Febraban lança segunda edição do livro sobre redução dos juros

abril 12, 2020

A Federação Brasileira de Bancos – Febraban lança segunda edição do livro sobre redução dos juros.

Publicada em 2018, a primeira edição “Como Fazer os Juros Serem Mais Baixos no Brasil” foi ampliada para 240 páginas.

A publicação gerou diversas manifestações de economistas, políticos, jornalistas e leitores na mídia sobre diversas questões polêmicas.

  1. A competição no setor bancário é prejudicada pela concentração?
  2. Os lucros excessivos dos bancos explicam os juros altos?
  3. A verticalização tem impacto negativo na concorrência?
  4. As  falhas na análise de crédito provocam a inadimplência que pressiona as taxas?
  5. Há relação causal entre spread e inadimplência?
  6. Falta transparência às instituições financeiras?
  7. As propostas apresentadas pela Febraban para baixar os juros poupam os bancos?
  8. Por que a queda da Selic não tem sido repassada às taxas praticadas no mercado?
  9. As instituições investem em educação financeira?
  10. Os juros cobrados no cheque especial e no cartão de crédito são justificáveis?

As manifestações dos leitores motivaram o lançamento da segunda edição com novas informações e maneiras diferentes de explicar os assuntos sobre os juros praticados no Brasil.

Comentários e propostas da Febraban

A nova edição recebeu o capítulo adicional intitulado “Resumo do debate”, ao final do livro. Nele são comentadas em maior profundidade as questões levantadas pelos leitores. A partir desses questionamentos, a entidade representativa dos bancos propõe dez medidas para reduzir os juros no Brasil, cujos argumentos são complementados por indicação bibliográfica.

As medidas propostas pela Febraban incluem o aperfeiçoamento do Cadastro Positivo, permissão ao credor para executar dívidas mediante busca e apreensão extrajudicial de bens e veículos, reconhecimento da duplicada eletrônica, aprovação da nova lei de falências para viabilizar a recuperação de empresas viáveis, eliminar a tributação sobre o crédito (alíquota zerada para o IOF e PIS/Cofins das operações financeiras), regular a competição saudável com as fintechs, desincentivar o uso de dinheiro vivo.

Outra atualização, os dados macroeconômicos e setoriais na primeira edição refletiam a realidade até meados de 2018, agora se referem ao ano inteiro. A divulgação das estatísticas oficiais permite melhor compreensão do comportamento dos juros no período analisado.

Acesso e download do eBook

O livro digital (eBook) está disponível para baixar gratuitamente no site da Febraban, arquivo nos formatos PDF, Epub e Mobi.

Ficha Técnica

Título: Como fazer os juros serem mais baixos no Brasil – Uma proposta dos bancos ao governo, Congresso, Judiciário e à sociedade

Autor/Editor: Febraban

Local e Edição: São Paulo, 2019

Paginação: 240 páginas, ilustrado

ISBN: 978-85-85313-03-6

Fonte: Febraban, acesso em 10.04.2019.

Mensagem do GEDAF para a Páscoa 2020

abril 12, 2020

Mensagem do GEDAF para a Páscoa 2020 destaca a importância da esperança, união e solidariedade no enfrentamento da pandemia do coronavírus.

Caríssimos,

Neste ano, a Páscoa ocorrerá no cenário de enfrentamento da pandemia do coronavírus que atingiu direta e indiretamente grande parte da humanidade.

Levantamento Casos Globais Covid-19 - Johns Hopkins University (JHU)

Levantamento Casos Globais Covid-19 – Johns Hopkins University (JHU)

Lamentavelmente, de 22 de janeiro a 10 abril de 2020, mais de 108 mil vidas foram perdidas ao desenvolverem a doença Covid-19 causada por esse novo vírus.

O pânico, o medo e a incerteza sobre o futuro dominam as preocupações de populações e governantes dos diversos países no mundo.

Nem mesmo os países desenvolvidos que possuem mais recursos e centros de referência em ciência conseguiram encontrar a cura para a nova doença.

