CVM lança guia prático do investidor na bolsa de valores

outubro 25, 2020

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM lançou guia prático do investidor na bolsa de valores sobre as principais características desse ambiente de negociação.

O guia “Como Funciona a Bolsa de Valores” foi elaborado em linguagem acessível para orientar aos interessados em negociar ações, debêntures, fundos imobiliários e de índices (ETFs).

O lançamento da primeira edição ocorreu em outubro de 2020 na Semana Mundial do Investidor (World Investor Week – WIW 2020). O guia foi publicado pela Divisão de Educação Financeira (COE) da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI) da CVM.

Baixe o guia Como Funciona a Bolsa de Valores

O guia prático do investidor em formato digital PDF é gratuito e pode ser baixado no site da CVM – clique aqui.

Temas abordados no guia

Bolsas de valores no Brasil: os ambientes organizados de bolsa são administrados por entidades autorizadas pela CVM; atualmente, apenas a instituição B3 – Brasil, Bolsa e Balcão está autorizada a administrar tais ambientes.

Intermediação dos negócios em bolsa: primeiro passo do investidor, abrangendo a seleção e cadastro em corretora ou outro intermediário habilitado.

Ordens e book de ofertas: segundo passo do investidor, negociação por ordem, de compra ou de venda, para o intermediário contratado, para inclusão no sistema da bolsa.

Meios de acesso: para enviar as suas ordens de compra ou de venda ao intermediário, os investidores podem utilizar o home broker ou a mesa de operações.

Liquidação: procedimentos de liquidação das operações efetuadas, ou seja, da entrega do ativo ao comprador e do pagamento ao vendedor.

Custódia: controle da titularidade, das movimentações de compra, venda e transferências de propriedade, e do exercício de direitos (dividendos e outros proventos), grupamentos e desdobramentos, realizados em sistemas informatizados, em conta eletrônica individualizada.

Custos: aspecto fundamental a que os investidores devem estar atentos, incidentes nas operações – taxa de corretagem, taxa de custódia, emolumentos e taxa de liquidação.

Informação e comunicação: investidores têm acesso às notas de corretagem de compra e venda e o extrato de movimentação da conta de custódia, incluindo a distribuição de dividendos e a posição de seus investimentos.

Procedimentos especiais: leilões direcionados à negociação de ativos específicos e circuitbreaker para interromper o pregão da bolsa por determinado período em momentos atípicos do mercado quando houver excessiva volatilidade.

Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP): instrumento de indenização para assegurar aos investidores o ressarcimento de prejuízos decorrentes da ação ou omissão dos participantes e administradores da bolsa.

Atendimento da CVM: sites na internet, consulta a telefones, e endereço dos escritórios da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores no Rio de Janeiro e São Paulo.

Referência

CVM Notícias, Educação financeira em pauta, publicada em 05 out. 2020.

(c) Editorial GEDAF Finanças e Empreendedores, 2020.

Livro ensina fórmula para investimentos lucrativos na bolsa

julho 21, 2020

Livro “A Fórmula Mágica” de Joel Greenblatt é essencial para a aprender a aproveitar as oportunidades de investimentos por meio de processo simples, seguindo o passo a passo.

Greenblatt passou mais de 30 anos investindo profissionalmente e lecionou sobre Finanças durante 14 anos na Columbia Business School, renomada faculdade de administração e negócios.

Sua obra tornou-se referência no mundo das Finanças e Investimentos Pessoais nos Estados Unidos, destacando-se como best-seller na lista do The New York Times.

O livro é conciso, mas apresenta de forma rápida e prática o método desenvolvido por Greenblatt para investir no mercado de ações e ter grande retorno a longo prazo:

  • como enxergar o mercado de ações;
  • porque o sucesso se esquiva de quase todas as pessoas e investidores profissionais;
  • como encontrar boas empresas a preços irrisórios;
  • como bater o mercado sozinho.

O autor apresenta o passo a passo de como aplicar  a”Formula Mágica” para investir em ações, mesmo no mercado brasileiro. Ele ensina a bater o mercado de ações com sua fórmula simples que traz grande retorno.

A fórmula mágica é útil para investidores experientes e iniciantes no mercado das ações. Testada e aprovada por acadêmicos e investidores profissionais de todo o mundo para seus investimentos a longo prazo.

O livro apresenta matemática básica e linguagem bem-humorada para identificar bons negócios com ativos na bolsa a preços atrativos.

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FMI alerta sobre impactos econômicos de desastres ambientais

junho 1, 2020

O Fundo Monetário Internacional – FMI divulgou recente estudo sobre os impactos econômicos decorrentes de desastres ambientais e propostas para enfrentar mudanças climáticas.

