico, faz com que eles adoeçam”.

A médica também observou que as empresas precisam oferecer melhores condições dignas e de segurança no trabalho, propiciando meios adequados para executar bem as atividades laborais. Além do pagamento de bons salários, é preciso reconhecer o trabalhador de forma que se sinta valorizado e satisfeito com suas atividades.

Infelizmente, há poucas empresas que estão nesse patamar de gestão do trabalho. As pressões cada vez maiores para aumento da produtividade geram sobrecarga física e mental do trabalho, contribuindo para os adoecimentos e afastamentos. Quem paga a conta disso é a sociedade, sob a forma de gastos previdenciários custeados por todos os contribuintes.

O combate às Ler/Dort deve ser realizado de forma conjunta por empregadores e funcionários, a partir do levantamento dos riscos laborais ergonômicos. As iniciativas de prevenção das doenças ocupacionais são fundamentais para um ambiente laboral saudável.

Referências

FUNDACENTRO. LER/DORT atinge 3,5 milhões de trabalhadores.

FUNDACENTRO. Dia Mundial de Combate à Ler/Dort, o Programa Fundacentro Entrevista conversa com a médica e pesquisadora da instituição, Maria Maeno.

IBGE. Pesquisa nacional de saúde : 2013 : percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas : Brasil, grandes regiões e unidades da federação.

Auditor Fiscal – 10 Vagas (B008)

fevereiro 24, 2019

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Livro explica os princípios da Economia Comportamental

fevereiro 24, 2019

Foi lançado no Brasil o livro “Misbehaving: a Construção da Economia Comportamental“, escrito por Richard Thaler, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2017. A tradução em língua portuguesa foi publicada em janeiro de 2019 pela editora Intrínseca.

O economista norte-americano Richard H. Thaler recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2017 por suas contribuições à Economia Comportamental, agregando conhecimentos da Psicologia para explicar as decisões humanas quanto às preferências e racionalidade limitada nas escolhas. Thaler é professor de ciências comportamentais e economia na Universidade de Chicago, nos EUA, e pesquisa o assunto desde a década 1970.

Reportagem Euronews sobre a concessão do Prêmio Nobel de Economia a Richard Thaler

“As contribuições de Richard Thaler construíram uma ponte entre as análises econômicas e psicológicas da tomada de decisão individual. Suas descobertas empíricas e ideias teóricas têm sido fundamentais na criação do novo campo da economia comportamental e de sua rápida expansão, que teve um impacto profundo em muitas áreas de pesquisa e de política econômicas.”


Trecho do comunicado divulgado pela Academia Sueca de Ciências em 2017

Um dos assuntos mais complexos e fascinantes em Economia é o estudo do comportamento humano na tomada de decisões que influenciam o funcionamento do mercado e o próprio desenvolvimento pessoal. A racionalidade limitada prevalece nas escolhas, não sendo possível explicar a Economia em termos dos pressupostos clássicos de modelos racionais.

O desenvolvimento de qualquer economia é resultado do conjunto de decisões dos agentes econômicos individuais. Há muitos anos, havia o pressuposto de que essas ações eram realizadas de maneira 100% racional. Os modelos econométricos utilizados estão baseados no comportamento racional e previsível dos agentes econômicos. Os estudos de Thaler lançam dúvidas sobre a validade desses modelos, pois seriam inadequados.

O livro Misbehaving permite compreender comportamentos que propiciam tomar decisões mais inteligentes para realização pessoal e financeira. O estudo da imprevisibilidade humana afeta as realizações na vida, negócios e governos, transformando assim a visão sobre o mundo.

A publicação traz vários exemplos interessantes, abrangendo as altas apostas do mercado financeiro e os condicionamentos no momento de escolha das refeições. O autor descreve de forma agradável os principais conceitos da Economia Comportamental. Trata-se de leitura essencial para entender a importância da abordagem do comportamento humano na evolução do pensamento econômico.

A publicação poderá ser adquirida nos formatos impresso ou digital (e-book), cujos preços aproximados são, respectivamente, R$ 60,00 e R$ 35,00.

