Tiradentes e o martírio atual dos brasileiros no tempo de pandemia

abril 21, 2020

Hoje, comemora-se o Dia de Tiradentes, em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, enforcado em 21 de abril de 1792 por liderar o movimento da Inconfidência Mineira.

A história e o legado da Inconfidência Mineira

No século XVIII, Portugal cobrava tributos dos proprietários de terras sobre o ouro e outros minerais extraídos na colônia brasileira. Esse imposto incidia sobre os minérios encontrados, sendo denominado por “quinto”, em função de sua alíquota de 20%.

Porém, o quinto não era pago integralmente. Isso levou a coroa portuguesa a implantar a “derrama”, novo imposto que tinha por objetivo compensar perdas com a arrecadação do quinto. Esses impostos deveriam ser pagos pelos proprietários de terras, chamados de “homens-bons”.

No entanto, os “homens-bons” geralmente adiavam e renegociavam o pagamento do quinto e da derrama, graças aos seus contatos com influentes políticos locais.

Vila Rica, atual Ouro Preto, era a capital das Minas Gerais na época colonial. Ela se transformou na maior cidade brasileira e o principal centro econômico da América sob domínio português. Contudo, a corrupção dos governantes da capitania das Minas Gerais e a insatisfação de parte da elite local diante da exploração portuguesa desencadeou a Inconfidência Mineira.

Esse movimento separatista pretendia tornar Minas Gerais um país independente de Portugal, com sistema republicano de governo. Os inconfidentes desenharam a nova bandeira para o Brasil,  composta por um triangulo vermelho em fundo branco com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).

Bandeira oficial de Minas Gerais, desde 1963: Liberdade ainda que Tardia

Bandeira oficial de Minas Gerais, desde 1963: Liberdade ainda que Tardia

Os idealizadores do movimento foram inspirados pelo iluminismo francês e a recente independência dos Estados Unidos da América, proclamada em 1776. Contudo, a conspiração foi descoberta e desfeita em 1789 devido à traição de Joaquim Silvério dos Reis. Ele denunciou os inconfidentes em troca do perdão das suas dívidas com a coroa portuguesa.

Entre os presos, estava o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes em função do seu ofício de dentista. Ele assumiu sozinho a chefia do movimento e foi condenado à forca, sendo executado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. Tiradentes morreu aos 46 anos, era solteiro e deixou uma filha.

Tiradentes foi empreendedor e militar

Tiradentes (1746-1792) também foi empreendedor bem sucedido e fez carreira militar. Os pais de Tiradentes tiveram morte prematura e sua família perdeu as propriedades por dívidas. Órfão aos 11 anos de idade, ele foi acolhido por seu tio Sebastião Ferreira Leitão, cirurgião dentista.

Tiradentes aprendeu o ofício da mineração e tornou-se técnico prático em levantamento e exploração de terrenos.  Trabalhou muitos anos como mascate, construiu armazéns e abriu parte da estrada que ligava as cidades de Vila Rica e Rio de Janeiro. Foi sócio em botica de assistência à pobreza em Vila Rica e se dedicou também às práticas farmacêuticas.

Em 1775, aos 18 anos, alistou-se no posto de alferes, no Regimento de Dragões de Minas Gerais, equivalente à Polícia Montada dos dias atuais. Serviu nas forças de defesa contra possível invasão espanhola e, no ano de 1780, esteve em Sete Lagoas, em Minas Gerais, como comandante do destacamento local encarregado da guarda da entrada do Vale Médio do Rio São Francisco.

No Brasil, após a queda da monarquia, Tiradentes foi reconhecido como “mártir da Inconfidência Mineira”. A data da morte de Tiradentes foi decretada feriado nacional pelo governo brasileiro em 1965, recebendo também o título oficial de Patrono Cívico da Nação Brasileira.

O martírio dos brasileiros continua com os impostos e juros elevados

Os ideais de liberdade econômica e independência foram os principais legados da Inconfidência Mineira à jovem nação brasileira no século XVIII.

Nos séculos seguintes, o Brasil se tornaria um país com enorme desigualdade social, severas restrições à atividade econômica e pesada carga tributária.

O Brasil está entre os países com a carga tributária mais alta do mundo, dificultando a vida dos empreendedores com enorme burocracia e regras de tributação esdrúxulas, serviços públicos precários, além da concentração de renda que funciona como barreira à inclusão das camadas mais pobres ao mercado consumidor.

A carga tributária do Brasil atingiu o máximo histórico de 35,07% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, o equivalente a R$ 2,39 trilhões. Em média, cada brasileiro recolheu R$ 11.380,00 em impostos e precisou trabalhar cerca de 128 dias exclusivamente para essa finalidade. O brasileiro trabalha cada vez mais para sustentar seu governo!

Trocou-se a exploração da dinastia real portuguesa por um Estado ineficiente e enorme sugador de recursos, incapaz de promover as transformações necessárias para o desenvolvimento econômico e social. Desde a época do barão de Mauá, os governantes brasileiros ainda não apoiaram o empreendedorismo como política social.