A equipe técnica do FMI analisou os efeitos de cerca de 350 desastres climáticos durante 46 anos (1973 a 2018) para as economias de 68 países. Essa amostra é bastante significativa e representa 95% do PIB mundial.

O FMI concluiu que o impacto médio foi moderado, sendo constatada queda de 2% nas ações negociadas pelos bancos e 1% para todo o mercado. Em 10% dos casos, o impacto no mercado agregado foi superior a 14%, indicando que alguns desastres climáticos podem comprometer a estabilidade financeira.

No gráfico abaixo são mostrados os retornos financeiros dos mercados em situação anormal e o número de dias do desastre. Conforme o gráfico, a queda da média dos preços dos ativos (average) oscilou próximo de 2%, enquanto para os casos extremos (extreme cases), percentil 10%, houve redução entre 1% e 14%.

Gráfico Retornos Anormais para Desastres Ambientais - FMI

Gráfico Retornos Anormais para Desastres Ambientais – FMI

Danos significativos às economias mais vulneráveis

As características de cada país são importantes para dissipar os impactos econômicos dos desastres ambientais. Países com maior autonomia fiscal podem implantar resposta rápida a desastres sob a forma de ajuda financeira e programas de reconstrução.

Além disso, as economias mais desenvolvidas desenvolveram instrumentos como os seguros para compartilhamento de riscos. Os seguros reduzem ou redistribuem as perdas decorrentes de desastres e limitam o impacto nos preços das ações.

Por exemplo, em 2005, o furacão Katrina causou os danos mais significativos em termos absolutos para a amostra analisada, equivalente a 1% do PIB dos Estados Unidos. Contudo, esse evento não gerou impacto perceptível no índice de ações das bolsas nos EUA.

Comparativamente, as inundações de 2011 na Tailândia causaram os danos mais significativos proporcionalmente ao porte da economia. Houve queda de 30% no mercado de ações tailandês no período de 40 dias.

Riscos futuros

Mudanças climáticas aumentam a probabilidade e a gravidade de riscos relacionados ao clima, como inundações, ondas de calor e secas. Esses eventos afetarão o mercado financeiro com choques de maior intensidade e duração.

A avaliação dos impactos de desastres ambientais é um desafio difícil para os investidores. É necessário avaliar, baseado na ciência do clima, a probabilidade de diferentes cenários climáticos e suas implicações aos riscos para as empresas, bem como antecipar medidas de mitigação e adaptação.

Além disso, o horizonte temporal dessas mudanças pode ser ainda maior do que o que os investidores institucionais de longo prazo estão acostumados a lidar.

O FMI verificou que em 2019 não houve correlação entre o aquecimento global e as oscilações dos mercados financeiros para diferentes países. Não foram comprovadas variações projetadas relacionadas à incidência de riscos dos desastres ambientais.

Entretanto, o FMI alerta que essa aparente falta de resposta dos mercados analisados poderá ser importante fonte de risco futuro.

Aprender com a pandemia do coronavírus

A atual pandemia Covid-19 demonstrou que a preparação e a resiliência a crises são críticas para gerenciar os riscos financeiros. Eventos altamente incertos ou improváveis podem ter custos humanos e econômicos extremos.

A expansão da oferta de seguros e o fortalecimento financeiro de fundos soberanos podem diminuir o impacto de desastres climáticos e, assim, reduzir os riscos à estabilidade financeira.

O FMI recomenda o desenvolvimento de padrões globais obrigatórios de divulgação de riscos decorrentes das mudanças climáticas. É essencial ter informações detalhadas e específicas da empresa sobre exposição a riscos atuais e futuros aos choques climáticos. Essas informações auxiliariam credores, seguradoras e investidores a entenderem melhor essas vulnerabilidades.

Os testes de estresse contra as mudanças climáticas podem oferecer às instituições financeiras melhor compreensão da magnitude de suas exposições e dos riscos associados. Na última década, uma em cada cinco avaliações de programas de auxílio aos países realizadas por técnicos do FMI considerou os riscos relacionados aos desastres climáticos.

Certamente, o remédio mais eficaz é a adoção global de políticas e medidas para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global de maneira sustentável. Essas ações geram benefícios que vão além do escopo da estabilidade financeira.

O estudo completo do FMI foi apresentado no documento “Global Financial Stability Report: Markets in the Time of COVID-19”. O relatório poderá ser baixado livremente no site da entidade – clique aqui para acessar.