Governos de diferentes ideologias estão sendo obrigados a adotar medidas rigorosas de isolamento social, restrição de atividades econômicas, proteção e assistência social.

Muitas pessoas angustiadas entram em desespero nessa situação de confinamento e suspensão das atividades, perdendo a esperança em dias melhores.

Contudo, não devemos jamais perder a fé e deixar de acreditar na solidariedade e amor ao próximo que se fazem presentes na dedicação dos profissionais da saúde, cientistas, e demais trabalhadores que permanecem produzido bens e serviços essenciais à sociedade.

Os bens materiais e as finanças podem ser recuperados após a crise, enquanto a perda de vidas humanas não é possível reverter.

A Páscoa é o convite a acreditar que Cristo morreu crucificado e libertou a humanidade de seus pecados, transformando a dura realidade daquele mundo em sua época.

Enquanto cristãos, devemos acreditar na transformação e renovação do mundo pelo bem, por piores que sejam as condições existentes.

O exemplo de Cristo e sua vitória sobre a morte são os lumiares que devem brilhar neste cenário desolador e memória das vítimas.

Cristo ressuscitado revelou a possibilidade da vida nova abundante e plena, transformando o significado da existência humana.

São mistérios que transcendem nosso entendimento moldado no materialismo.

A simbologia da Páscoa utiliza a imagem do coelho e dos ovos, cujo significado é a vida que se renova e multiplica.

Que esta Páscoa proporcione o renascimento dos seus sonhos, multiplicando sua alegria e renovando sua disposição para a Nova Vida.

Feliz Páscoa!

Votos do Organizador GEDAF

Folding at Home: computadores pessoais auxiliam pesquisadores do coronavírus

abril 11, 2020

Você tem computador e quer ajudar nas pesquisas científicas sobre o coronavírus?

Então, poderá participar do programa Folding at Home (“Dobrável em Casa”, em livre tradução do inglês).

Mesmo se você estiver em quarentena voluntária, em regime de teletrabalho ou vida normal, dentro do possível, só precisa dispor de um computador em casa ou no trabalho. E, ainda que esteja utilizando seu equipamento de informática, também poderá participar dessa iniciativa.

A iniciativa colaborativa é simples, implica em doar o poder de processamento do seu computador pessoal para ajudar pesquisadores do Covid-19 e outras doenças.

Simulações Folding@Home

O programa Folding at Home recebe ajuda colaborativa através de compartilhamento voluntário de computadores pessoais para processamento de simulações do Covid-19 e outras doenças.

Na prática, o programa de computação distribuída permite que os computadores pessoais, dos mais fracos aos mais potentes, possam contribuir para a resolução mais rápida de problemas matemáticos de investigações científicas sobre doenças.

A computação distribuída possibilita realizar simulações de ligação entre proteínas. O programa foi lançado em 1º de outubro de 2000, sendo atualmente gerido pelo departamento de Química da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, sob a supervisão do professor de bioengenharia Vijay S. Pande.

Atualmente, o programa Folding@Home reúne o consórcio de 11 universidades em vários países que usam os dados para estudar a estrutura molecular de doenças como câncer, Alzheimer, influenza e Convid-19.

A pesquisa sobre o COVID-19 começou no início de março de 2020 e o esforço colaborativo do processamento das simulações é realizado por centenas de milhares de computadores.

O vídeo abaixo apresenta parte da simulação (executada no Folding@Home) de uma proteína onde os átomos, representados por esferas, se afastam, expondo a região na qual o medicamento avaliado pode se ligar. A abertura completa ocorre no tempo 0:23 ou 23 segundos.

Instalando o programa Folding@Home no seu computador

Acesse o site do programa Folding@Home e selecione o programa compatível com a versão do sistema operacional no seu computador (Windows 32 e 64 bits, MacOS versão 10.6 ou superior, Linux 32 e 64 bits) – clique aqui.

Basta fazer download da versão adequada do programa e instalar em seu computador. A instalação e o acesso ao programa são seguros, sendo resguardada a privacidade de dados do usuário.

