Dia da Terra 2023 – Cuidar da nossa Casa!

abril 22, 2023

Dia da Terra 2023 – Cuidar da nossa Casa! Confira as dicas de documentários e livros selecionados pelo GEDAF.

O Dia da Terra é celebrado anualmente em 22 de abril. Seu objetivo é conscientizar sobre os desafios ambientais do nosso planeta e incentivar ações a preservá-lo para as futuras gerações.

A data foi criada em 1970 nos Estados Unidos, quando o ex-senador democrata e ativista ambiental Gaylord Nelson convocou manifestação nacional para chamar a atenção sobre a poluição, o desmatamento e outras questões ambientais.

Desde então, o Dia da Terra tem sido comemorado em todo o mundo, com milhões de pessoas participando de eventos, campanhas de conscientização, iniciativas de limpeza e preservação ambiental.

Atualmente, mais de 190 países participam, tornando-o um dos maiores eventos ambientais do mundo. Essa oportunidade estimula os países a avaliarem suas políticas ambientais e os compromissos de proteção do meio ambiente.

No entanto, há muito trabalho a ser feito para enfrentar os desafios ambientais do século 21. A humanidade está ameaçada pela mudança climática, aumento da temperatura global causado pela emissão de gases de efeito estufa. Outros desafios incluem a poluição do ar e da água, o esgotamento dos recursos naturais, a perda da biodiversidade e a degradação do solo.

A preservação da água é um dos principais temas do Dia da Terra, pois ela é essencial à vida. A poluição, o desmatamento e as mudanças climáticas têm impacto direto sobre a disponibilidade e a qualidade da água, ameaçando a vida aquática e os ecossistemas.

Os engenheiros são parte vital dessa mudança, seu trabalho tem impacto significativo na preservação do meio ambiente e na promoção do futuro mais sustentável. Eles podem projetar tecnologias sustentáveis e soluções inovadoras que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, melhorar a eficiência energética, preservar a água e reduzir a poluição.

Além disso, os engenheiros ajudam a desenvolver infraestrutura resiliente para proteger as comunidades contra os efeitos das mudanças climáticas e outras ameaças ambientais.

O Dia da Terra é o lembrete importante de que todos devem se empenhar na proteção do meio ambiente. Diante dos desafios mais complexos no século 21, é essencial que os governos, empresas e indivíduos trabalhem juntos para fazer mudanças e adotar práticas sustentáveis.

Apoio do GEDAF

O GEDAF apoia campanhas ambientais e disponibiliza gratuitamente a Calculadora Pegada Ecológicaclique aqui.

Existem muitos documentários e livros excelentes sobre o Dia da Terra e questões ambientais em geral. Confira algumas sugestões:

Documentários

Os documentários podem ser acessados por inteiro no canal de vídeos da Escola GEDAF – clique aqui.

Uma Verdade Inconveniente (2006) – dirigido por Davis Guggenheim, o documentário apresentado por Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, oferece informações sobre a mudança climática.

Dia da Terra – Earth Days  (2009) – documentário sobre a história do movimento ambientalista nos Estados Unidos, dirigido por Robert Stone e distribuído pela Zeitgeist Films. O filme mostra não somente como o movimento verde começou, mas os sucessos e falhas desde o dia seminal em 1970.

Home (2009) – documentário produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand. O filme apresenta belas imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico.

Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (2014) – dirigido por Kip Andersen e Keegan Kuhn, o documentário revela o impacto da indústria da pecuária na mudança climática e na degradação ambiental.

Antes da Inundação (2016) – dirigido por Fisher Stevens e produzido por Leonardo DiCaprio, o documentário aborda as mudanças climáticas e suas consequências globais, o que a sociedade pode fazer para evitar o desaparecimento de espécies ameaçadas, ecossistemas e comunidades nativas em todo o planeta. Leonardo conversa com pessoas mais proeminentes na causa ambiental, como Barack Obama, Elon Musk, John Kerry e o Papa Francisco.