Fonte: Fundo Monetário Internacional, publicado em 29 mai 2020.

Fundo soberano da Noruega exclui Vale e Eletrobrás por impactos ambientais

maio 17, 2020

O fundo soberano da Noruega excluiu da sua carteira os investimentos em 7 (sete) grandes empresas estrangeiras, incluindo as brasileiras Vale e Eletrobrás, devido aos seus impactos ambientais e sociais. A decisão foi oficialmente comunicada pelo Banco Central da Noruega em 13 de maio de 2020.

Lista de empresas excluídas do fundo soberano da Noruega

  1. Canadian Natural Resources (Canadá)
  2. Cenovus Energy (Canadá)
  3. Imperial Oil (Canadá)
  4. Suncor Energy (Canadá)
  5. ElSewedy Electric (Egito)
  6. Vale (Brasil)
  7. Eletrobrás (Brasil)

A exclusão dos investimentos nas empresas canadenses e egípcia foi baseada em parecer técnico que avaliou sua contribuição para o efeito estufa. Essas empresas utilizam combustíveis fósseis carvão mineral e petróleo para geração de energia em plantas termoelétricas. As emissões de gás carbônico (CO2) dessas empresas foram consideradas em níveis inaceitáveis.

Também foram colocadas algumas empresas em observação, considerando as mudanças climáticas e possíveis implicações para os investidores de longo prazo. Caso não adotem medidas para redução ou eliminação do uso de carvão, poderão ser excluídas as empresas BHP, Uniper, Enel e Vistra Energy.

Os gestores noruegueses sinalizaram a exclusão dos investimentos nas empresas Glencore e Anglo American devido a sua produção e uso de carvão. A elétrica alemã RWE, a petroquímica sul-africana Sasol e a holandesa AGL Energy serão excluídas em função do uso intensivo de combustíveis fósseis.

Motivos de cancelamento do investimento nas empresas brasileiras

O Conselho de Ética do fundo norueguês deliberou a retirada dos investimentos após avaliação do risco que as empresas representam para o meio ambiente e os povos indígenas.

O comunicado oficial justificou que a Vale, maior produtor mundial de minério de ferro, deveria ser excluída por “riscos inaceitáveis que ela contribuía” ou ser diretamente responsável por graves danos ambientais.

Em 05 de novembro de 2015 houve o acidente da barragem de rejeitos em Mariana, Minas Gerais, obra pertencente à Samarco – joint venture da Vale e BHP Billiton. Esse acidente resultou na morte de 19 pessoas e causou sérios danos ambientais.

Em 25 de janeiro de 2019 outra barragem de rejeitos da Vale rompeu, em Brumadinho (MG), causando mais de 250 mortes. É também considerado o maior acidente de trabalho da história do Brasil. O Conselho de Ética do fundo ponderou que as investigações desse segundo acidente não encerraram, mas há várias semelhanças entre os dois eventos.

Em relação à Eletrobras, o Conselho de Ética do fundo defendeu a suspensão dos investimentos devido ao projeto da hidrelétrica de Belo Monte, próxima ao município de Altamira, no Pará. As terras indígenas foram afetadas pela área de inundação do barramento, resultando na desestruturação social de grupos indígenas e deslocamento de 20 mil pessoas.

Pesou contra a Eletrobrás a avaliação de que a estatal de energia esteve envolvida em outros projetos hidrelétricos igualmente criticados por violações de direitos humanos.

O valor total da retirada de investimentos nas duas empresas brasileiras é estimado em US$ 427,6 milhões (R$ 2,506 bilhões). Desse montante, foram retirados US$ 375 milhões (R$ 2,198 bilhões) da mineradora Vale e US$ 52,6 milhões (R$ 308 milhões) da estatal de energia Eletrobrás.

Sobre a importância do fundo soberano da Noruega

O fundo soberano da Noruega é o maior do mundo, seus investimentos estão avaliados em US$ 1 trilhão (R$ 5,86 trilhões). Esse fundo gerencia os recursos para pagamento das pensões dos noruegueses. O fundo investe em mais de 9 mil empresas e representa 1,5% dos investimentos no mercado de capitais mundial.

É neste fundo que o governo da Noruega deposita os rendimentos provenientes da exploração petrolífera e demais investimentos em empresas estrangeiras. O responsável pela gestão do fundo é o Norges Bank Investment Management, braço do banco central do país.

O fundo norueguês foi criado em 1996 e suas diretrizes são definidas pelo Parlamento da Noruega. Periodicamente, o fundo exclui da carteira aquelas empresas que não respeitam as diretrizes.