Após a instalação, o usuário colaborador deverá criar uma conta simples com sua identidade ou anônimo.

Folding@Home - Identificação

Folding@Home – Identificação

No painel de controle, poderá visualizar a opção “Any disease”  (“Qualquer Doença”, em livre tradução) na lista de apoio à pesquisa – opção na lista “I support research fighting” (“Eu apoio a pesquisa com recursos computacionais”, em livre tradução).

Finalizada a instalação, o computador passará a colaborar diretamente com pesquisas sobre o novo coronavírus. O usuário poderá ajustar o poder de processamento para o programa através da escala Power no painel de controle, posicionando o marcador entre as opções Light, Medium ou Full (Leve, Médio ou Pleno).

É possível interromper temporariamente o processamento clicando no botão Stop Folding (“Suspender o Processamento”).

Folding@Home - Painel de Controle

Folding@Home – Painel de Controle

Periodicamente, o programa Folding@Home enviará os dados produzidos na máquina do usuário colaborador para o servidor central.

Resultados das pesquisas Folding at Home

A contribuição da comunidade de usuários já permitiu identificar a estrutura da proteína que constitui ponto de ligação do novo coronavírus às células humanas.

Assista a entrevista com Anton Thynnel, diretor de comunicações do programa Folding at Home, na qual ele descreve o modelo colaborativo e tira dúvidas.

O GEDAF Finanças e Empreendedores apoia a iniciativa do Folding at Home e convida a todos os assinantes e usuários a instalarem o programa nos seus computadores pessoais.


Fonte: Folding at Home, acesso em 11.04.2020.

 

Enquete avalia preferências de consumidores para abastecimento de veículos

abril 10, 2020

O GEDAF lançou nova enquete sobre preferências de consumidores para abastecimento de veículos. A enquete poderá ser respondida até 20 de abril de 2020, bastando selecionar as alternativas no painel abaixo.

É permitido apenas uma resposta por pessoa, sendo possível alterar a alternativa escolhida após aguardar o prazo de uma hora. Agradecemos sua participação nesta enquete!

Divulgação dos resultados

Se você deseja conhecer técnicas de controle para organizar seu planejamento financeiro, após responder a enquete, cadastre gratuitamente para receber nosso informativo.

Quero receber a Newsletter

Os resultados serão divulgados aos assinantes da Newsletter e nas redes sociais (Instagram, Facebook e LinkedIn).

Programa seleciona deputados jovens para formação em 2020

abril 9, 2020

Câmara dos Deputados abriu inscrições no programa de formação de deputados jovens em 2020.

Se você é estudante do ensino médio e tem entre 16 a 22 anos de idade poderá se inscrever na seleção da Câmara dos Deputados para a 17ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB).

Iniciativa é considerada referência entre os parlamentos estaduais e municipais na prática pedagógica para educação política da população.

O programa simula a jornada parlamentar com estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares, ensino técnico integrado ao médio ou na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os selecionados terão acesso a curso de formação a distância, no qual aprenderão sobre o processo legislativo e a atividade de relatoria de um projeto de lei.

Os estudantes selecionados serão convidados para a fase presencial em Brasília, de 21 a 25 de setembro de 2020, quando tomarão posse como jovens deputados. Durante uma semana, eles participarão de atividades na Câmara dos Deputados simulando a jornada parlamentar real.

Os estudantes selecionados terão suas despesas para participação no PJB custeadas pela Câmara dos Deputados, conforme detalhamento abaixo:

  • Transporte aéreo: as passagens aéreas serão pagas pela Câmara dos Deputados.
  • Traslado aeroporto/hotel/aeroporto em Brasília e durante o evento: os deslocamentos serão realizados por ônibus da Câmara ou por veículos de empresa contratada.
  • Acomodação no período do evento: será oferecida acomodação a todos os jovens participantes, geralmente em quarto triplo, em alojamentos feminino e masculino separados, com banheiro privativo, camas individuais, armários e frigobar.
  • Alimentação: durante toda a permanência em Brasília, será oferecida alimentação aos participantes até a partida para sua cidade.
  • Atendimento médico emergencial: os jovens participantes e os coordenadores estaduais do PJB terão a cobertura de seguro viagem para o atendimento de emergências médicas e
    odontológicas. Os casos mais simples poderão ser atendidos pelo Departamento Médico da Câmara dos Deputados.