Segundo levantamento do governo federal em 2019, o “custo Brasil” consome das empresas aproximadamente R$ 1,5 trilhão, correspondendo a 22% do PIB nacional. Esse custo é resultado do conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos e pioram o ambiente de negócios – clique aqui para saber mais.

Juros para empreendedores ainda são muito elevados

Outra questão muito preocupante no Brasil são os juros bancários abusivos que oneram as empresas e os cidadãos comuns em dificuldade financeira. Exemplo disso é a nova regulamentação do Banco Central sobre o cheque especial no Brasil, cuja taxa de juros dessa linha de crédito é 152% ao ano.

E, mesmo após a pandemia do coronavírus e paralisação da economia mundial, os juros no Brasil ainda continuam elevados, especialmente quando comparados aos indicadores básicos da economia: Selic igual a 3,75% ao ano; inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo IPCA, 3,30% ao ano.

Em 20.04.2020, o governo federal anunciou o programa de crédito emergencial de amparo às pequenas e micro empresas brasileiras, através de parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Denominado por Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), oferece crédito aos empreendedores que não possuem todas as garantias necessárias para conseguir financiamento, limitadas ao teto de 80% da operação contratada – clique aqui para saber mais.

O FAMPE é destinado às empresas dos setores industrial, comércio e serviços, conforme o faturamento anual, enquadradas nos seguintes grupos: MEI – Microempreendedores individuais (até R$ 81 mil); ME – Microempresas (até R$ 360 mil); e EPP – Empresas de Pequeno Porte (R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões).

O programa FAMPE estabeleceu os seguintes limites de valores e taxas de juros para concessão de crédito:

Características do FAMPE e simulação de juros equivalentes GEDAF

Fone: GEDAF Assessoria Financeira, 2020.

Nas simulações financeiras (mostradas na cor laranja no Quadro 2) para os valores e prazos máximos permitidos no programa, o GEDAF verificou que as taxas de juros cobradas são elevadas, mesmo considerando a carência financeira inicial entre 9 a 12 meses para iniciar o pagamento dos juros.

A partir da taxa de juros mensal do programa, foram calculadas as taxas de juro equivalentes, resultando em 15,25% e 20,84% ao ano. Considerando o prazo máximo de amortização permitido para cada porte de empresa, entre 24 a 36 meses, as taxas de juro equivalentes obtidas estão entre 46,02% a 53,09% por período.

Na condição de amortização pelo prazo máximo, cerca de metade do valor emprestado às empresas será pago ao banco a título de juros, acrescido da devolução do montante original liberado.

Evidentemente, essa solução financeira precisa ser muito bem refletida pelos empreendedores, pois a receita da empresa deverá ser suficiente para cobrir os custos diretos e indiretos, incluindo os juros cobrados. E, considerando as previsões de lenta recuperação do PIB do Brasil para os próximos anos, a situação do empreendedor poderá ficar bastante desconfortável.

Surpreende o valor das taxas cobradas neste momento tão difícil para os empreendedores, quando há países que oferecem taxas próximo de 0 (zero) ou até mesmo negativas. O governo federal tem instrumentos e poderes para ofertar linhas de crédito mais baratas através dos bancos públicos diretamente por ele controlados – Banco do Brasil, BNDES, e Caixa.

É essencial promover acesso ao crédito com taxas módicas e verdadeiramente acessíveis, caso contrário os empreendedores continuarão asfixiados.

Entre as frases memoráveis de Tiradentes, o editorial GEDAF escolheu uma delas para inspirar autoridades e agentes financeiros a baixarem ainda mais as taxas de juros:

“Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la.” 

Crédito: GEDAF Finanças e Empreendedores, publicado em 21/04/2020. Simulações realizadas pelo analista Rone Antônio de Azevedo. Reprodução permitida com citação do autor do artigo.

 

Referências

ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES DO ESTADO DO PARANÁ (ASSOFEPAR). 21 de abril: dia de Tiradentes, patrono da Polícia Militar. 2017. Disponível em: https://www.assofepar.org.br/21-de-abril-dia-de-tiradentes-patrono-da-policia-militar-168. Acesso em: 20 abr. 2020

BLOG AULA DE HISTÓRIA NA WEB. A Inconfidência Mineira. 2016. Disponível em: http://auladehistorianaweb.blogspot.com/2016/12/a-inconfidencia-mineira.html. Acesso em: 20 abr. 2020

POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO. Patrono das Polícias Militares: Joaquim José da Silva Xavier. 2020. Disponível em: http://www.pm.mt.gov.br/patrono-da-policia. Acesso em: 20 abr. 2020

SILVA, Daniel Neves. Inconfidência Mineira. Brasil Escola, 2020. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/inconfidencia-mineira.htm. Acesso em: 20 abr. 2020

WIKIPEDIA. Tiradentes. 2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes. Acesso em: 20 abr. 2020

Dicas Financeiras GEDAF #01 Troca de Celular

abril 20, 2020

Você costuma trocar seu aparelho celular quando é lançada nova versão com mais recursos?

Agradecemos se puder responder nossa enquete sobre hábitos de consumo dos leitores do site GEDAF.

[socialpoll id=”2629019″]

Dicas Financeiras do GEDAF analisou o hábito de consumo da troca de aparelho celular com maior frequência.