Devido a sua relevância, as deliberações do fundo soberano da Noruega são geralmente seguidas por gestores de fundos e grandes investidores nos demais países.

A decisão do Conselho de Ética do fundo soberano norueguês é coerente com os princípios de responsabilidade social e empresarial que devem nortear a gestão de empresas modernas.


Referências

Forbes. Fundo soberano norueguês veta aporte em Vale e Eletrobras por Brumadinho e Belo Monte. 13 mai. 2020.

Fouche, Gwladys; Solsvik, Terje. Fundo soberano norueguês veta aporte em Vale e Eletrobras por Brumadinho e Belo Monte. Reuters, 13 mai. 2020.

Pires, Breiller. Danos ambientais e violações de direitos humanos excluem Vale e Eletrobras de fundo soberano. El País, 13 mai. 2020.

Acessos em 17 de maio de 2020.

Pesquisa comprova que menos de 1% dos day-traders persistentes obteve lucros

janeiro 25, 2020

Pesquisa revelou que a probabilidade de obter lucros em sucessivas operações day-trading (negócios diários com ativos financeiros) é extremamente baixa. Analisando os resultados de 20 mil operadores day-traders brasileiros persistentes, menos de 1% deles obteve lucro médio diário em mais de 250 pregões realizados entre 2012 e 2017.

Day-traders são operadores ou investidores que, diariamente, compram e vendem os mesmos ativos financeiros, em igual quantidade. Seu objetivo é obter ganhos imediatos e cumulativos nessas operações de curtíssimo prazo, sujeitas à grande volatilidade do mercado de capitais e riscos.

A pesquisa foi encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais. Os resultados foram divulgados em março de 2019 no artigo “É possível viver de day-trading?”, elaborado por Fernando Chague e Bruno Giovannetti, professores da Fundação Getúlio Vargas – FGV de São Paulo.

Nos últimos cinco anos houve aumento expressivo do número de pessoas físicas que realizam o day-trading como principal atividade profissional no Brasil. No entanto, faltam informações públicas confiáveis sobre o retorno para aqueles que entram nesse mercado.

Metodologia e resultados

Para superar essa limitação, os pesquisadores acessaram as informações no banco de dados disponibilizado pela CVM sobre as atividades completas entre 2012 e 2017 para todos day-traders qualificados como pessoas físicas.

A análise dos dados se concentrou nos contratos de mini índice e mini dólar, o principal tipo de operação day-trading realizada no Brasil por pessoas físicas.

Os pesquisadores notaram “[…] fortes evidências de que não faz sentido, ao menos econômico, tentar viver de day-trading“. Para comprovar essa hipótese, eles analisaram o desempenho de 19.696 operadores que começaram a fazer day-trade em mini índice de 2013 a 2015, separando-os em dois grupos:

  • Grupo 1: Desistentes (92,1%): a maioria, 18.138 pessoas que desistiram gradualmente de operar, negociando em até 300 pregões.
  • Grupo 2: Persistentes (7,9%): 1.558 pessoas que negociaram em mais de 300 pregões, aquelas que de fato vivem de day-trading.

Entre os day-traders persistentes, 1.415 pessoas (91% do grupo 2) sofreram prejuízo, enquanto 143 pessoas (9% do grupo 2) obtiveram lucro em mais de 300 pregões. Apenas 13 (treze) pessoas, menos de 1% dos persistentes, conseguiram lucro médio diário superior a R$ 300,00 (trezentos reais).

Esse lucro diário equivale à remuneração mensal de R$ 6.000,00 (seis mil reais), considerando 20 dias úteis com pregões na bolsa. Desse modo, na amostra com quase 20 mil pessoas, apenas 13 day-traders conseguiram obter o equivalente à renda mensal superior a R$ 6 mil durante mais de 15 meses (300 pregões divididos por 20 pregões/mês).

Probabilidade de 0,08% para renda superior a R$ 300,00 ao dia

Os pesquisadores também testaram se haveria mudanças no grupo de persistentes nas operações day-trading, caso o número mínimo de pregões fosse reduzido de 300 para 250. Mesmo assim, os resultados não variaram significativamente.

Aplicando esse critério aos 1.558 day-traders persistentes, constatou-se que 1.367 pessoas tiveram prejuízo (88% do grupo), enquanto 191 operadores conseguiram lucro (12% do grupo). Na verificação do lucro médio diário superior a R$ 300,00 (trezentos reais), apenas 15 pessoas teriam conseguido esse resultado (menos de 1% dos persistentes).