Inscrições no programa

Para participar da 17ª edição do PJB, o(a) estudante deverá fazer sua inscrição até 29 de maio de 2020, por meio da ficha eletrônica disponível no site da Câmara – clique aqui para acessar.

O estudante interessado em inscrever-se no PJB deverá elaborar um projeto de lei ou outra proposição de sua autoria e enviá-lo junto dos seguintes documentos:

  • Projeto de Lei de sua autoria;
  • Cópia do documento de identidade;
  • Autorização assinada pelos pais ou responsáveis, se for menor de 18 anos, conforme modelo disponível no site do programa.

Na ficha de inscrição eletrônica disponível no site, o(a) estudante anexará os arquivos digitais desses documentos obrigatórios.

É permitida apenas uma inscrição por estudante. O projeto de lei deve ser individual, não poderá ser apresentado por grupos de alunos.

Cronograma PJB 2020*

  • Período de Inscrição para o PJB: 30 de março a 29 de maio
  • Encontro de coordenadores estaduais que acompanharão a jornada: 07 e 8 de maio
  • Período de pré-seleção na Secretaria Estadual de Educação: 01 a 19 de junho
  • Envio das informações sobre os pré-selecionados à Câmara dos Deputados: até 19 de junho
  • Divulgação da lista dos pré-selecionados no portal da Câmara dos Deputados: 30 de junho
  • Período de seleção final na Câmara dos Deputados: 01 a 17 de julho
  • Divulgação do resultado do processo seletivo: 03 de agosto
  • Cadastro na plataforma EaD e matrícula dos selecionados: 03 a 07 de agosto
  • Formação preparatória a distância para os jovens selecionados: 10 de agosto a 16 de setembro
  • Chegada a Brasília: 20 de setembro
  • Jornada parlamentar: 21 a 25 de setembro

(*) Cronograma sujeito à alterações, consultar o site oficial do programa.

Mais informações

Consulte o manual do PJB 2020 – clique aqui.

Página do PJB na internet: camara.leg.br/pjb

Disque-Câmara: 0800 619 619


Fonte: Congresso Nacional, acesso em 09.04.2020.

Crédito da imagem: Câmara dos Deputados, 2020.

Cadastro no Auxílio Emergencial para trabalhadores informais

abril 7, 2020

O Auxílio Emergencial é o benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. Seu objetivo é fornecer proteção e subsistência no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do coronavírus.

A lei nº 13.982, publicada em 02 de abril de 2020, estabeleceu o pagamento da renda básica emergencial no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus. A lei foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro após aprovação no Congresso Nacional.

O pagamento do benefício será feito durante três meses (três parcelas), cuja operacionalização ficará sob responsabilidade dos bancos públicos federais Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), além de casas lotéricas.

O recebimento do auxílio emergencial está limitado a dois membros da mesma família. O auxílio poderá ser dobrado, R$ 1,2 mil, nos casos de pessoas na condição de mães solteiras.

O pagamento será autorizado após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício.

Requisitos para receber o auxílio emergencial

Para ter acesso ao auxílio emergencial, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

1) Maior de Idade: ser maior de 18 anos de idade;

2) Não ter emprego formal: destinado exclusivamente para trabalhadores autônomos com rendas informais;

3) Não ser beneficiário: não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;

4) Renda familiar: renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00);

5) Rendimentos tributáveis: não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70;

6) Atividades permitidas: microempreendedor individual (MEI) ou ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);

7) Renda média: ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.

Importante:

Quem recebe Bolsa Família poderá receber o auxílio emergencial, desde que seja mais vantajoso. Neste período o Bolsa Família ficará suspenso.

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20/03/2020, e se atender as regras do programa, receberá o auxílio sem precisar se cadastrar no site da Caixa Econômica Federal.