O GEDAF fez simulações financeiras e concluiu que esse hábito pode custar muito dinheiro para o consumidor.

A análise financeira apresentada neste artigo é baseada em dados reais do programa assistido de finanças*, cliente designada pelo nome fictício Rose.

1 – Descrição do estudo de caso

Os três aparelhos celulares novos (A1, A2, A3) foram adquiridos em 2017, 2018 e início de 2020, sendo todos modelos da linha superior de grande marca no mercado.

Após anunciar, Rose conseguiu revender seus dois celulares mais antigos em 2019 (A1) e 2020 (A2), abatendo parcialmente os custos de aquisição.

As datas e valores de compra e revenda dos aparelhos são mostrados na coluna “Valor Corrente” do Quadro 1, abaixo.

Quadro 1 – Histórico de troca de aparelhos celulares

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Portanto, no período de três anos, Rose desembolsou o total de R$ 7.479,00 (valor negativo), em valores correntes ou brutos.

Abatido o atual aparelho celular de Rose (A3), haveria o prejuízo acumulado de R$ 3.379,00, saldo residual em 19/04/2020.

Isso demonstra que mesmo revendendo os aparelhos antigos, Rose teria que arcar com essa diferença acumulada nas sucessivas trocas.

2 – Investimento nos celulares com valor corrigido

Para apurar o saldo residual corrigido, o GEDAF realizou a simulação considerando a correção monetária pelo índice DI (Depósito Interbancário).

Esse índice é utilizado como referência de rentabilidade para fundos de renda fixa baseados no CDI, títulos negociados entre bancos.

Verificando a coluna”Valor Corrigido” no Quadro 1, Rose teria, efetivamente, desembolsado R$ 8.510,00 (negativo) mas sucessivas trocas.

Descontando, então, o valor desembolsado no atual aparelho celular (A3), Rose acumulou o prejuízo de R$ 4.421,66, devidamente atualizado pelo DI.

Assim, existe a diferença de R$ 1.042,66 entre os saldos residuais corrente e corrigido, representando perda financeira de 30,9%.


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3 – Simulação financeira com troca de celular a cada três anos

Para fins de comparação, foi realizada nova simulação considerando, dessa vez, a troca de aparelho somente após três anos de uso (A1 e A3).

Os resultados da simulação com aplicação de 98% do índice DI são mostrados no Quadro 2, abaixo:

Quadro 2 – Opção de troca de aparelhos celulares a cada três anos

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Descontando o atual aparelho celular (A3), Rose teria acumulado o prejuízo de R$ 2.563,70, corrigido pelo índice DI.

Assim, na segunda opção, há a diferença de R$ 763,70 entre os saldos residuais corrente e corrigido, perda financeira de 42,4%.

4 – Conclusão e Recomendações

O estudo de caso do GEDAF aplicado à situação real de troca anual de aparelhos celulares demonstrou que esse hábito gera prejuízo significativo.

Na opção de troca de celular a cada três anos, a perda financeira foi reduzida de R$ 4.421,66 para R$ 2.563,70, economia de 40%.

Os aparelhos avaliados neste estudo são da linha superior do mesmo fabricante, considerados os melhores da sua categoria quando foram lançados.

Mesmo quando o usuário revende seus aparelhos antigos, não consegue abater os custos de aquisição dos novos aparelhos.

Celulares, assim como os demais dispositivos eletrônicos, sofrem grande desvalorização após mais de um ano em utilização.

O estudo foi realizado com o índice DI, mas simulações com outros indicadores obtiveram resultados próximos na comparação entre opções.

A recomendação final desta dica financeira do GEDAF é:

Evitar a troca contínua de aparelhos celulares, verificando sempre se novos recursos tecnológicos são realmente necessários.


Fonte:

GEDAF Finanças e Empreendedores, publicado em 20/04/2020. Simulações realizadas pelo analista financeiro Rone Antônio de Azevedo. Proibida reprodução sem citação completa do artigo.

Nobel de Economia 2019 premiou três pesquisadores em redução da pobreza

abril 12, 2020

O Prêmio Nobel 2019 em Ciências Econômicas foi concedido aos pesquisadores Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer. Os laureados foram escolhidos por sua abordagem experimental inovadora para reduzir a pobreza global.

Esse reconhecimento internacional da Real Academia Sueca de Ciências é oficialmente designado por Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas, em Memória de Alfred Nobel.

Perfil dos laureados

Abhijit Banerjee, nascido em 1961, é natural de Mumbai, Índia. Concluiu o doutorado (PhD) em 1988 pela Universidade de Harvard, Cambridge, EUA. Atualmente, é professor internacional de Economia da Ford Foundation no Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, EUA.

Esther Duflo, nascida em 1972, é oriunda de Paris, França. Conquistou seu doutorado (PhD) em 1999 pelo Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, EUA. É professora de Redução à Pobreza e Economia de Desenvolvimento no Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, EUA.

Michael Robert Kremer, nascido em 1964, é natural de Nova Iorque, EUA. Obteve seu doutorado (PhD) em 1992 pela Universidade de Harvard, Cambridge, EUA. É professor de Sociedades em Desenvolvimento na Universidade de Harvard, Cambridge, EUA.

