6 Dicas práticas para fortalecer suas finanças

janeiro 28, 2023

Conheça 6 dicas práticas para fortalecer suas finanças pessoais, recomendadas pelo GEDAF.

A situação econômica do Brasil é desafiadora devido aos problemas persistentes de inflação, juros altos, endividamento das famílias e empresas, e desemprego.

Esse cenário adverso requer algumas medidas para proteger e cuidar das finanças pessoais.

1 – Faça o orçamento pessoal

Registre todas as suas despesas e receitas para entender sua situação financeira atual.

Identifique despesas desnecessárias e veja onde você pode cortar gastos.

Utilize caderno ou planilha eletrônica para lançar suas despesas e receitas mensais.

O aplicativo Sistema Newton desenvolvido pelo GEDAF oferece muitos recursos para auxiliar você a ter um orçamento bem feito.

2 – Poupe dinheiro

Reduza ou corte despesas supérfluas e desperdícios. Identifique gastos com tudo que você não utiliza e poderia reduzir ou cancelar.

Utilize o dinheiro poupado para pagar dívidas e aplicar parte dele em uma reserva de emergência.

É importante ter disciplina para poupar pequenas quantias todos os meses. Esse hábito ajudará a evitar dívidas desnecessárias no futuro.

3 – Reduza as dívidas

Priorize o pagamento de dívidas, especialmente aquelas com juros altos. Faça o planejamento para quitar as dívidas e siga-o rigorosamente.

Se possível, renegocie as dívidas para obter maior parcelamento ou a redução dos juros cobrados.

Procure honrar suas obrigações com os credores, demonstrando compromisso em cumprir o acordo realizado.

4 – Realize bons investimentos

Toda crise traz oportunidades de investimentos para quem tem melhores condições financeiras.

Investir em títulos públicos, fundos de investimento e outros ativos financeiros pode ser boa estratégia para proteger o seu dinheiro e aumentar sua renda.

No entanto, é importante fazer sua própria pesquisa antes de investir. Consulte um especialista em Finanças para orientá-lo(a) a escolher investimentos mais rentáveis.

5 – Seja proativo(a)

Não espere a crise econômica passar ou se agravar para cuidar de suas finanças. Comece a tomar medidas imediatas para melhorar sua situação financeira.

Muitas pessoas adiam as medidas necessárias, confiando na melhoria do mercado ou ganhos futuros. No entanto, essas expectativas raramente se concretizam, obrigando-as a contrair mais dívidas.

6 – Invista em educação financeira

É indispensável fazer planejamento financeiro e entender as opções de investimentos para proteger seu patrimônio.

Existem diversas fontes de informação disponíveis para aumentar seus conhecimentos sobre a organização das finanças pessoais.

Livros:

Como Organizar sua Vida Financeira” por Gustavo Cerbasi: o livro é considerado um clássico da educação financeira no Brasil e oferece a visão geral sobre como gerenciar suas finanças pessoais. Cebasi apresenta temas-chave para alcançar o equilíbrio das finanças e planejar seu futuro mais próspero: dívidas, despesas, bens, investimentos e planos para a aposentadoria.

Pai Rico, Pai Pobre: O que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro” por Robert T. Kiyosaki, edição atualizada de 20 anos. A questão não é ser empregado ou empregador, mas ter o controle do próprio destino ou delegá-lo a alguém. Neste livro substancial e visionário, Kiyosaki demonstra que o sistema educacional não prepara os jovens para o mundo que encontrarão depois de formados, oferecendo conhecimentos que a escola relega.

Segredos da Mente Milionária” por T. Harv Eker: o livro trata sobre como as crenças e atitudes sobre dinheiro podem afetar suas finanças e como mudá-las para alcançar a liberdade financeira. Eker mostra como substituir a mentalidade destrutiva – que você talvez nem perceba que tem – pelos “arquivos de riqueza”, 17 modos de pensar e agir que distinguem os ricos das demais pessoas.

O Investidor Inteligente” por Benjamin Graham: o livro clássico da análise de investimentos, fornece informações sobre como avaliar e investir em ações. Warren Buffett, o maior gestor de fundos do mundo, afirmou: “Se você tiver que ler um só livro sobre investimentos em toda a sua vida, que seja esse.” Graham mostra que todo investidor inteligente deve combinar educação financeira, pleno conhecimento de mercado e a visão de longo prazo.

Sites:

GEDAF (www.gedaf.com.br) : site especializado em educação financeira, oferece cursos e conteúdos para ajudar as pessoas a entender e gerenciar suas finanças.

Exame (www.exame.com.br) : um dos principais sites do Brasil que divulga notícias econômicas e financeiras, empresas e investimentos.

Infomoney (www.infomoney.com.br) : outro site de notícias econômicas e financeiras, mercado e investimentos.

Investing.com (www.investing.com) : site internacional especializado em finanças e investimentos, notícias, análises e ferramentas para ajudar as pessoas a tomar decisões de investimento.

Esses são apenas alguns exemplos de livros e sites para ajudar a melhorar sua educação financeira.

É fundamental ler e estudar regularmente para se manter bem informado(a) e tomar decisões financeiras mais conscientes.