As pessoas que não estavam no Cadastro Único até 20/03/2020, mas que têm direito ao auxílio poderão se cadastrar no site da Caixa.

Funcionários públicos, concursados ou temporários, não terão direito ao benefício, pois não se enquadram em nenhuma das categorias permitidas.

Cadastramento dos beneficiários

A inscrição poderá ser realizada no site da Caixa Econômica Federal auxilio.caixa.gov.br ou pelo aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial.

Os usuários de celular de qualquer marca, exceto iPhone, devem baixar o aplicativo “Caixa|Auxílio Emergencial” na Play Store. Os usuários de iPhone devem baixar o aplicativo na App Store.

Antes de baixar o aplicativo, conferir se é realmente da Caixa Econômica Federal, ver indicação na imagem abaixo. Existem outros aplicativos não oficiais com nomes semelhantes.

Se você estiver lendo esta notícia em celular, baixa a versão do aplicativo na Play Store.

APP Caixa - Auxílio Emergencial

APP “Caixa | Auxílio Emergencial” (disponível na Play Store)

Depois de fazer o cadastro, o acompanhamento sobre a liberação do auxílio emergencial poderá ser consultado no próprio site ou aplicativo.


Fonte: EBC Brasil / Caixa Econômica Federal, acesso em 07.04.2020

Entidades do varejo propõem medidas para destravar o crédito

abril 6, 2020

As principais entidades do varejo brasileiro encaminharam em 30 de março de 2020 cartas ao Banco Central (BC) e ao Ministério da Economia (ME) reivindicando medidas para destravar o crédito ao setor e aumentar a liquidez na economia nacional.

No documento remetido ao Ministério da Economia, as entidades listam 9 medidas para mitigar os impactos econômicos na cadeia produtiva. Na carta enviada ao Banco Central, são propostas 5 medidas para assegurar a sobrevivência dos pequenos e médios varejistas.

Os setores de comércio e serviços representam mais de 5 milhões de negócios no país, sendo responsáveis por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e 26 milhões de empregos diretos com carteira assinada. Esses setores demandam maior atenção nesta crise em função do grande impacto em suas atividades, afetando a sustentação econômica e social em todos municípios do país.

Reivindicações ao Ministério da Economia

As entidades do varejo solicitaram a suspensão de recolhimento do PIS e COFINS por período de 180 dias, o qual seria pago no exercício de 2021, dividido em 12 parcelas, sem multa ou juros. As empresas teriam direito à dedutibilidade fiscal integral de qualquer provisão para perda de receita ou inadimplência nos próximos 2 anos, para fins de cálculo de PIS/ COFINS/ IRPJ, tanto no lucro real quanto no lucro presumido.

Pediram a isenção ou diferimento de todos os impostos incidentes sobre a folha salarial, com suspensão de recolhimento de FGTS, INSS e contribuições ao Sistema S. Concomitantemente, também haveria isenção da parcela do empregado no período.

É necessária a suspensão de prazos processuais administrativos, fiscalizatórios e tributários, e obrigações acessórias, durante pelo menos 120 dias.

Deverá ser permitida a compensação de créditos tributos federais com débitos previdenciários em aberto e autorizado o refinanciamento de impostos federais.

As entidades recomendaram a atuação do BNDES e da Caixa Econômica na estruturação financeira de suporte ao crédito para as empresas e trabalhadores.

Apoiaram a aprovação do PL 1009/2020, do deputado Efraim Filho, relativo à interrupção do contrato de trabalho, com a compensação financeira ao emprego, pelo período de até 3 (três) meses, com antecipação das parcelas de seguro desemprego em valor igual ou superior a 1 (um) salário mínimo vigente. O seguro desemprego pagaria o salário dos contratos de trabalho suspensos.

Por último, as entidades cobraram maior atuação do Banco Central para evitar a elevação desmedida das taxas de juros e solicitações desproporcionais de garantias que inviabilizam o acesso às linhas de crédito existentes no mercado.