Ficha Técnica

  • Título: Misbehaving: A Construção da Economia Comportamental
  • Tradução: George Schlesinger
  • Formato(s): livro (23 x 15,6 x 2,4 cm) ou e-book
  • Páginas: 448
  • Editora: Intrínseca
  • Edição: 1a. (22 de janeiro de 2019)
  • Idioma: Português

Referências

EURONEWS. Reportagem sobre a concessão do Prêmio Nobel de Economia a Richard Thaler. Acesso em 24/02/2019.

RICHARD H. THALER. Misbehaving: a Construção da Economia Comportamental. Editora Intrínseca. Acesso em 24/02/2019.

Receita Federal divulga normas para o Imposto de Renda 2019

fevereiro 23, 2019

Receita Federal do Brasil divulgou normas para a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) exercício de 2019, ano-calendário de 2018. O prazo de entrega da declaração iniciará em 7 de março e terminará em 30 de abril de 2019.

As normas de apresentação da DIRPF 2019 pela pessoa física residente no Brasil são baseadas na Instrução Normativa nº 1871, publicada no Diário Oficial da União em 22 de fevereiro de 2019.

Assista a entrevista do Auditor Fiscal Joaquim Adir, Supervisor Nacional do Imposto de Renda, na qual esclarece as principais regras de entrega, prazos e as funcionalidades dos programas da Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Físicas de 2019.

Da Obrigatoriedade de Apresentação

A apresentação da declaração será obrigatória para aquelas pessoas físicas residentes no Brasil que, em relação ao ano-calendário de 2018, estejam enquadradas nas seguintes situações:

  • Receberam rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos).
  • Na atividade rural, obtiveram receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil, setecentos e noventa e oito reais e cinquenta centavos).
  • Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);
  • Obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • Pretendam compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018;
  • Tiveram, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
  • Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontravam-se em 31 de dezembro; ou
  • Optaram pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

Formas de Elaboração

A Declaração pode ser elaborada de três formas:

  • Computador, por meio do PGD IRPF2019, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço http://rfb.gov.br;
  • Dispositivos móveis, tais como tablets e smartphones, mediante acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda”, acessado por meio do aplicativo APP “Meu Imposto de Renda”, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS;
  • Computador, mediante acesso ao serviço “Meu Imposto de Renda”, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no sítio da RFB na Internet, com o uso de certificado digital, e que pode ser feito pelo contribuinte ou seu representante com procuração RFB ou procuração eletrônica de que trata a IN RFB nº 1.751, de 16 de outubro de 2017.

Para a transmissão da Declaração pelo PGD não é necessário instalar o programa de transmissão Receitanet, visto que essa funcionalidade está integrada ao IRPF 2019. Entretanto, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da Declaração.

Declaração Apresentada Depois do Prazo

A Declaração depois do prazo deve ser apresentada pela Internet, utilizando o PGD IRPF 2019 ou o serviço “Meu Imposto de Renda”, ou em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.

A multa para quem apresentar a Declaração depois do prazo é de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o Imposto sobre a Renda devido, com valor mínimo de R$ 165,74, e máximo de 20% (vinte por cento) do Imposto sobre a Renda devido.

Novidades do Imposto de Renda 2019

A Receita Federal exigirá o CPF de todos os dependentes incluídos na declaração, inclusive de recém-nascidos.

Em relação aos bens dos contribuintes, serão solicitadas informações adicionais como endereço, número de matrícula, IPTU e data da aquisição de imóveis. O número do Renavam dos veículos, anteriormente opcional no IRPF 2018, será também será obrigatório.

O contribuinte que efetuou doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos, poderá utilizar, além do Programa Gerador da Declaração (PGD) IRPF2019, o serviço “Meu Imposto de Renda”.

Se houver inconsistências na declaração do IRPF 2019 após o encerramento do prazo oficial de entrega, o contribuinte será informado se caiu na malha fina em 24 horas após o envio.

Fonte: Receita Federal do Brasil, acesso em 23/02/2019.

Principais obrigações fiscais das empresas em 2019

fevereiro 23, 2019

A legislação brasileira referente às obrigações fiscais é bastante ampla e requer muita atenção sobre os diferentes tributos, prazos e alíquotas a serem observados pelos contribuintes Pessoa Jurídica.

Confira as principais obrigações fiscais em 2019 e esteja alerta aos prazos.