Laureados do Prêmio Nobel de Economia 2019: Michael Kremer, Esther Duflo and Abhijit Banerjee (Epa/Jonas Ekstromer)

Laureados do Prêmio Nobel de Economia 2019: Michael Kremer, Esther Duflo e Abhijit Banerjee (Epa/Jonas Ekstromer)

Pesquisas econômicas direcionadas ao combate da pobreza global

A pesquisa realizada pelos laureados melhorou consideravelmente a capacidade de combater a pobreza global. Em apenas duas décadas, sua nova abordagem baseada em experimentos transformou a economia do desenvolvimento, agora convertida em campo de pesquisa florescente.

Apesar das recentes melhorias das condições, uma das questões mais urgentes da humanidade é a redução da pobreza global, em todas as suas formas. Mais de 700 milhões de pessoas ainda sobrevivem com rendimentos extremamente baixos. Todos os anos, cerca de cinco milhões de crianças com menos de cinco anos morrem de doenças que poderiam ter sido prevenidas ou curadas com tratamentos baratos. Metade das crianças do mundo  a escola sem habilidades básicas de alfabetização e matemática.

Os laureados apresentaram nova abordagem para obter respostas confiáveis sobre as melhores maneiras de combater a pobreza global. Em resumo, a metodologia por eles desenvolvida consiste em dividir o problema em perguntas menores e mais fáceis de serem analisadas através de experimentação.

Exemplo disso são as intervenções mais eficazes para melhorar o desempenho nos testes educacionais e a saúde infantil. Eles mostraram que perguntas menores e mais precisas geralmente são melhor respondidas por experimentos cuidadosamente projetados com as pessoas mais afetadas. Essas perguntas estão relacionadas à solução do problema geral.

Em meados da década de 90, Michael Kremer e seus colegas demonstraram o poder dessa abordagem usando experimentos de campo para testar a sequência de intervenções que poderiam melhorar os resultados das escolas no oeste do Quênia.

Abhijit Banerjee e Esther Duflo, em parceria com Michael Kremer, realizaram estudos semelhantes sobre outras questões em outros países. Os métodos de pesquisa experimental desses pesquisadores são agora a principal referência para a economia do desenvolvimento.

Aplicação à Educação

Nas pesquisas econômicas sobre Educação, os resultados demonstraram, por exemplo, que distribuir mais livros didáticos por aluno não melhora a pontuação média das turmas nos testes, mas melhorou as pontuações dos alunos mais capazes. Outra constatação, fornecer flipcharts às escolas não teve efeito na melhoria do aprendizado dos alunos. As duas intervenções citadas reduziram o absenteísmo escolar, mas não melhoraram os resultados dos testes para o conjunto de alunos.

Na teoria, o incentivo pode levar os professores a estimular o aprendizado a longo prazo ou, alternativamente, a ensinar visando a melhorar os resultados dos testes. Na prática, o último efeito foi comprovado. Os professores aumentaram seus esforços na preparação dos testes, o que elevou as pontuações dos exames vinculados aos incentivos, mas não afetou as pontuações em exames não relacionados aos mesmos incentivos.

Aplicação à Saúde

A pesquisa econômica aplicada à Saúde foi baseada na assistência por meio clínicas móveis de vacinação (acampamentos), onde a equipe de atendimento estava sempre presente no local. Foram planejadas amostras reduzidas aleatórias desses campos, nos quais pequenos incentivos foram oferecidos às famílias que levaram seus filhos a serem vacinados. As taxas de vacinação atingiram 39% nas comunidades atendidas por “acampamentos com incentivos” comparado a 18% nas comunidades sem incentivos e 6% nas comunidades de controle do experimento.

No entanto, os acampamentos regulares foram bem sucedidos em elevar o número de crianças que receberam ao menos uma injeção de vacina, alcançando nível comparável aos acampamentos com incentivos, respectivamente, em 78 e 74%. Os incentivos foram particularmente eficazes em atrair mais famílias para a vacinação.

Contudo, mesmo distribuindo lembretes dos benefícios e pequenas recompensas não financeiras (1 kg de lentilhas no valor aproximado de um dólar) para cada vacinação, 61% das famílias nas regiões dos acampamentos não tiveram todos os seus filhos vacinados.

Importância de repensar a pobreza e desigualdade global

Economia é, essencialmente, o estudo de decisões frente à escassez de recursos. Especialmente para os mais pobres essas questões são cruciais para sua sobrevivência.

O Banco Mundial considera extremamente pobres aqueles que vivem com menos de 1 dólar (5,10 reais) por dia. Mas como é possível viver com menos do que essa quantia?

No livro Poor Economics: A Radical Rethinking of the Way to Fight Global Poverty (“Economias pobres: um repensar radical da forma de combater a pobreza global”, em livre tradução), os autores Banerjee e Duflo abordaram a pobreza sob a perspectiva radicalmente diferente: aproximando-se da realidade e complexidade da sobrevivência com menos de um dólar por dia.