Reivindicações ao Banco Central

As entidades do varejo propuseram a utilização da estrutura das operadoras de cartão de crédito para viabilizar a concessão de crédito aos pequenos e médios empresários com taxas menores do que as praticadas tradicionalmente. Essa proposta objetiva garantir crédito ao empreendedor sem a dependência de aprovação pelos bancos.

Nessa linha alternativa, recomendaram o Tesouro ou o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) arcarem integralmente com os riscos das operações de crédito como forma de acelerar e desburocratizar o acesso ao crédito.

Outra proposta é a antecipação do recebível para o lojista, flexibilizando o prazo de repasse do dinheiro e garantindo o fôlego ao negócio. As entidades do setor de franquias pediram a criação de linhas de crédito a serem utilizadas para capital de giro, com pagamento em 60 meses e carência de 24 meses para o início do pagamento, além de juros reduzidos. Após este período, seria necessário prover outras linhas de crédito como forma de viabilizar o investimento nos negócios e a retomada da atividade pós-crise.

É necessário aumentar a liquidez no sistema financeiro nacional e reduzir as taxas de juros. As entidades denunciam o aumento das taxas de juros com médias superiores a 50% em alguns casos e acima de 70% em operações habituais do varejo, como capital de giro, conta garantida, antecipação de recebíveis, risco sacado, empréstimos 4131, entre outras operações. Nesse momento de crise, as medidas adotadas pelo BC devem ser apoiadas e implementadas pelas instituições financeiras.

Finalizando, as entidades solicitaram a liberação dos recursos do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas mantidos junto ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para utilização como capital de giro pelas empresas.

Cartas das Entidades do Varejo

As cartas com propostas foram encaminhadas pelas seguintes entidades: Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Confederação das Associações Comercial e Empresariais do Brasil (CACB).

Para conferir o conteúdo completo das cartas das entidades do varejo, clique nos links abaixo:

Carta ao Ministério da Economia

Carta ao Banco Central


Fonte:  Associação Brasileira de Shopping Centers, acesso em 03/04/2020.

Banco Central divulga medidas para liberar R$ 1,217 trilhão no sistema financeiro

abril 6, 2020

O Banco Central (BC) está implementando diversas medidas em resposta ao impacto econômico do coronavírus.

As medidas visam a aumentar a liquidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a oferta de crédito por parte dos bancos brasileiros devido à necessidade de refinanciamento de dívidas para empresas e pessoas afetadas pela crise.

Ao todo, as medidas anunciadas têm o potencial de ampliar a liquidez do sistema financeiro em R$ 1,217 trilhão, valor equivalente a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Conheça as 14 medidas mais recentes divulgadas pelo Banco Central*, informações atualizadas até 06 de abril de 2020.

Banco Central do Brasil - Efeito das Medidas para Aumentar Liquidez

Banco Central do Brasil – Efeito das Medidas para Aumentar Liquidez

01 – Redução adicional do compulsório

O BC reduziu a obrigatoriedade de os bancos manterem provisionados R$ 68 bilhões em depósitos compulsórios sobre recursos a prazo. A alíquota caiu de 25% para 17%. A redução é temporária e disponibiliza mais liquidez para a economia, pois os bancos podem usar recursos que antes deixavam depositados no BC.

Essa medida se soma ao montante de R$50 bilhões já liberados a partir de 16 de março, decorrentes da redução anterior de 31% para 25%. Circular 3.993.

02 – Aperfeiçoamento nas regras do Liquidity Coverage Ratio

A medida reduziu com segurança os requerimentos de liquidez para as instituições brasileiras. A redução de aproximadamente R$86 bilhões na necessidade de as instituições financeiras carregarem outros ativos líquidos de alta qualidade permitirá ampliar a capacidade de conceder crédito.

03 – Dispensa de provisionamento para renegociação de operações de crédito

Tem por objetivo facilitar a renegociação dos prazos de operações de crédito de empresas e de famílias que possuem boa capacidade financeira e mantêm operações de crédito regulares e adimplentes em curso, permitindo ajustar seus fluxos de caixa. A medida dispensa as instituições financeiras de aumentarem o provisionamento para operações de crédito com essas características que forem reestruturadas até 30 de setembro de 2020.