1 eSocial

É uma das obrigações que passou por mudanças para o ano de 2019. Na prática, a Resolução CDES nº 05 alterou a Resolução CDES nº 02, definindo novos prazos para o envio de eventos do sistema, distribuídos em três grupos distintos.

No Grupo 1 (empresas com faturamento anual acima de R$78 milhões), os prazos são:

  • substituição GFIP FGTS: fevereiro de 2019;
  • dados do SST: julho de 2019.

No Grupo 2 (demais entidades empresariais):

  • janeiro de 2019, enviar as folhas de pagamentos de todos os funcionários;
  • a partir de abril de 2019, dois processos serão iniciados: a substituição da GFIP para recolhimento de contribuições previdenciárias e a substituição da GFIP para recolhimentos do FGTS.

No Grupo 3 (empregadores PF, empresas optantes pelo Simples, produtores rurais PF e entidades sem fins lucrativos), cujas datas são as seguintes:

  • janeiro de 2019, envio dos cadastros do empregador e das tabelas;
  • abril de 2019, deve-se encaminhar os dados dos trabalhadores e respectivos vínculos;
  • julho de 2019, enviar as folhas de pagamento dos funcionários;
  • outubro de 2019, enviar a substituição da GFIP para recolhimentos de contribuições previdenciárias e para os recolhimentos de FGTS.

2 EFD-Reinf

A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) é uma declaração que visa a complementar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas.

De forma idêntica ao eSocial, a EFD-Reinf também foi dividida em grupos e a entrega dessa obrigação seguirá os prazos seguintes:

  • Grupo 1: aplicável desde janeiro de 2018;
  • Grupo 2: 10 de janeiro de 2019;
  • Grupo 3: 10 de julho de 2019.

3 DIRF

De acordo com a IN RFB 1.836/18, a DIRF 2019 deverá ser apresentada até o dia 28 de fevereiro de 2019, elaborada por meio do Programa Gerador de Declarações de 2019.

A empresa deverá observar os seguintes valores que obrigam ao envio da DIRF:

  • trabalhador assalariado com remuneração anual igual ou superior a R$28.559,70;
  • auferir renda anual, sem vínculo empregatício, acima de R$6.000,00, relativas a royalties ou aluguéis;
  • pagar dividendos e lucros em patamar anual igual ou superior a R$28.559,70, a partir de 1996, a sócio de microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP).

4 ECD

A Escrituração Contábil Digital (ECD) não é uma obrigação aplicável a todas as empresas, mas somente àquelas obrigadas a manter uma escrituração contábil em conformidade à legislação comercial (livro diário, razão, seus auxiliares e livro de balancetes, balanços e fichas).

A ECD deve ser entregue até o último dia útil de maio, o qual ocorrerá no dia 31 em 2019.

5 ECF

Diferentemente da ECD, a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) tem por objetivo substituir a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ), sendo obrigatória para praticamente todas as empresas.

Essa obrigação deverá ser entregue até o último dia útil de julho (dia 31).

6 Bloco K

Segundo o Ajuste Sinief 25/2016, deverá ser observado o cronograma de envio do Bloco K para diferentes empresas. Assim, estabelecimentos industriais com faturamento anual igual ou superior a R$300 milhões, classificados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291.292 e 2936 da CNAE, estão obrigados a escriturar de forma completa esse bloco, desde 01 de janeiro de 2019.

Na mesma data, também passou-se a exigir a escrituração do Bloco K em sua versão restrita. Desse modo, apenas deve ser encaminhado ao Fisco, via arquivo eletrônico, as informações referentes aos saldos de estoques incluídos nos Registros K200 e K280. Essa regra se aplica a:

  • estabelecimentos industriais pertencentes às divisões 10 a 32 da CNAE;
  • estabelecimentos atacadistas dos grupos 462 a 469 da CNAE;
  • estabelecimentos equiparados a industrial, independentemente do faturamento.

Fonte: TOTVS, acesso em 22/02/2019.

Principais destaques e impactos da Proposta de reforma da Previdência

fevereiro 20, 2019

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência foi apresentada ao Congresso Nacional em 20/02/2019 e o governo brasileiro espera economizar mais de R$ 1,1 trilhão nos próximos dez anos.

A proposta foi entregue em pelo presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia.