Planet of the Humans (2020) – documentário dirigido por Michael Moore, cineasta e escritor norte-americano. “Planeta dos Humanos” desmistifica as ilusões verdes apoiadas por grandes corporações e políticos para utilização de turbinas eólicas, energia solar, carros elétricos e biomassa em substituição aos combustíveis fósseis.

Livros

Dia da Terra - Livros Recomendados

Dia da Terra – Livros Recomendados

A Sexta Extinção: Uma História Não Natural (2014) – escrito por Elizabeth Kolbert, o livro aborda a extinção em massa de espécies animais causada pela atual civilização humana.

A Era do Desenvolvimento Sustentável (2017) – escrito por Jeffrey Sachs, o livro apresenta ideias sobre como as sociedades podem se tornar mais sustentáveis em relação ao meio ambiente.

O Sentido da Existência Humana (2018) – Neste livro excepcional, o premiado biólogo Edward O. Wilson debruça-se sobre questões existenciais para entender o que faz os seres humanos serem tão diferentes de todas as outras espécies.

A sabedoria secreta da natureza: Árvores, animais e o maravilhoso equilíbrio entre todos os seres vivos (2022) – Com precisão científica, linguagem acessível e fácil de entender, Peter Wohlleben nos mostra as relações secretas e sagradas entre os seres vivos. Peter é engenheiro florestal e trabalhou na comissão nacional de gestão florestal da Alemanha. Atualmente gerencia uma floresta explorada com práticas ecológicas em Hümmel, dá palestras e escreve livros sobre a natureza.

Educação Ambiental é deficiente em 55% dos países

fevereiro 7, 2023

Educação ambiental é deficiente no ensino básico em 55% dos países, segundo a pesquisa “Aprender para o planeta: Revisão global das questões relacionadas ao meio ambiente e como estão integradas à educação”, publicada pela UNESCO em 2022.

A UNESCO analisou a educação ambiental no ensino primário e secundário em diversos países, considerando conhecimentos gerais sobre meio ambiente, biodiversidade, mudanças climáticas e sustentabilidade.

A metodologia consistiu na análise de programas e currículos escolares de 46 países membros da UNESCO, e questionários respondidos por 1.600 professores e administradores em 93 países, entre setembro e novembro de 2020.

Os resultados da pesquisa são relevantes para orientar ações concretas por parte das autoridades públicas diante dos problemas ambientais que o mundo enfrentará nas próximas décadas.

Resultados da Pesquisa

A pesqusisa revelou que 55% das políticas educacionais e currículos examinados não mencionam as mudanças climáticas e apenas 19% fazem menção à biodiversidade.

Embora 92% dos documentos de política e currículos examinados incluíram ao menos uma referência ao meio ambiente, há pouca profundidade nesses conteúdos. Além disso, 45% de todos os documentos analisados tem pouco ou nenhum foco em questões ambientais e apenas 17% está na categoria “moderada”.

Há muito maior ênfase ao tema “meio ambiente” do que “mudança climática” ou “biodiversidade”. A pesquisa mostrou que mais de 83% dos documentos analisados mencionam “meio ambiente” ao menos uma vez e 69% mencionam “sustentabilidade”, enquanto os temas “mudança climática” e a “biodiversidade” são abordados em 47% e 19% dos documentos, respectivamente.

Nos programas de formação de professores não foram incluídos conteúdos sobre o meio ambiente. Cerca de 62% dos entrevistados são professores e 13% do corpo gerencial (anteriormente trabalharam como professores). No total, 36% relataram completa ausência de temas ambientais em sua formação inicial ou contínua (atuando no cargo), enquanto 30% afirmaram que tiveram acesso aos conteúdos tanto a formação inicial quanto na continuada.

Em relação à participação em atividades escolares sobre o meio ambiente, 35% dos entrevistados respondeu que a frequência era uma vez por semana ou uma vez por mês. Outros 57% relataram que a frequência foi de pelo menos uma vez ao ano. Apenas 8% deles indicaram que os jovens não participavam dessas atividades.