Autor: GEDAF, publicado em 28.01.2023, Esp. Fin. Rone Antônio de Azevedo.

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Dicas Financeiras GEDAF #02 oferece orientações sobre a educação dos filhos.

Nesta data especial, o GEDAF cumprimenta as Mães! Parabéns por se dedicarem ao Sucesso dos seus filhos!

Gostamos muito de ajudar as mães na sua principal missão de educar e cuidar bem dos filhos.

Por isso, compartilhamos este informativo especialmente em homenagem a elas.

1 – Evitar gastos com festas sofisticadas e viagens especiais para crianças pequenas

Festas bem produzidas em ambientes sofisticados para comemorar o aniversário de crianças pequenas costumam ter custo bastante elevado. Geralmente, exigem muita dedicação dos pais para sua organização e divulgação.

Contudo, essas comemorações impactam muito pouco no desenvolvimento e nas boas recordações das crianças com pouca idade. Estudos da Psicologia demonstram que é bastante reduzida nossa capacidade de reter memórias de experiências específicas até os 3 anos de idade, razão pela qual essa ausência é denominada amnésia infantil.

A recomendação também pode ser estendida ao planejamento de viagens caras aos parques temáticos da Disney ou outros lugares especiais no exterior.

Assim, os pais devem evitar gastos com eventos e passeios nos quais as crianças não lembrarão quando se tornarem adultas ou terão pouco impacto em seu desenvolvimento.

É preferível investir em momentos de lazer simples e agradáveis junto da família, pois trarão maior alegria às crianças. Exceto os casos em que esses eventos reflitam o desejo ou necessidade dos pais em apresentar a criança ao grupo social, o ideal é fazer essas comemorações ou viagens após os 3 anos.

2 – Recusar pedidos de crianças para atender seus caprichos

É natural crianças fazerem pedidos aos pais quando a família vai às compras. Contudo, os pais devem recusar, exceto se houver real necessidade e não comprometer o orçamento familiar.

A pior abordagem dos pais é agradar os filhos sob o pretexto de “dar aquilo que não teve na sua infância”. Pais não devem se sentir culpados ao recusarem os pedidos, evitando compensar dificuldades financeiras no passado. Faz parte do seu papel educador dizer “Não”.

Infelizmente, a conduta omissa de vários pais deixa seus filhos com a expectativa de sempre serem atendidos. Mais tarde, esse mau costume poderá levá-los a se tonarem adultos incapazes de lidar com as rejeições.

A boa educação financeira das crianças orienta a valorizar o dinheiro dos pais, evitar compras desnecessárias e planejar gastos conforme o orçamento da família.

Não é recomendado levar crianças pequenas a supermercados e lojas, pois podem constranger com seu choro ou birra. A partir dos 5 anos, as crianças podem ser convidadas pelos pais desde que participem na elaboração da lista de compras.

É importante envolver as crianças nesse processo para perceberem os produtos essenciais e supérfluos às necessidades da família. Pais podem permitir sugestões de itens para compra, tais como biscoitos, doces e brinquedos, mas sempre dentro do orçamento fixado.

No local de compras, caso a criança peça produtos fora da lista combinada, os pais devem ser enérgicos ao negarem, mantendo-se fiéis ao planejado. Essa disciplina é fundamental para a criança entender a importância do orçamento.

Deve-se também evitar presentear fora das datas especiais: aniversário, Dia das Crianças e Natal. É preciso ensinar as crianças a suportarem a espera, mantendo a expectativa.

Dar aos filhos tudo o que eles pedem contribui para se transformarem em adultos relapsos com o dinheiro, o planejamento de objetivos e a disposição de lutar por eles.


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3 – Não sobrecarregar os filhos com atividades extracurriculares

Além do custo alto para a família, preencher a agenda das crianças com diversas atividades paralelas à escola poderá causar-lhes enorme privação da infância e prejudicar seu desenvolvimento.

Pais não deveriam transferir para os filhos seus próprios projetos de vida. É saudável envolver crianças em práticas esportivas, aprendizado de habilidades musicais ou físicas ou idiomas estrangeiros. Contudo, é preciso cautela para não transformar crianças em vítimas do desejo dos seus pais que sonham em fazê-las campeãs ou gênios precoces em alguma atividade.

A infância precisa ser respeitada enquanto tempo sagrado para aprendizagem lúdica, habilidades sociais e desenvolvimento da personalidade. Assim, é preocupante a conduta de alguns pais que obrigam seus filhos a fazerem diversas atividades paralelas para se tornarem mais competitivos no mercado de trabalho.

Crianças devem ter o direito de escolher e fazer atividades livres que mais gostam. Elas podem manifestar interesse por alguma atividade na qual desejem desenvolver seus talentos.

Pais precisam ficar atentos aos sinais dos filhos sobre preferências específicas. Em alguns casos será preciso esperar mais tempo até a criança crescer e ter maior aptidão para fazer certas atividades. Nem sempre começar muito cedo é vantajoso, pois a criança poderá desistir.