O presidente Bolsonaro foi ao Parlamento acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

Impactos da reforma e tramitação

Segundo avaliação do Ministério da Economia, o impacto da PEC da Nova Previdência entregue ao Congresso Nacional será igual a R$ 1,072 trilhão em dez anos. Acrescentando R$ 92,3 bilhões em mudanças para a aposentadoria dos militares, a reforma permitirá a redução de R$ 1,164 trilhão em benefício previdenciários nos próximos dez anos.

A tramitação da reforma da Previdência na Câmara envolve quatro etapas e poderá receber emendas ou vetos. Primeiro, a proposta terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Em seguida, será debatida em uma comissão especial formada especificamente para tratar do tema. Na terceira etapa, irá ao Plenário para votação pelos deputados federais. Por último, será enviada ao Senado para a devida apreciação.

Confira os principais destaques da proposta de reforma da Previdência:

1 Idade mínima

Para trabalhadores da iniciativa privada e servidores, a idade mínima inicial será de 61 anos para homens e de 56 anos para mulheres. Essas idades mínimas aumentarão seis meses a cada ano, a partir da aprovação da reforma, até o limite de 65 anos para eles, em 2027, e 62 anos para elas, em 2032.

2 Professores

Atualmente, não há idade mínima para essa categoria. O tempo de contribuição é 30 anos para homens e 25 anos para mulheres. A proposta prevê idade mínima de 60 anos e tempo de contribuição de 30 anos para ambos os sexos.

3 Sistema de capitalização

Não terá implementação imediata, ficará pendente de lei complementar. Será um sistema alternativo para quem ingressar no mercado de trabalho depois que a lei complementar for aprovada.

4 Servidores dos estados e do DF

As novas regras de benefício para o regime próprio valem para estados, municípios e Distrito Federal. A alteração em alíquotas precisa de aprovação das assembleias estaduais, câmaras municipais e Câmara Legislativa do DF. Caso estados, municípios e o DF registrem deficit financeiro e atuarial, deverão ampliar suas alíquotas para, no mínimo, 14%, no prazo de 180 dias.

5 Pensão por morte

Atualmente, o beneficiário na iniciativa privada recebe 100% do benefício, respeitando o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). A proposta sugere 60% + 10% por dependente adicional. Dessa forma, se houver apenas um dependente, receberá 60%. Em caso de morte por acidente do trabalho, doenças profissionais e doenças do trabalho, aplica-se 100%. Quem já recebe pensão não terá seu direito modificado.

6 Acumulação de benefícios

Atualmente é permitida a acumulação de diferentes tipos e regimes: pensão e aposentadoria; regime geral e regime próprio. A proposta quer limitar a 100% de um benefício mais uma porcentagem da soma dos demais, variando conforme o valor, de forma que o segundo benefício seja no máximo de dois salários mínimos.

7 Compulsória dos servidores

Nas condições vigentes, o servidor público será obrigado a se aposentar aos 75 anos de idade. Caso não tenha 25 anos de contribuição, vai receber o benefício proporcional.

8 Benefício assistencial para idosos

Atualmente, os idosos em condição de miserabilidade recebem um salário mínimo a partir dos 65 anos. Pela proposta, começará a ser pago aos 60 anos no valor de R$ 400,00 . Só passará a ser equivalente ao salário mínimo aos 70 anos.

9 Benefício assistencial para deficientes

Vai ser mantida a regra de um salário mínimo sem limite de idade.

10 Forças de segurança

Policiais e bombeiros militares terão as mesmas regras das Forças Armadas. Os militares na reserva poderão trabalhar em atividades civis. Será enviado posteriormente ao Congresso uma proposta específica para os militares.

11 Anistiados políticos

Passarão a contribuir para a seguridade social nos mesmos termos da contribuição do aposentado e pensionista do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Fica proibido o recebimento simultâneo da reparação mensal do anistiado político com proventos de aposentadoria, sendo garantida a opção pelo maior benefício. O governo defende a lógica da equidade em que todos contribuem.