Assim, os day-traders que encerraram suas posições com saldo positivo representam 0,97% (menos de 1,00%) do conjunto total de operadores analisados (191 dividido por 19.696).

Os pesquisadores estabeleceram, então, que a probabilidade de alguém começar a fazer day-trade e conseguir, após o período de aprendizado, renda média diária maior do que R$ 300,00, é igual a 0,08% (15 dividido por 19.696). Isso equivale a 8 pessoas em cada dez mil operadores, sendo extremamente desfavorável nessa atividade.

No estudo, foram desconsiderados eventuais custos de corretagem, cursos de aperfeiçoamento e de tecnologia (plataformas e aplicativos).

Desempenho do day-trader tende a piorar

Chague e Giovannetti (2019) também alertaram que o desempenho dos day-traders tende a piorar à medida que persegue ganhos cumulativos no mercado.

Essa última evidência contraria a posição de muitos especialistas das corretoras de valores ao defenderem que “day-traders melhorariam com a experiência” e, portanto, deveriam persistir na atividade.

A pesquisa divulgada demonstrou que a probabilidade de operadores obterem ganhos no day-trading é extremamente baixa. Apenas a ínfima fração de 0,08% dos profissionais que atuam nessa atividade conseguiria alcançar e manter ganhos equivalentes à renda mensal de R$ 6 mil.

Os riscos de perdas financeiras e de retornos insuficientes proporcionados no day-trading não deveriam ser negligenciados pelas corretoras e a CVM.

Essa reflexão mostra a necessidade de maior conscientização e melhoria da educação financeira frente ao crescente número de pessoas que se dedicam profissionalmente ao day-trading no Brasil.


Fonte: Editorial GEDAF, baseado na referência citada.

CHAGUE, Ferando; GIOVANENETTI, Bruno. É possível viver de day-trading? São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2019. Disponível em: <https://cointimes.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Viver-de-day-trading.pdf>. Acesso em 25 jan. 2020.

Livro descreve a trajetória de sucesso da corretora XP

novembro 25, 2019

Em 2001, o jovem corretor Guilherme Benchimol abriu a microempresa de investimentos XP em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, ocupando uma pequena sala de 25 metros quadrados. Ele tomou essa decisão aos 24 anos, após ser demitido por uma corretora de valores no mercado financeiro do Rio de Janeiro.

Desde aquela época, Guilherme já sonhava em montar uma empresa inovadora que pudesse oferecer maior acesso a investimentos para todas as pessoas, rompendo o círculo do mercado de renda fixa controlado pelos bancos no Brasil.

Nos primeiros anos, Guilherme se virava para evitar a falência. Panfletou nos bairros de classe alta de Porto Alegre, vendeu o carro para pagar as contas, pediu dinheiro para amigos. Nos anos seguintes, trocou sócios e enfrentou situações de estresse. Sua trajetória foi, como ele mesmo costuma dizer, “na raça”.

Após uma década da fundação, a XP desenvolveu e lançou sua plataforma aberta de investimentos para renda variável. Atraiu centenas de milhares de clientes oriundos dos bancos. Essa inovação revolucionou o mercado financeiro e obrigou os bancos e demais corretoras a aperfeiçoarem seus serviços e produtos oferecidos.

Hoje, a XP Investimentos possui a base de 1,5 milhão de clientes ativos registrados nela própria e nas corretoras Rico e Clear, por ela controladas. Ao todo são R$ 350 bilhões sob custódia, receita de R$ 3,7 bilhões e lucro líquido de R$ 699 milhões de janeiro a setembro de 2019.

Em dezembro de 2019 a XP fará Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores Nasdaq, nos Estados Unidos, especializada em negociar títulos das grandes empresas de tecnologia. Há expectativa de que seu valor de mercado alcance US$ 15 bilhões (ou R$ 63 bilhões). Será o maior IPO de uma companhia brasileira no exterior.

O livro “Na raça: como Guilherme Benchimol criou a XP e iniciou a maior revolução do mercado financeiro brasileiro” apresenta histórias de bastidores sobre as dificuldades e conquistas que levaram a XP a se tornar a maior corretora de valores mobiliários independente do país.

O livro é convergente com o momento histórico da empresa, incentivando potenciais investidores. A trajetória ao longo dos 18 anos da empresa fundada por Guilherme Benchimol é contada pela jornalista Maria Luíza Filgueiras. Ela acompanhou a XP por nove anos e entrevistou dezenas de executivos, incluindo o próprio Guilherme, para revelar detalhes dessa trajetória de sucesso.

Lançamento do livro

O livro será oficialmente lançado em 26 de novembro de 2019, disponível nos formatos impresso e eletrônico.