O Banco Central estima que aproximadamente R$3,2 trilhões em créditos sejam qualificáveis a se beneficiar dessa medida. Resolução 4.782.

04 – Redução do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACCP)

A alíquota do ACCP dos bancos caiu de 2,5% para 1,25% no prazo de um ano, com reversão gradual até março de 2022. Essa medida também melhora as condições para realização de eventuais renegociações, ajudando as instituições financeiras a manter, ou mesmo ampliar, o fluxo de concessão de crédito.

A redução da alíquota amplia a folga de capital do SFN em R$56 bilhões, o que permite uma expansão de cerca de R$640 bilhões na concessão de crédito. Resolução 4.783.

05 – Repos de títulos soberanos em dólar

O BC passou a fazer operações de oferta de liquidez em dólares por meio da compra com compromisso de revenda (repos) de títulos soberanos do Brasil em dólar (global bonds) de posse de instituições financeiras nacionais. Os títulos serão comprados pelo BC com desconto de 10% em relação aos preços de mercado.

A medida visa a garantir o bom funcionamento dos mercados e entrou em vigor em 18 de março, tendo potencial para liberar R$50 bilhões.

06 – Novo Depósito a Prazo com Garantias Especiais (NDPGE)

O NDPGE permite a captação de recursos acessível a todas as instituições financeiras associadas ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), contribuindo para a continuidade da oferta de crédito para o setor real. A cobertura do FGC está limitada a R$20 milhões de reais por titular. Essa garantia não envolve recursos públicos, pois o FGC é entidade 100% privada.

O potencial de ampliação de liquidez dessa medida, especialmente para bancos pequenos e médios, é de R$200 bilhões. Resolução 4.785.

07 – Flexibilização nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs)

A base de cálculo foi ajustada para permitir que mais instituições possam captar recursos com as LCAs, aumentando sua liquidez. Assim, foram flexibilizadas as regras para aplicação dos recursos provenientes da captação nas atividades do agronegócio. O potencial de aumento do crédito para o agronegócio é de R$6,3 bilhões. Resolução 4.787.

08 – Empréstimo com lastro em debêntures

O BC poderá realizar empréstimos para as instituições financeiras com lastro em debêntures (títulos privados). Essas operações têm também a garantia dos recursos que as instituições financeiras mantêm compulsoriamente em suas contas de reservas no próprio BC, eliminando o risco para a autoridade monetária.

Trata-se de Linha Temporária Especial de Liquidez para garantir o funcionamento normal do mercado de crédito corporativo privado durante a crise. O potencial de liberação no mercado é de R$91 bilhões. Resolução 4.786.

09 – Maior possibilidade de os bancos recomprarem suas próprias letras financeiras

Os maiores bancos poderão recomprar volume maior de suas próprias letras financeiras. Com isso, os detentores desses papéis (em sua maioria, fundos de investimento) terão maior facilidade para resgatar os recursos aplicados, caso necessário. O percentual de recompra permitido passou de 5% para 20%, com potencial adicional de recompra de R$30 bilhões. Resolução 4.788.

10 – Overhedge de investimentos em participações no exterior

Os bancos estão desobrigados a deduzir do seu capital os efeitos tributários das operações de hedge de moeda estrangeira para sua participação em investimentos no exterior, mecanismo usado para se protegerem das variações cambiais. A medida dará segurança para as instituições financeiras implementarem, ou mesmo para ampliarem, seus planos de concessão de crédito.

O BC estima que a medida ampliará a folga de capital em R$46 bilhões. Essa expansão de capital permitirá os bancos concederem mais R$520 bilhões em crédito. Resolução 4.784.

11 – Tratamento tributário do Overhedge

A medida eliminará a assimetria de tratamento tributário entre os resultados da variação cambial do investimento de bancos no exterior e o resultado do hedge para a proteção cambial desse investimento. Essa assimetria pode levar os bancos a fazerem proteção excedente para esse valor, o chamado overhedge.