12 Regras de transição (INSS)

Os trabalhadores poderão escolher a mais vantajosa dentre três possibilidades:

1) Sistema de pontos: soma do tempo de contribuição e idade. Em 2019, caso a proposta seja aprovada, homens precisarão de 96 pontos; as mulheres, de 86. Em 2033, ao fim da transição, os homens e mulheres precisarão, respectivamente, 105 pontos e 100 pontos. Mas deverá haver a contribuição mínima de 35 anos para eles e 30 para elas.

2) Idade mínima para se aposentar: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, após o período de transição. Em 2019, as idades de partida são 61 para homens e 56 para mulheres, caso a reforma seja aprovada.

3) Fator previdenciário: método de cálculo específico para quem está a dois anos de se aposentar e pretende fazê-lo sem levar em conta a idade mínima.

13 Regra de transição (servidores)

Regra única do sistema de pontos, a qual soma o tempo de contribuição e a idade mínima. Em 2019, por exemplo, são 86 pontos para mulheres e 96 pontos para homens. A transição termina quando as mulheres chegarem aos 100 pontos, em 2033; e os homens chegarem aos 105 pontos, em 2028. Deve-se respeitar também o tempo mínimo de contribuição: 35 anos (homens) e 30 (mulheres). A idade mínima de partida começa em 61 anos (homens) e 56 (mulheres). Deve-se respeitar ainda 20 anos de tempo mínimo no serviço público e 5 anos no cargo.

14 Aposentadoria rural

A idade mínima será de 60 anos para homens e mulheres, com contribuição mínima de 20 anos.

15 Desoneração

O empregador não precisará mais pagar a multa de 40% sobre o FGTS quando o empregado já estiver aposentado. As empresas também não precisarão mais que recolher FGTS dos empregados já aposentados.

16 Cálculo proporcional do benefício

O benefício será de 60% para aqueles que cumprirem o mínimo de 20 anos de contribuição. A partir daí, a cada ano serão acrescentados 2%. Logo, a integralidade do benefício só se dará após 40 anos de contribuição. No futuro, quem contribuir mais de 40 anos poderá receber mais de 100%.

Fonte: Agência Senado, acesso em 20/02/2019.

GEDAF lança publicação sobre análise financeira de empresas de capital aberto

fevereiro 15, 2019

O GEDAF lançou a publicação “Análise Financeira de Empresas de Capital Aberto do Setor da Construção Civil”, pesquisa ilustrada com diversos gráficos e quadros numéricos de indicadores financeiros.

A publicação é recomendada para analistas de mercado, investidores, empreendedores setoriais, e interessados em conhecer a técnica fundamentalista de análise financeira por indicadores.

A pesquisa completa é oferecida em formato digital e-Book, arquivo PDF, 93 páginas, disponível para download imediato. Poderá ser adquirida na Amazon, clique aqui para acessar.

Resumo

A análise do desempenho financeiro de empresas baseada em índices é uma poderosa ferramenta para acompanhar a evolução do mercado. Entre 2014 a 2017, houve queda acumulada de 21,3% do valor agregado pelo setor da Construção Civil ao Produto Interno Bruto do Brasil.

Para verificar os efeitos da recessão nesse setor, foi selecionada uma amostra representativa de 19 empresas construtoras e incorporadoras de capital aberto. A técnica adotada consistiu na pesquisa exploratória e análise dos balanços patrimoniais e demonstrativos de resultados trimestrais para o conjunto de empresas, no período 2013-2017.

Foram calculados onze indicadores financeiros e notas de desempenho associadas aos índices padronizados de cada empresa, conforme os pesos relativos atribuídos pelo modelo às categorias Estrutura, Liquidez e Rentabilidade. As empresas foram classificadas conforme sua nota de desempenho anual e a média geral no período 2013-2017.

A análise horizontal do indicador Margem Líquida revelou as empresas melhor classificadas em relação à mediana geral do grupo, no período 2013-2017. Foi comprovado que o desempenho financeiro global das empresas da amostra foi afetado pela recessão econômica no Brasil.

Sobre o autor

Rone Antônio de Azevedo é engenheiro civil e de segurança do trabalho. Possui MBA em Administração e Finanças (Uninter), entre outras formações, certificação e aperfeiçoamento nos mercados financeiro e de capitais. É Diretor da Loxxi Engenharia Serviços Ltda, empresa que realiza avaliações de imóveis e perícias de edificações, entre outros serviços.