  • Editora: Intrínseca; Edição: 1 (26 de novembro de 2019)
  • Páginas: 240
  • Gênero: Não ficção
  • Formato: 15,5 x 23 x 1,4
  • Preços: R$ 49,90 (livro)* ; R$ 24,90 (e-Book)**

(*) Venda nas livrarias Amazon, Livrarias Curitiba, Livraria da Travessa, Lojas Americanas, Martins Fontes Paulista, Submarino.

(**) Venda nas livrarias virtuais Amazon, Kobo e Google Play.


Fontes: Editora Intrínseca e InfoMoney, acesso em 24/11/2019.

Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais 2019

setembro 30, 2019

As inscrições para a 15ª edição do Prêmio Anbima de Mercado de Capitais estão abertas até 31 de outubro de 2019.

A premiação objetiva valorizar os melhores trabalhos acadêmicos ao nível de mestrado e doutorado sobre temas relevantes para o desenvolvimento do mercado de capitais e da intermediação financeira no Brasil.

Valor do Prêmio Anbima de Mercado de Capitais 2019

Podem concorrer alunos das áreas de Economia, Administração e Direito, autores de dissertações de mestrado ou teses de doutorado. O candidato deverá estar matriculado em instituição com programas de mestrado ou de doutorado reconhecidos pelo MEC, na data de definição do prêmio.

Os prêmios são de R$ 17 mil para dissertações de mestrado e de R$ 34 mil para teses de doutorado, incluindo o troféu para cada ganhador, certificado e a publicação dos projetos no site da Anbima.

A escolha dos trabalhos é feita por comissão nomeada pelo Iepe/CdG (Instituto de Estudos de Política Econômica Casa das Garças), entidade parceira da Anbima. A divulgação dos vencedores ocorrerá até o dia 21 de dezembro.

Inscrição

Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição online e enviar alguns documentos, como histórico escolar, carta de recomendação do orientador do trabalho, projeto do trabalho com até 10 páginas e cronograma trimestral das atividades.

Confira mais informações no regulamento – clique aqui.

Vencedores do Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais em 2018

Categoria Doutorado: 

Gustavo Bulhões Carvalho da Paz Freire 

Universidade: Fundação Getulio Vargas – RJ

Título: Modelos de fatores, machine learning e o cross-section de retornos

Categoria Mestrado:

Bruno Miranda Gontijo

Universidade: Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG

Título: Responsabilização das companhias abertas por danos aos investidores: as possíveis consequências e os eventuais efeitos contra intuitivos

Matheus Almeida Dalalana D’ Amico

Universidade: Pontifícia Universidade Católica – PUC RJ

Título: Incerteza Jurídica como catalisador de problemas de agência na distribuição de juros sobre capital próprio

Acesse a lista completa de vencedores e os trabalhos premiados – clique aqui.


Fonte: Anbima, acesso em 30/09/2019.

 

CVM promove Semana Mundial do Investidor 2019

setembro 30, 2019

A Semana Mundial do Investidor (World Investor Week – WIW) é a campanha global de proteção aos investidores e disseminação da educação financeira, promovida pela Organização Internacional das Comissões de Valores – IOSCO. Objetiva a oferta de oportunidades educacionais à população de mais de 80 países, oferecidas por todos os membros da organização.

A terceira edição da WIW, realizada de 30 de setembro a 06 de outubro de 2019, é coordenada, no âmbito global, pelo Comitê de Investidores de Varejo da IOSCO (o “Comitê 8”), o qual é presidido pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. A campanha é coordenada, em cada país, exclusivamente pelos membros da IOSCO.

Semana Mundial do Investidor 2019

No Brasil, a Semana Mundial do Investidor é coordenada pela CVM, membro ordinário da IOSCO, e apoiada pelas entidades convidadas ANBIMA e a B3, membros brasileiros da IOSCO.

Nesta terceira WIW, serão promovidas iniciativas com foco na proteção e educação do investidor, e educação financeira. Serão realizadas palestras, workshops, cursos presenciais e à distância, divulgação de mensagens por redes sociais, lançamento de projetos educacionais e divulgação de vídeos com temas de interesse do público.

A CVM incentiva outras instituições e organizações no Brasil, governamentais ou não, incluindo universidades, faculdades, escolas e demais interessados, a participarem da Semana Mundial do Investidor, organizando e promovendo iniciativas que atendam aos objetivos da campanha conforme as diretrizes estabelecidas.

