Programa Aprender Valor do BC inicia aplicação em escolas

maio 27, 2021

Programa Aprender Valor do Banco Central inicia aplicação em escolas do Ensino Fundamental para estimular a educação financeira.

A iniciativa está na fase experimental (piloto) e será gradualmente disseminada às escolas públicas brasileiras.

Ao longo de 2021 o Banco Central vai expandir o Aprender Valor e as escolas interessadas poderão participar.

No piloto participam as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação de seis unidades federativas: Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná.

As Secretarias de Educação e escolas receberam apoio na implementação do ensino da educação financeira e da educação para consumo. O programa disponibilizou projetos escolares para os profissionais das escolas que aderiram, oferecendo formação a professores, gestores e técnicos.

A professora Ednéia Machado, supervisora educacional da Escola Estadual General Carneiro, de São Roque de Minas (MG), destacou a importância do programa:

“Quem ainda não começou, pode começar, pois ele é um curso de transformação de vidas. Ele transforma a vida de quem acredita mesmo. E quando um professor acredita naquilo que ele ensina, ele transforma o seu aluno. E se o seu aluno acredita no que é ensinado, ele transforma a sua comunidade. Agarrem esse projeto com unhas e dentes”.

Lançamento oficial

Em 26/04/2021, o BC realizou evento nacional para marcar a formação de professores e dar início à etapa em que os conteúdos serão efetivamente aplicados nas escolas.

Mais de 500 educadores participaram virtualmente do evento. Eles concluíram o último módulo formativo, denominado Aprender Valor na Sala de Aula.

Os educadores receberam orientações para levar a educação financeira aos estudantes do 1º ao 9º ano, por meio dos projetos na plataforma aprendervalor.caeddigital.net.

Plataforma Aprender Valor

A plataforma virtual foi desenvolvida pelo Banco Central e o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJ).

Os projetos foram construídos para aplicação em sala de aula, de forma presencial, pensando na realidade da maior parte das escolas do país.

Devido à pandemia Covid-19 e suspensão das aulas presenciais, alguns projetos foram adaptados para o ensino remoto. Há três modalidades de interação entre professor e estudantes: síncrona, assíncrona e envio de material, em formato digital ou impresso.

Organizadores e justificativa

O Aprender Valor faz parte da Agenda BC, dimensão Educação, e recebeu financiamento do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A iniciativa do Banco Central está alinhada às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em 2018, a BNCC introduziu a educação financeira, de forma transversal, nas disciplinas obrigatórias do currículo escolar, especialmente matemática, língua portuguesa, geografia e história, justificou Maurício Moura, Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC.


Fonte: Banco Central do Brasil, acesso em 27.05.2021.

Pesquisa constata que 79% dos adultos não foram educados sobre finanças na infância

abril 29, 2020

Pesquisa constata que 79% das pessoas adultas entrevistadas não receberam educação financeira na infância, até 12 anos de idade.

A pesquisa foi contratada pelo C6 Bank e realizada pelo Ibope Inteligência. Os pesquisadores entrevistaram 2.000 pessoas das classes A, B e C, brasileiros maiores de 16 anos, com acesso à internet. A margem de erro dos resultados é 2% (dois porcento).

As classes sociais adotadas nesse tipo de pesquisa são baseadas na renda familiar em Salários Mínimos (SM), conforme os seguintes intervalos:

  • A (10 a 20 SM – R$ 10.450,00 a R$ 20.900,00);
  • B (4 a 10 SM – R$ 4.180,00 a R$ 10.450,00);
  • C (2 a 4 SM – R$ 2.090,00 a R$ 4.180,00).

Resultados e constatação da pesquisa Ibope/C6 Bank

  • 21% dos entrevistados receberam orientação sobre finanças na infância (até 12 anos);
  • 38% aprenderam noções de finanças na adolescência (dos 12 aos 17 anos);
  • 27% tiveram contato com o assunto na juventude (dos 12 aos 24 anos); e
  • 14% aprenderam finanças pessoais na fase adulta (acima dos 25 anos).

A pesquisa mostrou que a classe C, famílias com menor renda, adquire noções financeiras mais tardiamente – apenas 19% dos seus entrevistados conheceram esse assunto na infância. Nas classes B e A, essa proporção aumenta para 22% e 36%, respectivamente.

A prática de abordar o assunto sobre finanças entre adultos da mesma família também reflete as diferenças de renda familiar: 51% das pessoas na classe C conversam frequentemente sobre gastos com outros adultos em casa, enquanto essa proporção aumenta para 59% na classe B e 76% na classe A.

Contudo, a maioria dos entrevistados declarou que informa as crianças da família sobre assuntos financeiros.  Cerca de 77% dos entrevistados afirmaram que compartilham situações de dificuldade financeira com os filhos em casa, explicando-lhes os motivos para economizar.

Desafios da educação financeira no Brasil

Em 2017, o Ministério da Educação aprovou a introdução da educação financeira no currículo do Ensino Fundamental, tornando-se obrigatória nas escolas nacionais a partir de 2020. Essa temática sobre comportamento e práticas para o consumo deverá ser abordada nas disciplinas Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Geografia e História.

No entanto, o país enfrenta problemas crônicos de preparação dos professores e adaptação das escolas ao novo contexto para levar adiante essa missão. O Brasil está posicionado em 68º lugar no ranking mundial de conhecimentos financeiros, considerando 148 países. O levantamento foi realizado em 2016 pelo Banco Mundial e o Centro Global para a Excelência do Alfabetismo Financeiro da Universidade George Washington, dos Estados Unidos.

A educação financeira requer a discussão sobre comportamentos e hábitos de consumo, transcendendo as noções básicas de matemática financeira disseminadas em muitos programas escolares, tais como taxas de juros e inflação de preços.

O GEDAF Finanças e Empreendedores continuará a contribuir e incentivar os educadores brasileiros nessa nobre missão.

Quer melhorar sua educação financeira?

Clique aqui para conhecer nossos programas de assessoria pessoal.


Fonte:

C6 Bank. Pesquisa Ibope/C6 Bank revela que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância. Blog C6 Bank, publicado em 27 abr. 2020.