Nesta publicação, os autores respondem a diversas questões sobre a vida econômica dos mais pobres que enfrentam a extrema escassez, fazendo renúncias e superando desafios diariamente. Por exemplo, as famílias pobres consideram desperdício gastar com educação para todos os filhos, e preferem concentrar o gasto em apenas um deles, geralmente aquele do sexo masculino.

Explicar aos pais que os benefícios da educação são transformadores no longo prazo para todos é muito mais eficaz do que construir mais escolas.

O livro foi publicado em 2012 pela editora PublicAffairs nos EUA, e ainda não foi traduzido para o português. Contudo, estão disponíveis edições nos idiomas inglês e espanhol, confira abaixo.


Fonte: Nobel Academy e Amazon do Brasil, acesso em 12.04.2020.

Folding at Home: computadores pessoais auxiliam pesquisadores do coronavírus

abril 11, 2020

Você tem computador e quer ajudar nas pesquisas científicas sobre o coronavírus?

Então, poderá participar do programa Folding at Home (“Dobrável em Casa”, em livre tradução do inglês).

Mesmo se você estiver em quarentena voluntária, em regime de teletrabalho ou vida normal, dentro do possível, só precisa dispor de um computador em casa ou no trabalho. E, ainda que esteja utilizando seu equipamento de informática, também poderá participar dessa iniciativa.

A iniciativa colaborativa é simples, implica em doar o poder de processamento do seu computador pessoal para ajudar pesquisadores do Covid-19 e outras doenças.

Simulações Folding@Home

O programa Folding at Home recebe ajuda colaborativa através de compartilhamento voluntário de computadores pessoais para processamento de simulações do Covid-19 e outras doenças.

Na prática, o programa de computação distribuída permite que os computadores pessoais, dos mais fracos aos mais potentes, possam contribuir para a resolução mais rápida de problemas matemáticos de investigações científicas sobre doenças.

A computação distribuída possibilita realizar simulações de ligação entre proteínas. O programa foi lançado em 1º de outubro de 2000, sendo atualmente gerido pelo departamento de Química da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, sob a supervisão do professor de bioengenharia Vijay S. Pande.

Atualmente, o programa Folding@Home reúne o consórcio de 11 universidades em vários países que usam os dados para estudar a estrutura molecular de doenças como câncer, Alzheimer, influenza e Convid-19.

A pesquisa sobre o COVID-19 começou no início de março de 2020 e o esforço colaborativo do processamento das simulações é realizado por centenas de milhares de computadores.

O vídeo abaixo apresenta parte da simulação (executada no Folding@Home) de uma proteína onde os átomos, representados por esferas, se afastam, expondo a região na qual o medicamento avaliado pode se ligar. A abertura completa ocorre no tempo 0:23 ou 23 segundos.

Instalando o programa Folding@Home no seu computador

Acesse o site do programa Folding@Home e selecione o programa compatível com a versão do sistema operacional no seu computador (Windows 32 e 64 bits, MacOS versão 10.6 ou superior, Linux 32 e 64 bits) – clique aqui.

Basta fazer download da versão adequada do programa e instalar em seu computador. A instalação e o acesso ao programa são seguros, sendo resguardada a privacidade de dados do usuário.

Após a instalação, o usuário colaborador deverá criar uma conta simples com sua identidade ou anônimo.

Folding@Home - Identificação

Folding@Home – Identificação

No painel de controle, poderá visualizar a opção “Any disease”  (“Qualquer Doença”, em livre tradução) na lista de apoio à pesquisa – opção na lista “I support research fighting” (“Eu apoio a pesquisa com recursos computacionais”, em livre tradução).

Finalizada a instalação, o computador passará a colaborar diretamente com pesquisas sobre o novo coronavírus. O usuário poderá ajustar o poder de processamento para o programa através da escala Power no painel de controle, posicionando o marcador entre as opções Light, Medium ou Full (Leve, Médio ou Pleno).

É possível interromper temporariamente o processamento clicando no botão Stop Folding (“Suspender o Processamento”).

Folding@Home - Painel de Controle

Folding@Home – Painel de Controle

Periodicamente, o programa Folding@Home enviará os dados produzidos na máquina do usuário colaborador para o servidor central.

Resultados das pesquisas Folding at Home

A contribuição da comunidade de usuários já permitiu identificar a estrutura da proteína que constitui ponto de ligação do novo coronavírus às células humanas.

Assista a entrevista com Anton Thynnel, diretor de comunicações do programa Folding at Home, na qual ele descreve o modelo colaborativo e tira dúvidas.

O GEDAF Finanças e Empreendedores apoia a iniciativa do Folding at Home e convida a todos os assinantes e usuários a instalarem o programa nos seus computadores pessoais.


Fonte: Folding at Home, acesso em 11.04.2020.

 

Guia orienta gestão financeira de microempresas na pandemia

março 24, 2020

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae lançou o guia digital “Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus“. A publicação orienta sobre medidas essenciais ao planejamento e gestão das finanças devido ao avanço do coronavírus no Brasil.

Atualmente, os pequenos negócios enfrentam problemas de logística e produção, redução no número de clientes e faturamento menor. O guia divulgado pelo Sebrae oferece aos empreendedores dicas simples para o enfrentamento de problemas na gestão financeira das microempresas na crise do coronavírus.