O investimento em cursos de idiomas estrangeiros, instrumentos musicais, esportes ou hobbies é recomendado desde que as crianças não fiquem sobrecarregadas ao extremo. Seu tempo de estudar, brincar e relacionar com familiares deve ser respeitado.

Evidentemente, o custo financeiro dessas atividades paralelas é significativo e precisa ser bem analisado antes de ser incluído no orçamento da família.

Caso contrário, além de comprometer o orçamento familiar, os pais estarão contribuindo para que seus filhos sejam adultos frustrados e problemáticos.

Recomendação final do GEDAF

Educar os filhos sobre o orçamento familiar, respeitar seu tempo de infância e promover lazer agradável com a família.


Fonte:

AZEVEDO, Rone Antônio. Dicas Financeiras GEDAF, publicado em 10/05/2020. GEDAF: 2020. Proibida reprodução sem citação completa do artigo.

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Dicas Financeiras GEDAF #01 Troca de Celular

abril 20, 2020

Você costuma trocar seu aparelho celular quando é lançada nova versão com mais recursos?

Agradecemos se puder responder nossa enquete sobre hábitos de consumo dos leitores do site GEDAF.

[socialpoll id=”2629019″]

Dicas Financeiras do GEDAF analisou o hábito de consumo da troca de aparelho celular com maior frequência.

O GEDAF fez simulações financeiras e concluiu que esse hábito pode custar muito dinheiro para o consumidor.

A análise financeira apresentada neste artigo é baseada em dados reais do programa assistido de finanças*, cliente designada pelo nome fictício Rose.

1 – Descrição do estudo de caso

Os três aparelhos celulares novos (A1, A2, A3) foram adquiridos em 2017, 2018 e início de 2020, sendo todos modelos da linha superior de grande marca no mercado.

Após anunciar, Rose conseguiu revender seus dois celulares mais antigos em 2019 (A1) e 2020 (A2), abatendo parcialmente os custos de aquisição.

As datas e valores de compra e revenda dos aparelhos são mostrados na coluna “Valor Corrente” do Quadro 1, abaixo.

Quadro 1 – Histórico de troca de aparelhos celulares

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Portanto, no período de três anos, Rose desembolsou o total de R$ 7.479,00 (valor negativo), em valores correntes ou brutos.

Abatido o atual aparelho celular de Rose (A3), haveria o prejuízo acumulado de R$ 3.379,00, saldo residual em 19/04/2020.

Isso demonstra que mesmo revendendo os aparelhos antigos, Rose teria que arcar com essa diferença acumulada nas sucessivas trocas.

2 – Investimento nos celulares com valor corrigido

Para apurar o saldo residual corrigido, o GEDAF realizou a simulação considerando a correção monetária pelo índice DI (Depósito Interbancário).

Esse índice é utilizado como referência de rentabilidade para fundos de renda fixa baseados no CDI, títulos negociados entre bancos.

Verificando a coluna”Valor Corrigido” no Quadro 1, Rose teria, efetivamente, desembolsado R$ 8.510,00 (negativo) mas sucessivas trocas.

Descontando, então, o valor desembolsado no atual aparelho celular (A3), Rose acumulou o prejuízo de R$ 4.421,66, devidamente atualizado pelo DI.

Assim, existe a diferença de R$ 1.042,66 entre os saldos residuais corrente e corrigido, representando perda financeira de 30,9%.


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3 – Simulação financeira com troca de celular a cada três anos

Para fins de comparação, foi realizada nova simulação considerando, dessa vez, a troca de aparelho somente após três anos de uso (A1 e A3).

Os resultados da simulação com aplicação de 98% do índice DI são mostrados no Quadro 2, abaixo:

Quadro 2 – Opção de troca de aparelhos celulares a cada três anos

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Descontando o atual aparelho celular (A3), Rose teria acumulado o prejuízo de R$ 2.563,70, corrigido pelo índice DI.

Assim, na segunda opção, há a diferença de R$ 763,70 entre os saldos residuais corrente e corrigido, perda financeira de 42,4%.

4 – Conclusão e Recomendações

O estudo de caso do GEDAF aplicado à situação real de troca anual de aparelhos celulares demonstrou que esse hábito gera prejuízo significativo.

Na opção de troca de celular a cada três anos, a perda financeira foi reduzida de R$ 4.421,66 para R$ 2.563,70, economia de 40%.

Os aparelhos avaliados neste estudo são da linha superior do mesmo fabricante, considerados os melhores da sua categoria quando foram lançados.

Mesmo quando o usuário revende seus aparelhos antigos, não consegue abater os custos de aquisição dos novos aparelhos.

Celulares, assim como os demais dispositivos eletrônicos, sofrem grande desvalorização após mais de um ano em utilização.

O estudo foi realizado com o índice DI, mas simulações com outros indicadores obtiveram resultados próximos na comparação entre opções.

A recomendação final desta dica financeira do GEDAF é:

Evitar a troca contínua de aparelhos celulares, verificando sempre se novos recursos tecnológicos são realmente necessários.


Fonte:

GEDAF Finanças e Empreendedores, publicado em 20/04/2020. Simulações realizadas pelo analista financeiro Rone Antônio de Azevedo. Proibida reprodução sem citação completa do artigo.