Programação completa

A programação com informações completas sobre as iniciativas planejadas pela CVM, parceiros oficiais e outros organizadores para a Semana Mundial do Investidor 2019, assim como orientações para inscrições podem ser acessadas no link oficial do evento – clique aqui.

Diversos eventos online serão transmitidos pela internet de 30 de setembro a 06 de outubro de 2019, facilitando o acesso aos interessados.

Diretrizes

As iniciativas da Semana Mundial do Investidor seguem as  orientações da IOSCO para a WIW. As atividades são não comerciais e gratuitas, e não poderão envolver a divulgação, direta ou indireta de empresas, marcas ou produtos. Da mesma forma, todas as informações fornecidas deverão ser imparciais e abster-se de recomendar produtos, empresas, marcas ou serviços específicos.


Fonte: CVM / IOSCO, acesso em 30/09/2019.

Índice DJSI avalia as empresas mais sustentáveis do mundo em 2019

setembro 18, 2019

Os resultados do Dow Jones Sustainibility Index – DJSI (Índice de Sustentabilidade Dow Jones) foram divulgados em 13 de setembro de 2019. Esse índice internacional possibilita conhecer as empresas mais sustentáveis do mundo, as líderes globais em 61 setores econômicos, considerando seu desempenho avaliado por indicadores econômicos, ambientais e sociais.

O índice internacional DJSI classifica e posiciona o ranking as empresas mais sustentáveis do mundo, as líderes globais em 61 setores econômicos, considerando os resultados do seu desempenho em relação aos seguintes indicadores e categorias:

  • Econômicos: Gestão da Cadeia de Suprimentos; Gestão da Inovação; Governança Corporativa.
  • Ambientais: Ecoeficiência Operacional; Estratégia de Baixo Carbono; Estratégia para Mudanças Climáticas.
  • Social: Saúde e Segurança Ocupacional; Atração e Retenção de Talentos; Desenvolvimento do Capital Humano.

Os responsáveis pelo elaboração e divulgação do DJSI são as entidades S&P Dow Jones Index (S&P DJI), um dos principais provedores de índices financeiros do mundo para o mercado de capitais norte-americano, juntamente com o SAM, unidade de negócios da RobecoSAM, especializada no fornecimento, classificações e benchmarking de dados ambientais, sociais e de governança – Environmental, Social and Governance (ESG).

Nenhuma empresa brasileira está posicionada entre as líderes globais de sustentabilidade.

Lista das empresas mais sustentáveis do mundo em 2019

1. Aeroespacial e Defesa: Leonardo SpA
2. Companhias aéreas: Air France – KLM
3. Alumínio: Alcoa Corp
4. Componentes automotivos: Pirelli & Co SpA
5. Automóveis: Peugeot SA
6. Bancos: Banco Santander SA
7. Bebidas: Thai Beverage PCL
8. Biotecnologia: Biogen Inc
9. Produtos para construção: Owens Corning
10. Cassinos e jogos: Star Entertainment Grp Ltd
11. Produtos químicos: PTT Global Chemical PCL
12. Carvão e combustíveis consumíveis: Banpu PCL
13. Serviços e suprimentos comerciais: Waste Management Inc
14. Equipamentos de comunicação: Cisco Systems Inc
15. Computadores e periféricos, e eletrônicos de escritório: Hewlett Packard Enterprise Co
16. Construção e engenharia: Ferrovial SA
17. Materiais de construção: Grupo Argos SA/Colombia
18. Recipientes e embalagens: BillerudKorsnas AB
19. Serviços diversificados ao consumidor: nenhuma empresa classificada
20. Serviços financeiros diversificados e mercado de capitais: UBS Group AG
21. Utilidades elétricas: Terna Rete Elettrica Nazionale SpA
22. Componentes e equipamentos elétricos: Signify NV
23. Equipamentos, instrumentos e componentes eletrônicos: Delta Electronics Inc
24. Equipamentos e serviços energéticos: Saipem SpA
25. Varejo de alimentos e grampos: CP ALL PCL
26. Produtos alimentícios: Thai Union Group PCL
27. Utilitários de gás: Naturgy Energy Group SA
28. Equipamentos e suprimentos de saúde: Abbott Laboratories
29. Prestadores de cuidados de saúde e serviços: Cigna Corp
30. Construção de casas: Sumitomo Forestry Co Ltd
31. Hotéis, resorts e linhas de cruzeiro: Hilton Worldwide Holdings Inc
32. Utilidades domésticas: Arcelik AS
33. Produtos para o lar: Colgate-Palmolive Co
34. Conglomerados industriais: SK Holdings Co Ltd
35. Seguros: Allianz SE
36. Mídia interativa, serviços e entretenimento doméstico: Alphabet Inc
37. Serviços de TI: Atos SE
38. Equipamentos e produtos de lazer e eletrônicos: LG Electronics Inc
39. Ferramentas e serviços de ciências biológicas: Agilent Technologies Inc
40. Máquinas e equipamentos elétricos: CNH Industrial NV
41. Mídia, filmes e entretenimento: Telenet Group Holding NV
42. Metais e mineração: Teck Resources Ltd
43. Concessionárias de utilidades múltiplas e água: Engie SA
44. Refino de óleo e gás e marketing: Thai Oil PCL
45. Armazenamento e transporte de petróleo e gás: Enagas SA
46. Upstream de Óleo e gás e integração: PTT Exploration & Production PCL
47. Papel e produtos florestais: UPM-Kymmene Oyj
48. Produtos pessoais: Unilever NV
49. Farmacêutica: GlaxoSmithKline PLC
50. Serviços profissionais: SGS SA
51. Imobiliária: Dexus
52. Restaurantes e instalações de lazer: Sodexo SA
53. Varejo: Wesfarmers Ltd
54. Semicondutores e equipamentos de semicondutores: ASE Technology Holding Co Ltd
55. Programas de computador: SAP SE
56. Aço: Hyundai Steel Co
57. Serviços de telecomunicações: True Corp PCL
58. Têxteis, vestuário e artigos de luxo: Moncler SpA
59. Tabaco: British American Tobacco PLC
60. Empresas de comércio e distribuidores: ITOCHU Corp
61. Transporte e infraestrutura de transporte: Royal Mail PLC