A iniciativa também visa a contribuir para a retomada do desenvolvimento da economia brasileira. O Sebrae busca oferecer medidas de prevenção, orientação gerencial e financeira aos empreendedores.

Dicas do guia Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus

  • elaborar fluxo de caixa das despesas e receitas para o horizonte de três meses, classificando os valores conforme seu tipo;
  • evitar despesas que não sejam extremamente necessárias para a continuidade dos negócios;
  • negociar as despesas com maior impacto financeiro no negócio, incluindo as operações bancárias, buscando prazo maior para o pagamento dos compromissos;
  • desenvolver estratégias e ações para aumentar o faturamento e promover o negócio junto a potenciais clientes.
Guia Sebrae "Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus"

Guia Sebrae “Gestão Financeira em Tempos de Coronavírus”


Fonte: Agência Brasil, acesso em 24/03/2020.

Pesquisa do Ipea revela que automação pode eliminar 57% dos empregos formais no Brasil

dezembro 22, 2019

O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – Ipea divulgou estudo sobre os impactos das tecnologias de automação na redução de tarefas realizadas por humanos e eliminação de empregos formais no Brasil nos próximos cinco anos.

As novas tecnologias digitais – inteligência artificial, computação em nuvem e a internet das coisas – vão alterar profundamente a produção, a distribuição e a comercialização de produtos e serviços. Essa revolução trará novas oportunidades de negócios, emprego e renda. Contudo, há o risco de eliminação ou transformação de muitos postos de trabalho.

O estudo “Propensão à automação das tarefas ocupacionais no Brasil” foi elaborado por Luis Claudio Kubota e Aguinaldo Nogueira Maciente, técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea. O artigo correspondente foi publicado na edição nº 61 do boletim Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior.

Os autores consideraram tecnologias já consolidadas e passíveis de implantação do ponto de vista regulatório no prazo de cinco anos. No longo prazo, a maioria das tarefas está sujeita à automação.

Metodologia

Os pesquisadores analisaram a base de dados com 19 mil tarefas necessárias à realização de diversas ocupações formais catalogadas na Occupational Information Network (O*NET), desenvolvida sob o patrocínio do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério da Economia (ME) do Brasil.

Foi adotada a abordagem inovadora de classificar as ocupações com maior risco de automação conforme a importância (dada pela frequência) e a relevância das tarefas desempenhadas em cada ocupação.

Os pesquisadores utilizaram atributos matemáticos binários 0 ou 1 (variáveis dummy) para avaliar as tarefas relacionadas às diversas ocupações catalogadas.

A tarefa seria classificada automatizável, assumindo valor 1. Essa variável dummy foi multiplicada pela importância (escala de 1 a 5) e pela relevância (escala de 0 a 100) da tarefa, conforme a base de dados O*NET. O resultado gerou o escore variando de 0 a 500 para cada tarefa.

Em seguida, para cada ocupação, a soma dos escores multiplicados pela dummy de automação foi dividida pela soma dos escores sem multiplicação pela dummy. Isso gera valores entre 0 e 1, indicando o percentual das tarefas automatizáveis de cada ocupação, já ponderado pela importância e pela relevância de cada tarefa.

Conclusões

No Brasil, o emprego é ainda dominado por ocupações com percentual alto ou médio-alto de tarefas automatizáveis nos próximos anos (56,6% do emprego civil formal em 2017).

As atividades com empregos mais vulneráveis à automação se concentram na indústria têxtil e de vestuário, na indústria alimentícia, na agropecuária, na indústria da madeira, na fabricação de móveis e na metalurgia.

No setor de serviços, o impacto da automação será maior para atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil; serviços de limpeza; obras de acabamento; atividades paisagísticas; e armazenamento, carga e descarga.

As ocupações com maior percentual de tarefas classificadas como automatizáveis estão relacionadas à:

  • operação de veículos e máquinas do setor de mineração (operador de shuttle car, destroçador de pedra, operador de equipamentos de preparação de areia);
  • metalurgia (moldador e macheiro, à mão e à máquina);
  • instalações (instalador de materiais isolantes e acústicos, revestidor de interiores);
  • transportes (operador de empilhadeira e caminhão);
  • construção (armador de estrutura de concreto, montador e preparador de estruturas metálicas);
  • indústria madeireira (prensista de aglomerados e compensados); e
  • atividade de embaladores, à mão.

Entre as ocupações classificadas como não automatizáveis, considerando-se aquelas com maior participação no emprego em 2017, destacam-se:

  • dirigentes do serviço público federal;
  • analistas de recursos humanos;
  • coordenadores pedagógicos;
  • professores de ensino superior, especialmente nas áreas de didática, línguas e literatura;
  • gerentes de produção e operações;
  • comerciantes varejistas;
  • advogados;
  • recreadores;
  • supervisores de ensino; e
  • membros superiores do Poder Executivo.

Os pesquisadores do Ipea alertam que o Brasil deve se preparar não apenas para a continuidade da substituição de algumas ocupações já em declínio, mas também para o início do declínio de ocupações que foram importantes para o crescimento do emprego nos últimos quinze anos.

