Dia da Terra 2023 – Cuidar da nossa Casa!

abril 22, 2023

Dia da Terra 2023 – Cuidar da nossa Casa! Confira as dicas de documentários e livros selecionados pelo GEDAF.

O Dia da Terra é celebrado anualmente em 22 de abril. Seu objetivo é conscientizar sobre os desafios ambientais do nosso planeta e incentivar ações a preservá-lo para as futuras gerações.

A data foi criada em 1970 nos Estados Unidos, quando o ex-senador democrata e ativista ambiental Gaylord Nelson convocou manifestação nacional para chamar a atenção sobre a poluição, o desmatamento e outras questões ambientais.

Desde então, o Dia da Terra tem sido comemorado em todo o mundo, com milhões de pessoas participando de eventos, campanhas de conscientização, iniciativas de limpeza e preservação ambiental.

Atualmente, mais de 190 países participam, tornando-o um dos maiores eventos ambientais do mundo. Essa oportunidade estimula os países a avaliarem suas políticas ambientais e os compromissos de proteção do meio ambiente.

No entanto, há muito trabalho a ser feito para enfrentar os desafios ambientais do século 21. A humanidade está ameaçada pela mudança climática, aumento da temperatura global causado pela emissão de gases de efeito estufa. Outros desafios incluem a poluição do ar e da água, o esgotamento dos recursos naturais, a perda da biodiversidade e a degradação do solo.

A preservação da água é um dos principais temas do Dia da Terra, pois ela é essencial à vida. A poluição, o desmatamento e as mudanças climáticas têm impacto direto sobre a disponibilidade e a qualidade da água, ameaçando a vida aquática e os ecossistemas.

Os engenheiros são parte vital dessa mudança, seu trabalho tem impacto significativo na preservação do meio ambiente e na promoção do futuro mais sustentável. Eles podem projetar tecnologias sustentáveis e soluções inovadoras que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, melhorar a eficiência energética, preservar a água e reduzir a poluição.

Além disso, os engenheiros ajudam a desenvolver infraestrutura resiliente para proteger as comunidades contra os efeitos das mudanças climáticas e outras ameaças ambientais.

O Dia da Terra é o lembrete importante de que todos devem se empenhar na proteção do meio ambiente. Diante dos desafios mais complexos no século 21, é essencial que os governos, empresas e indivíduos trabalhem juntos para fazer mudanças e adotar práticas sustentáveis.

Apoio do GEDAF

O GEDAF apoia campanhas ambientais e disponibiliza gratuitamente a Calculadora Pegada Ecológicaclique aqui.

Existem muitos documentários e livros excelentes sobre o Dia da Terra e questões ambientais em geral. Confira algumas sugestões:

Documentários

Os documentários podem ser acessados por inteiro no canal de vídeos da Escola GEDAF – clique aqui.

Uma Verdade Inconveniente (2006) – dirigido por Davis Guggenheim, o documentário apresentado por Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, oferece informações sobre a mudança climática.

Dia da Terra – Earth Days  (2009) – documentário sobre a história do movimento ambientalista nos Estados Unidos, dirigido por Robert Stone e distribuído pela Zeitgeist Films. O filme mostra não somente como o movimento verde começou, mas os sucessos e falhas desde o dia seminal em 1970.

Home (2009) – documentário produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand. O filme apresenta belas imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico.

Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (2014) – dirigido por Kip Andersen e Keegan Kuhn, o documentário revela o impacto da indústria da pecuária na mudança climática e na degradação ambiental.

Antes da Inundação (2016) – dirigido por Fisher Stevens e produzido por Leonardo DiCaprio, o documentário aborda as mudanças climáticas e suas consequências globais, o que a sociedade pode fazer para evitar o desaparecimento de espécies ameaçadas, ecossistemas e comunidades nativas em todo o planeta. Leonardo conversa com pessoas mais proeminentes na causa ambiental, como Barack Obama, Elon Musk, John Kerry e o Papa Francisco.

Planet of the Humans (2020) – documentário dirigido por Michael Moore, cineasta e escritor norte-americano. “Planeta dos Humanos” desmistifica as ilusões verdes apoiadas por grandes corporações e políticos para utilização de turbinas eólicas, energia solar, carros elétricos e biomassa em substituição aos combustíveis fósseis.

Livros

Dia da Terra - Livros Recomendados

Dia da Terra – Livros Recomendados

A Sexta Extinção: Uma História Não Natural (2014) – escrito por Elizabeth Kolbert, o livro aborda a extinção em massa de espécies animais causada pela atual civilização humana.

A Era do Desenvolvimento Sustentável (2017) – escrito por Jeffrey Sachs, o livro apresenta ideias sobre como as sociedades podem se tornar mais sustentáveis em relação ao meio ambiente.

