Educação Financeira nas Escolas - Michigan Radio
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Pesquisa constata que 79% das pessoas adultas entrevistadas não receberam educação financeira na infância, até 12 anos de idade.

A pesquisa foi contratada pelo C6 Bank e realizada pelo Ibope Inteligência. Os pesquisadores entrevistaram 2.000 pessoas das classes A, B e C, brasileiros maiores de 16 anos, com acesso à internet. A margem de erro dos resultados é 2% (dois porcento).

As classes sociais adotadas nesse tipo de pesquisa são baseadas na renda familiar em Salários Mínimos (SM), conforme os seguintes intervalos:

  • A (10 a 20 SM – R$ 10.450,00 a R$ 20.900,00);
  • B (4 a 10 SM – R$ 4.180,00 a R$ 10.450,00);
  • C (2 a 4 SM – R$ 2.090,00 a R$ 4.180,00).

Resultados e constatação da pesquisa Ibope/C6 Bank

  • 21% dos entrevistados receberam orientação sobre finanças na infância (até 12 anos);
  • 38% aprenderam noções de finanças na adolescência (dos 12 aos 17 anos);
  • 27% tiveram contato com o assunto na juventude (dos 12 aos 24 anos); e
  • 14% aprenderam finanças pessoais na fase adulta (acima dos 25 anos).

A pesquisa mostrou que a classe C, famílias com menor renda, adquire noções financeiras mais tardiamente – apenas 19% dos seus entrevistados conheceram esse assunto na infância. Nas classes B e A, essa proporção aumenta para 22% e 36%, respectivamente.

A prática de abordar o assunto sobre finanças entre adultos da mesma família também reflete as diferenças de renda familiar: 51% das pessoas na classe C conversam frequentemente sobre gastos com outros adultos em casa, enquanto essa proporção aumenta para 59% na classe B e 76% na classe A.

Contudo, a maioria dos entrevistados declarou que informa as crianças da família sobre assuntos financeiros.  Cerca de 77% dos entrevistados afirmaram que compartilham situações de dificuldade financeira com os filhos em casa, explicando-lhes os motivos para economizar.

Desafios da educação financeira no Brasil

Em 2017, o Ministério da Educação aprovou a introdução da educação financeira no currículo do Ensino Fundamental, tornando-se obrigatória nas escolas nacionais a partir de 2020. Essa temática sobre comportamento e práticas para o consumo deverá ser abordada nas disciplinas Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Geografia e História.

No entanto, o país enfrenta problemas crônicos de preparação dos professores e adaptação das escolas ao novo contexto para levar adiante essa missão. O Brasil está posicionado em 68º lugar no ranking mundial de conhecimentos financeiros, considerando 148 países. O levantamento foi realizado em 2016 pelo Banco Mundial e o Centro Global para a Excelência do Alfabetismo Financeiro da Universidade George Washington, dos Estados Unidos.

A educação financeira requer a discussão sobre comportamentos e hábitos de consumo, transcendendo as noções básicas de matemática financeira disseminadas em muitos programas escolares, tais como taxas de juros e inflação de preços.

O GEDAF Finanças e Empreendedores continuará a contribuir e incentivar os educadores brasileiros nessa nobre missão.

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Fonte:

C6 Bank. Pesquisa Ibope/C6 Bank revela que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância. Blog C6 Bank, publicado em 27 abr. 2020.

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