A conjuntura desfavorável e os desafios estruturais impostos pelas novas tecnologias digitais colocam a geração de emprego no centro do atual debate econômico.


Fonte: 61º Boletim Radar Tecnologia, Produção e Comércio Exterior. Brasília: Ipea, 2009. Acesso em 22 dez. 2019. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/191213_radar_61.pdf>.

Senar abre credenciamento para supervisor e técnico de campo

dezembro 10, 2019

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) está credenciando pessoas jurídicas para as funções de supervisor e técnico de campo de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

Para atuar na ATeG, o profissional deve ter formação em Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia,Técnico Agrícola, Técnico Agropecuário ou áreas afins, além do domínio técnico na área ou atividade pretendida para atuação.

Ao todo serão 400 vagas para supervisor e 4.000 para técnico de campo. Os interessados devem procurar o Senar do seu respectivo estado.

Perfil e atribuições

O supervisor de campo é o profissional responsável direto pelo acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos pelos técnicos de campo, realizando reuniões, treinamentos, visitas de supervisão aos produtores rurais e a validação técnica dos documentos e relatórios das visitas às propriedades rurais.

Já o técnico da ATeG realiza o atendimento aos produtores rurais por meio de visitas às propriedades, onde transmite conhecimentos relacionados à gestão técnica, econômica e ambiental da empresa rural orientando as atividades desenvolvidas nas propriedades.

Metodologia da ATeG

A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar visa a atender produtores rurais, adotando modelo de gestão e operação continuada, que engloba todos os processos da atividade produtiva na propriedade.

O principal objetivo da ATeG do Senar é promover o incremento de renda e produtividade baseado no diagnóstico, planejamento, adequação tecnológica, capacitação complementar e avaliação de resultados nas propriedades rurais, que recebem visitas periódicas e individuais realizadas pelo técnico com foco na atividade produtiva priorizada pelo produtor.

A ATeG é feita com base no planejamento estratégico construído junto com o produtor e diretamente relacionado ao programa de capacitação profissional que possa gerenciar seu negócio com empreendimento rural de sucesso.

Informações adicionais e contatos regionais

O Senar disponibiliza informações detalhadas sobre a ATeG e a lista de unidades regionais para credenciamento.

Clique aqui para saber mais.


Fonte: Senar, acesso em 10/12/2019.

Livro descreve a trajetória de sucesso da corretora XP

novembro 25, 2019

Em 2001, o jovem corretor Guilherme Benchimol abriu a microempresa de investimentos XP em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, ocupando uma pequena sala de 25 metros quadrados. Ele tomou essa decisão aos 24 anos, após ser demitido por uma corretora de valores no mercado financeiro do Rio de Janeiro.

Desde aquela época, Guilherme já sonhava em montar uma empresa inovadora que pudesse oferecer maior acesso a investimentos para todas as pessoas, rompendo o círculo do mercado de renda fixa controlado pelos bancos no Brasil.

Nos primeiros anos, Guilherme se virava para evitar a falência. Panfletou nos bairros de classe alta de Porto Alegre, vendeu o carro para pagar as contas, pediu dinheiro para amigos. Nos anos seguintes, trocou sócios e enfrentou situações de estresse. Sua trajetória foi, como ele mesmo costuma dizer, “na raça”.

Após uma década da fundação, a XP desenvolveu e lançou sua plataforma aberta de investimentos para renda variável. Atraiu centenas de milhares de clientes oriundos dos bancos. Essa inovação revolucionou o mercado financeiro e obrigou os bancos e demais corretoras a aperfeiçoarem seus serviços e produtos oferecidos.

Hoje, a XP Investimentos possui a base de 1,5 milhão de clientes ativos registrados nela própria e nas corretoras Rico e Clear, por ela controladas. Ao todo são R$ 350 bilhões sob custódia, receita de R$ 3,7 bilhões e lucro líquido de R$ 699 milhões de janeiro a setembro de 2019.

Em dezembro de 2019 a XP fará Oferta Pública Inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores Nasdaq, nos Estados Unidos, especializada em negociar títulos das grandes empresas de tecnologia. Há expectativa de que seu valor de mercado alcance US$ 15 bilhões (ou R$ 63 bilhões). Será o maior IPO de uma companhia brasileira no exterior.

O livro “Na raça: como Guilherme Benchimol criou a XP e iniciou a maior revolução do mercado financeiro brasileiro” apresenta histórias de bastidores sobre as dificuldades e conquistas que levaram a XP a se tornar a maior corretora de valores mobiliários independente do país.

O livro é convergente com o momento histórico da empresa, incentivando potenciais investidores. A trajetória ao longo dos 18 anos da empresa fundada por Guilherme Benchimol é contada pela jornalista Maria Luíza Filgueiras. Ela acompanhou a XP por nove anos e entrevistou dezenas de executivos, incluindo o próprio Guilherme, para revelar detalhes dessa trajetória de sucesso.

Lançamento do livro

O livro será oficialmente lançado em 26 de novembro de 2019, disponível nos formatos impresso e eletrônico.