O Sentido da Existência Humana (2018) – Neste livro excepcional, o premiado biólogo Edward O. Wilson debruça-se sobre questões existenciais para entender o que faz os seres humanos serem tão diferentes de todas as outras espécies.

A sabedoria secreta da natureza: Árvores, animais e o maravilhoso equilíbrio entre todos os seres vivos (2022) – Com precisão científica, linguagem acessível e fácil de entender, Peter Wohlleben nos mostra as relações secretas e sagradas entre os seres vivos. Peter é engenheiro florestal e trabalhou na comissão nacional de gestão florestal da Alemanha. Atualmente gerencia uma floresta explorada com práticas ecológicas em Hümmel, dá palestras e escreve livros sobre a natureza.

Brasil cai no ranking global de corrupção para o 94º lugar

fevereiro 8, 2023

O Brasil caiu no ranking global de corrupção. Entre 2012 e 2022, o país caiu 25 posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), da 69ª para a 94ª colocação, atingindo 38 pontos no último ano.

O IPC é o principal indicador de corrupção do mundo, elaborado pela Transparência Internacional desde 1995.

Ele avalia 180 países e atribui notas entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.

Dez anos de retrocesso

No período de dez anos, o Brasil perdeu 5 pontos na nota, obtendo 38 pontos em 2022. Essa pontuação representa desempenho ruim, abaixo da média global (43 pontos), da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos).

O Brasil também está pior em relação aos seus pares regionais e o BRICS. A média regional para América Latina e Caribe é 43 pontos, e a média dos BRICS é 39 pontos.

Gráfico IPC Notas Brasil 2012-2022

Fonte: Transparência Internacional, 2023.

Analisando o gráfico acima, observa-se queda mais acentuada do ICP, redução de 8 pontos, ocorreu entre 2014 e 2018, abrangendo os governos Dilma Roussef (2014-2016) e Michel Temer (2016-2018). Entre 2012 e 2014, no governo Dilma Roussef, o ICP oscilou 1 (um) ponto para menos, de 43 para 42 pontos.

Fazendo as devidas ressalvas, nos governos Dilma e Temer houve maior redução da percepção sobre a corrupção no setor público no Brasil. No governo Jair Bolsonaro (2019-2022) houve aumento do ICP de 35 para 38 pontos.

Contudo, apesar de a pauta anticorrupção ser ardorosamente defendida pelo governo Jair Bolsonaro, seu fraco desempenho na avaliação do ICP não superou os resultados anteriores a 2016, entre 40 e 43 pontos, do governo Dilma Roussef.

Segundo a Transparência Internacional, o resultado do país reflete “o desmanche promovido pelo governo Bolsonaro sobre os marcos legais e institucionais anticorrupção que o Brasil levou décadas para construir”. A entidade também destacou a “degradação sem precedentes do regime democrático” nos últimos quatro anos.

Relatório Retrospectiva Brasil 2022

O relatório Retrospectiva Brasil 2022 apresenta a análise dos principais fatos relativos à anticorrupção e transparência no ano. Abrange o governo federal, Congresso Nacional, Judiciário, Ministério Público e o espaço cívico nacional.

Clique aqui para baixar o relatório.

A importância do Índice de Percepção da Corrupção

O índice classifica 180 países em função nos níveis percebidos de corrupção no setor público avaliados por especialistas e executivos. Ele é baseado em 13 fontes de dados independentes. Adota a escala zero a 100, zero significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.

O ranking global da corrupção é importante devido às correlações relacionadas à segurança e enfrentamento do crime organizado.

Países com pontuações baixas no IPC possuem maior dificuldade de enfrentar a violência e garantir a segurança e paz para suas populações.

Países com pontuações altas no IPC são mais resilientes, preparados para responder às ameaças de grupos criminosos organizados.

A corrupção ameaça a segurança interna e a estabilidade dos países, gerando conflitos e ressentimentos nas sociedades. As instituições de defesa e segurança perdem sua capacidade de atuar devido ao desgaste da legitimidade do Estado.

A corrupção diminui a capacidade do Estado proteger seus cidadãos. A apropriação e uso indevido do erário público compromete a atuação das instituições responsáveis pela segurança. O enfraquecimento das instituições policiais e de defesa dificulta o controle do território e combate à violência, incluindo o terrorismo.

Fonte: Transparência Brasil, acesso em 08.02.2023.

Deseja conhecer a percepção das outras pessoas sobre você?

GEDAF Avaliação Johari - Comunicação e Relacionamento

GEDAF Avaliação Johari – Comunicação e Relacionamento

Avaliação Johari permite entender o quanto cada pessoa ou se conhece e como é conhecida pelas outras no seu grupo de relacionamento.

Recomendação: equipes que precisam melhorar a comunicação e o relacionamento entre seus integrantes.