Metodologia para cálculo do DJSI

As empresas foram selecionadas de acordo com a metodologia da RobecoSAM para Avaliação de Sustentabilidade Corporativa (CSA) e os índices Dow Jones de sustentabilidade (DJSI). Os critérios de pontuação são calculados conforme as seguintes métricas:

Escore Transparência:

  • Divulgação pública sobre direitos humanos.
  • Disponibilidade de informação qualitativa ou quantitativa sobre as maiores contribuições e despesas relacionadas à sustentabilidade.

Escore Desempenho:

  • Pontuação de dados qualitativos e quantitativos baseados em limites predefinidos ou expectativas quanto à Estrutura do Conselho e Avaliação de Direitos Humanos.
  • Pontuação de tendências de desempenho da própria empresa ao longo do tempo – Ecoeficiência Operacional.
  • Pontuação linear do grupo misto – Taxa de Frequência de Lesões com Afastamento de Trabalhadores e Taxa de Turnover dos Empregados.

A Avaliação de Sustentabilidade Corporativa do SAM (CSA) é bastante abrangente quanto às práticas e desempenho das empresas. Anualmente, no mês de março, a RobecoSAM convida mais de 3.500 das maiores empresas do mundo de capital aberto para participarem globalmente da avaliação mediante o preenchimento de questionário detalhado.

Os resultados da avaliação e o índice DJSI são publicados em setembro, após a análise das respostas das empresas, complementadas por pesquisas adicionais realizadas pela RobecoSAM.

O CSA é uma das metodologias de classificação ESG mais antigas do mundo, implantada em 1999. Avalia empresas com base em 80 a 120 indicadores específicos sobre 61 setores tendo por foco as questões econômicas e financeiras, uso de matéria prima, fatores ambientais e sociais relevantes para o sucesso das empresas. O diferencial são as questões sobre assuntos pouco pesquisados em análises financeiras convencionais.

Todos os anos, o CSA passa por rigorosa revisão metodológica, a fim de garantir sua atualidade diante dos tópicos relevantes de sustentabilidade, bem como a inclusão de temas emergentes correlacionados ao longo prazo, muitas vezes de interesse para os investidores. As empresas também são desafiadas em tópicos especiais pouco divulgados.

As classificações ESG derivadas do CSA são usadas para o reequilíbrio anual do índice DJSI e a família de índices ESG S&P Dow Jones (S&P DJI). Os resultados são disponibilizados para investidores, pesquisadores e organizações não-governamentais por meio do S&P DJI e da plataforma de dados da Bloomberg

Os resultados da CSA também são usados para elaboração do Anuário de Sustentabilidade SAM, uma das mais abrangentes publicações anuais sobre sustentabilidade corporativa no mundo.

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Editorial GEDAF

Fonte: RobecoSAM AG, Switzerland, acesso em 17 set. 2019. Disponível em: <https://www.robecosam.com/csa/csa-resources/industry-leaders.html>.