  • Editora: Intrínseca; Edição: 1 (26 de novembro de 2019)
  • Páginas: 240
  • Gênero: Não ficção
  • Formato: 15,5 x 23 x 1,4
  • Preços: R$ 49,90 (livro)* ; R$ 24,90 (e-Book)**

(*) Venda nas livrarias Amazon, Livrarias Curitiba, Livraria da Travessa, Lojas Americanas, Martins Fontes Paulista, Submarino.

(**) Venda nas livrarias virtuais Amazon, Kobo e Google Play.


Fontes: Editora Intrínseca e InfoMoney, acesso em 24/11/2019.

Programa Centelha abre inscrições para empreendedores em Goiás

outubro 6, 2019

O programa Centelha para Goiás está com inscrições abertas até 21 de outubro de 2019. A iniciativa objetiva desenvolver o empreendedorismo e a inovação no Estado de Goiás.

Serão selecionados 28 (vinte e oito) projetos de inovação, no valor unitário máximo R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Os empreendedores selecionados receberão apoio por meio da concessão de recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) para geração de empresas de base tecnológica a partir da transformação de ideias inovadoras em empreendimentos que incorporem novas tecnologias aos seguintes setores econômicos estratégicos:

Quadro Áreas Programa Centelha Goiás Ed. 2019

Quadro de Áreas do Programa Centelha para Goiás, Edital 2019.

Serão apoiados projetos inovadores contemplando as seguintes temáticas: Automação; Big Data; Biotecnologia e Genética; Blockchain; Design; Eletroeletrônica; Geoengenharia; Inteligência artificial e machine learning; Internet das coisas (IoT); Manufatura avançada e robótica; Mecânica e mecatrônica; Nanotecnologia; Química e Novos materiais; Realidade aumentada; Realidade virtual; Segurança, privacidade e dados; Tecnologia Social; e Tecnologia da Informação (TI) e Telecom.

Sobre o Programa Centelha

O Programa Centelha possui divulgação nacional e visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. O programa irá oferecer capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso.

A iniciativa é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e operada pela Fundação CERTI.

Em Goiás, o programa será executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG).

Inscrições para Goiás

As inscrições do programa para Goiás abriram no dia 04/09 e encerrarão no dia 21/10/2019.

Acesse o edital e confira todas as regras para participação no programa: clique aqui.

As propostas devem ser inscritas respeitando o limite máximo de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) com recursos FNDCT/FINEP e recursos oriundos do estado de Goiás, a serem liberados em até 3(três) parcelas, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira da FAPEG.

O proponente selecionado deverá, obrigatoriamente, aportar recursos a título de contrapartida financeira, no limite mínimo 5% (cinco por cento) do valor de subvenção econômica contratado.

Cronograma e etapas do Programa Centelha

1 – SUBMISSÃO DAS IDEIAS INOVADORAS: 04/09/2019 a 21/10/2019

2 – SUBMISSÃO DOS PROJETOS DE EMPREENDIMENTO: 25/11/2019 a 05/12/2019

3 – SUBMISSÃO DOS PROJETOS DE FOMENTO: 14/01/2020 a 27/01/2020

4 – CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS DE FOMENTO: até 28/05/2020

5 – ACOMPANHAMENTO DOS PROJETOS CONTRATADOS: 12 meses após a contratação

Esclarecimentos gerais

Quem pode submeter ideias no Programa Centelha GO?

As propostas ao Programa Centelha poderão ser submetidas por:

  • Pessoa física (coordenador do projeto) que, se aprovada, deverá constituir uma Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (MEEPP) com sede em Goiás para contratação e recebimento dos recursos financeiros não reembolsáveis, na forma de subvenção econômica; ou
  • Pessoa física (coordenador do projeto) que possua vínculo como proprietário ou sócio proprietário de Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (MEEPP), sediada no Estado de Goiás, com data de constituição em até 12 (doze) meses anteriores à data de publicação do edital.

Posso submeter mais de uma ideia?

Não há limitações quanto ao número de ideias que podem ser submetidas ao Programa Centelha pelo mesmo proponente , mas apenas aquela com maior pontuação passará para a próxima fase.

Preciso ter uma empresa para participar?

Não é necessário ter uma empresa constituída para propor uma ideia. A constituição da empresa, no entanto, será necessária apenas após a terceira fase do programa (fase do projeto de fomento) caso a ideia seja aprovada nas etapas anteriores.

Já tenho uma empresa constituída, posso participar?

Podem participar Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte (MEEPP), com data de constituição de até 12 (doze) meses anteriores à data de lançamento do edital, que atendam às condições nele exigidas.

Como as ideias serão avaliadas?

Cada ideia será avaliada por dois especialistas, com formação e experiência em uma ou mais áreas temáticas do programa, homologados pelo Comitê Gestor e seguirão os critérios estabelecidos no edital.

Tenho outra dúvida que não foi respondida pelo site ou pelo edital, como posso entrar em contato?

Caso sua dúvida não tenha sido esclarecida no edital do programa, entre em contato com a FAPEG ou a equipe organizadora nacional, através do site www.helpdeskcentelha.com.br .


Fonte: Programa Centelha, acesso em 06/10/2019, disponível em: <http://programacentelha.com.br/#edicoes>.