Decisões Copom 2023

Divulgação das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) relativas à Taxa Selic em 2023, principal referência da economia do Brasil.

A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê.

Confira calendário do Copom 2023

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias, sempre em dois dias sequenciais, na segunda e na terça. As deliberações são anunciadas publicamente no final do segundo dia, entre 18h e 19h.

  • 31 de janeiro e 1º de fevereiro
  • 21 e 22 de março
  • 2 e 3 de maio
  • 20 e 21 junho
  • 1º e 2 de agosto
  • 19 e 20 de setembro
  • 31 de outubro e 1º de novembro
  • 12 e 13 de dezembro

Histórico do Copom

O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros.

A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Central Bank Council, do Banco Central da Alemanha.

Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o Monetary Policy Committee (MPC). O Banco Central Europeu possui comitê semelhante desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, muitas autoridades monetárias em todo o mundo possuem comitês deliberativos, facilitando o processo decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.

Pauta e organização das reuniões do Copom

As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em duas sessões, sendo a primeira sessão reservada às apresentações técnicas de conjuntura econômica e a segunda destinada à decisão da meta da Taxa Selic.

Além do Presidente e dos Diretores do Banco Central, membros do Comitê, participam da primeira sessão da reunião os chefes dos seguintes departamentos do Banco Central:

  • Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban)
  • Operações do Mercado Aberto (Demab)
  • Econômico (Depec)
  • Estudos e Pesquisas (Depep)
  • Reservas Internacionais (Depin)
  • Assuntos Internacionais (Derin)

A primeira sessão dos trabalhos poderá contar, ainda, com a presença de outros servidores do Banco Central, quando autorizados pelo Presidente.

No primeiro dia, os chefes de departamento apresentam a análise técnica de conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto e expectativas gerais macroeconômicas.

No segundo dia, além dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação prospectiva da inflação. Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do cenário macroeconômico e dos principais riscos associados, deliberam, por maioria simples de votos, a meta da Taxa Selic.

Reunião do Copom

Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a meta da Taxa Selic e divulgar o Relatório de Inflação.

A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê.

O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros.

A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Central Bank Council, do Banco Central da Alemanha.

Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, vasta gama de autoridades monetárias em todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.

As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em duas sessões, sendo a primeira sessão reservada às apresentações técnicas de conjuntura econômica e a segunda destinada à decisão da meta da Taxa Selic. Além do Presidente e dos Diretores do Banco Central, membros do Comitê, participam da primeira sessão da reunião os chefes dos seguintes departamentos do Banco Central:

  • Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban)
  • Operações do Mercado Aberto (Demab)
  • Econômico (Depec)
  • Estudos e Pesquisas (Depep)
  • Reservas Internacionais (Depin)
  • Assuntos Internacionais (Derin)

A primeira sessão dos trabalhos poderá contar, ainda, com a presença de outros servidores do Banco Central, quando autorizados pelo Presidente.

No primeiro dia, os chefes de departamento apresentam a análise técnica de conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto e expectativas gerais macroeconômicas.

No segundo dia, além dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação prospectiva da inflação. Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do cenário macroeconômico e dos principais riscos associados, deliberam, por maioria simples de votos, a meta da Taxa Selic.

Copom reduz a taxa Selic para 5,50% ao ano

setembro 18, 2019

Em sua 225ª reunião, o Comitê de Política Monetária – Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 5,50% ao ano.

A decisão do Comitê reflete o cenário básico e o balanço de riscos para a inflação prospectiva. É compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante à condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020.

Cenários analisados pelo Copom

  • Indicadores de atividade econômica divulgados desde a reunião anterior do Copom sugerem retomada  em ritmo gradual do processo de recuperação da economia brasileira.
  • No cenário externo, há estímulos monetários adicionais nas principais economias, em contexto de desaceleração econômica e de inflação abaixo das metas, capazes de produzir ambiente relativamente favorável para economias emergentes. Entretanto, o cenário segue incerto e os riscos associados à desaceleração mais intensa da economia global permanecem;
  • Diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária;
  • No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 3,3% para 2019 e 3,6% para 2020.

O cenário de inflação supõe trajetória de juros que encerra 2019 em 5,00% a.a. e permanece nesse patamar até o final de 2020, a taxa de câmbio que termina 2019 em R$/US$ 3,90 e permanece nesse valor até o final de 2020. No cenário com juros constantes a 6,00% a.a. e taxa de câmbio constante a R$/US$ 4,05, as projeções situam-se em torno de 3,4% para 2019 e 3,6% para 2020.

O cenário híbrido com taxa de câmbio constante e trajetória de juros da pesquisa Focus implica inflação em torno de 3,4% para 2019 e 3,8% para 2020.

O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem três fatores de risco em ambas as direções:

  1. o nível de ociosidade elevado pode continuar produzindo trajetória prospectiva abaixo do esperado;
  2. eventual frustração em relação à continuidade das reformas e à perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária;
  3. O risco (2) se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes.

Consolidação e evolução do cenário básico

A conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. O processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas é essencial perseverar nessa direção para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia.

A percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, os avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva.

Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve ajuste no grau de estímulo monetário, com redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual. A consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo.

O Copom reitera que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e enfatiza que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.


Editorial GEDAF

Fonte: Banco Central do Brasil, publicado em 18/09/2019. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/16857/nota>.

Definições do Copom para a economia brasileira, síntese da Reunião nº 220 – Fev/2019

março 21, 2019

Síntese da 220a Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada nos dias 05 e 06 de fevereiro de 2019.

Análise da Economia Brasileira e Internacional

A economia brasileira segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.

O cenário externo permanece desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos. Diante do arrefecimento da atividade em algumas economias relevantes, os riscos de desaceleração da economia global se intensificaram. As incertezas sobre a continuidade da expansão do comércio internacional e o Brexit podem contribuir para reduzir o crescimento global.

Em relação aos EUA, os membros do Copom entendem que os riscos associados à normalização da política monetária se reduziram, mas há dois cenários prováveis: desaceleração econômica relevante ou continuidade do vigor exibido pela economia norte-americana. Esses cenários vão influenciar as próximas deliberações do Federal Reserve.

Nesse contexto, a economia brasileira apresenta capacidade de absorver revés no cenário internacional, devido à situação robusta de seu balanço de pagamentos e ao ambiente com expectativas de inflação ancoradas e perspectiva de recuperação econômica.

Inflação, Taxa Selic e Câmbio

As expectativas de inflação para 2019, 2020 e 2021 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,9%, 4,0% e 3,75%, respectivamente.

Considerando a taxa de juros e de câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020. Esse cenário supõe, entre outras hipóteses, trajetória da taxa Selic que encerra 2019 em 6,50% a.a. e se eleva a 8,00% a.a. em 2020. Também supõe trajetória de taxa de câmbio que termina 2019 em R$3,70/US$ (reais por dólar) e 2020 em R$3,75/US$. Consequentemente, as projeções para a inflação de preços administrados são de 5,1% para 2019 e 4,7% para 2020.

No cenário com taxa Selic constante em 6,50% a.a. e taxa de câmbio constante a R$3,70/US$, as projeções para a inflação do Copom são 3,9% para 2019 e 4,0% para 2020. As projeções para a inflação de preços administrados são de 5,1% para 2019 e 4,5% para 2020.

Considerações Finais

Todos os membros do Comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira. As reformas são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade.

O Comitê ressaltou ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50% a.a.

Essa decisão reflete o cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva. É compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante de condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019 e, com peso menor e gradualmente crescente, de 2020.


Fonte: Copom / Banco Central do Brasil, Ata da 220a. Reunião. Acesso em 20/03/2019.