Em momentos de maior volatilidade, como o atual, as variações cambiais fazem o overhedge comprometer parte da liquidez dos bancos e ampliam a própria volatilidade do mercado, com efeitos negativos para sua funcionalidade. A medida provisória em elaboração visa a eliminar tal efeito negativo no mercado cambial e nos bancos.

12 – Injeção de recursos de prazos mais longos pelo BC via operações compromissadas

Em momentos de crise, as instituições podem ter dificuldades de acessar recursos líquidos por prazos mais longos. Para prover liquidez ao SFN, o BC passou a ofertar operações compromissadas mais longas na ponta provedora de recursos, por meio de suas operações de mercado aberto lastreadas em Títulos Públicos Federais.

Assim, as instituições podem obter recursos líquidos por prazos mais longos quando aumentar a demanda por liquidez de curtíssimo prazo por parte dos agentes de mercado. A medida também facilita a gestão da liquidez em seus balanços devido à redução do custo de manter carteiras de mais longa duração (custo de duration).

13 – Redução do spread do nivelamento de liquidez

O spread do nivelamento de liquidez é o custo que as instituições financeiras pagam ao final do dia ao BC para equacionar déficits momentâneos de liquidez, principalmente aqueles decorrentes de problemas operacionais. Dessa forma, haverá mitigação do impacto operacional para as instituições financeiras causado pelas dificuldades do trabalho remoto de grande parte dos seus funcionários.

14 – Autorização para fintechs emitirem cartões de crédito e se financiarem no BNDES

As Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP) são fintechs que usam plataformas eletrônicas para levar serviços financeiros e crédito até mesmo para clientes com menor acesso a serviços financeiros, incluindo micro e pequenos empresários.

A emissão de cartões de crédito e a possibilidade de financiarem suas operações com recursos de repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentam a importância dessas fintechs na realização de políticas públicas. Resolução 4.792.

(*) Hotsite do Banco Central

A partir de abril de 2020, o BC implementou hotsite (“site quente”) para esclarecer agentes financeiros e a sociedade brasileira sobre as ações da autarquia para o país funcionar da melhor maneira possível durante a pandemia – clique aqui para acessar.

O hotsite “Medidas de Combate aos efeitos da Covid-19” concentra no mesmo espaço as diversas ações anunciadas pelo BC para mitigar os efeitos da pandemia na economia do país. As informações são relativas às normas jurídicas (resoluções e medidas provisórias), detalhes que influenciam o dia a dia dos brasileiros, notícias e outros aspectos sobre a economia do país.


Fonte: Banco Central do Brasil, acesso em 06/04/2020.

Guia orienta gestão financeira de microempresas na pandemia

março 24, 2020

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae lançou o guia digital “Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus“. A publicação orienta sobre medidas essenciais ao planejamento e gestão das finanças devido ao avanço do coronavírus no Brasil.

Atualmente, os pequenos negócios enfrentam problemas de logística e produção, redução no número de clientes e faturamento menor. O guia divulgado pelo Sebrae oferece aos empreendedores dicas simples para o enfrentamento de problemas na gestão financeira das microempresas na crise do coronavírus.

A iniciativa também visa a contribuir para a retomada do desenvolvimento da economia brasileira. O Sebrae busca oferecer medidas de prevenção, orientação gerencial e financeira aos empreendedores.

Dicas do guia Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus

  • elaborar fluxo de caixa das despesas e receitas para o horizonte de três meses, classificando os valores conforme seu tipo;
  • evitar despesas que não sejam extremamente necessárias para a continuidade dos negócios;
  • negociar as despesas com maior impacto financeiro no negócio, incluindo as operações bancárias, buscando prazo maior para o pagamento dos compromissos;
  • desenvolver estratégias e ações para aumentar o faturamento e promover o negócio junto a potenciais clientes.
Guia Sebrae "Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus"

Guia Sebrae “Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus”


Fonte: Agência Brasil, acesso em 24/03/2020.