No total, 79% das pessoas entrevistadas relataram que as escolas “permitem ou encorajam” meninas, crianças e jovens a participarem de ações juvenis relacionadas às questões ambientais, 4% disseram que foram desencorajados e 17% afirmaram que não foram encorajados nem desencorajados.

Esse alto nível de participação é positivo globalmente, refletindo o impacto das recentes ações juvenis frente às mudanças climáticas e outras questões ambientais, e muitos entrevistados oriundos de escolas atuantes na área ambiental. Essas atividades variam em formatos e organização pela sociedade civil e outras entidades.

Recomendações

A UNESCO considera que os países fizeram progressos nos últimos anos. Porém, os governos, as instituições de ensino e os educadores deveriam se empenhar mais em fornecer aos alunos conhecimentos, desenvolver habilidades, atitudes e valores relacionados às questões ambientais.

É necessário maior ênfase aos temas do meio ambiente na educação, promovendo inclusão de conteúdos sobre mudanças climáticas e biodiversidade. Nesse sentido, diversos países deveriam revisar programas curriculares e livros didáticos com maior frequência.

O aprendizado ambiental deve ser integrado a outras disciplinas, pedagogia holística que vai além do foco no conhecimento cognitivo, de forma a envolver estudantes social e emocionalmente, estimulando ação e participação.

Todos os professores e diretores de escolas devem estar familiarizados com a educação para o desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e biodiversidade. É essencial adotar novas abordagens de aprendizagem. E esses assuntos devem fazer parte da formação inicial e continuada dos professores.

O compromisso das escolas deve ir além do ensino tradicional e apoio às ações de defesa do meio ambiente. A pedagogia deve ser transformadora, estimulando os alunos a se engajarem e aprenderem temas ambientais com foco na ação.

Os gestores devem reduzir a pegada ecológica das instituições, exercer a liderança ambiental na comunidade local e assegurar boa governança escolar.

O conhecimento indígena ancestral deve ser integrado ao ensino ambiental através de ampla consulta aos povos indígenas.

Atualmente, os processos intergovernamentais relativos às mudanças climáticas e biodiversidade estão dissociados dos sistemas educativos ou de aprendizagem ao longo da vida. A integração é essencial para sensibilizar e motivar a cidadania responsável em escala global. É necessária a coloboração entre os setores ambiental e educacional nos níveis nacional, regional e global, envolvendo os ministérios da Educação e do Meio Ambiente.

Dessa forma, os países terão maior êxito ao desenvolver em benchmarks (indicadores de desempenho), leis, políticas, programas e acordos efetivos.

Sobre a UNESCO

A  UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – é uma agência especializada das Nações Unidas (ONU) com sede em Paris, fundada em 1945. Sua missão é contribuir para a paz e segurança no mundo por meio do incentivo à educação e ciências.

A UNESCO é conhecida por seu trabalho na promoção da educação ambiental e desenvolvimento sustentável no mundo. A entidade coloborou no Marco de Ação da Agenda Educação 2030 para a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável para a Educação (ODS 4), que visa a “assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.

Acesse a pesquisa “Aprender para o planeta: Revisão global das questões relacionadas ao meio ambiente e como estão integradas à educação”, disponível em inglês, francês e espanhol – clique aqui.

Fonte: UNESCO, acesso em 07.02.2023

GEDAF apoia a Educação Ambiental

Conheça nossa ferramenta Pegada Ecológica, disponivel gratuitalmente no link abaixo.

Calculadora Pegada Ecológica - Escola GEDAF

Calculadora Pegada Ecológica – Escola GEDAF

Calculadora Pegada Ecológica: verifica o impacto individual no consumo de recursos naturais do planeta Terra.

Fique atento aos cursos da Escola GEDAF, abertura de novas turmas.