O GEDAF oferece essa avaliação com relatório detalhado do desempenho para todos os perfis.

Clique aqui para saber mais.

Educação Ambiental é deficiente em 55% dos países

fevereiro 7, 2023

Educação ambiental é deficiente no ensino básico em 55% dos países, segundo a pesquisa “Aprender para o planeta: Revisão global das questões relacionadas ao meio ambiente e como estão integradas à educação”, publicada pela UNESCO em 2022.

A UNESCO analisou a educação ambiental no ensino primário e secundário em diversos países, considerando conhecimentos gerais sobre meio ambiente, biodiversidade, mudanças climáticas e sustentabilidade.

A metodologia consistiu na análise de programas e currículos escolares de 46 países membros da UNESCO, e questionários respondidos por 1.600 professores e administradores em 93 países, entre setembro e novembro de 2020.

Os resultados da pesquisa são relevantes para orientar ações concretas por parte das autoridades públicas diante dos problemas ambientais que o mundo enfrentará nas próximas décadas.

Resultados da Pesquisa

A pesqusisa revelou que 55% das políticas educacionais e currículos examinados não mencionam as mudanças climáticas e apenas 19% fazem menção à biodiversidade.

Embora 92% dos documentos de política e currículos examinados incluíram ao menos uma referência ao meio ambiente, há pouca profundidade nesses conteúdos. Além disso, 45% de todos os documentos analisados tem pouco ou nenhum foco em questões ambientais e apenas 17% está na categoria “moderada”.

Há muito maior ênfase ao tema “meio ambiente” do que “mudança climática” ou “biodiversidade”. A pesquisa mostrou que mais de 83% dos documentos analisados mencionam “meio ambiente” ao menos uma vez e 69% mencionam “sustentabilidade”, enquanto os temas “mudança climática” e a “biodiversidade” são abordados em 47% e 19% dos documentos, respectivamente.

Nos programas de formação de professores não foram incluídos conteúdos sobre o meio ambiente. Cerca de 62% dos entrevistados são professores e 13% do corpo gerencial (anteriormente trabalharam como professores). No total, 36% relataram completa ausência de temas ambientais em sua formação inicial ou contínua (atuando no cargo), enquanto 30% afirmaram que tiveram acesso aos conteúdos tanto a formação inicial quanto na continuada.

Em relação à participação em atividades escolares sobre o meio ambiente, 35% dos entrevistados respondeu que a frequência era uma vez por semana ou uma vez por mês. Outros 57% relataram que a frequência foi de pelo menos uma vez ao ano. Apenas 8% deles indicaram que os jovens não participavam dessas atividades.

No total, 79% das pessoas entrevistadas relataram que as escolas “permitem ou encorajam” meninas, crianças e jovens a participarem de ações juvenis relacionadas às questões ambientais, 4% disseram que foram desencorajados e 17% afirmaram que não foram encorajados nem desencorajados.

Esse alto nível de participação é positivo globalmente, refletindo o impacto das recentes ações juvenis frente às mudanças climáticas e outras questões ambientais, e muitos entrevistados oriundos de escolas atuantes na área ambiental. Essas atividades variam em formatos e organização pela sociedade civil e outras entidades.

Recomendações

A UNESCO considera que os países fizeram progressos nos últimos anos. Porém, os governos, as instituições de ensino e os educadores deveriam se empenhar mais em fornecer aos alunos conhecimentos, desenvolver habilidades, atitudes e valores relacionados às questões ambientais.

É necessário maior ênfase aos temas do meio ambiente na educação, promovendo inclusão de conteúdos sobre mudanças climáticas e biodiversidade. Nesse sentido, diversos países deveriam revisar programas curriculares e livros didáticos com maior frequência.

O aprendizado ambiental deve ser integrado a outras disciplinas, pedagogia holística que vai além do foco no conhecimento cognitivo, de forma a envolver estudantes social e emocionalmente, estimulando ação e participação.

Todos os professores e diretores de escolas devem estar familiarizados com a educação para o desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e biodiversidade. É essencial adotar novas abordagens de aprendizagem. E esses assuntos devem fazer parte da formação inicial e continuada dos professores.

O compromisso das escolas deve ir além do ensino tradicional e apoio às ações de defesa do meio ambiente. A pedagogia deve ser transformadora, estimulando os alunos a se engajarem e aprenderem temas ambientais com foco na ação.

Os gestores devem reduzir a pegada ecológica das instituições, exercer a liderança ambiental na comunidade local e assegurar boa governança escolar.

O conhecimento indígena ancestral deve ser integrado ao ensino ambiental através de ampla consulta aos povos indígenas.

Atualmente, os processos intergovernamentais relativos às mudanças climáticas e biodiversidade estão dissociados dos sistemas educativos ou de aprendizagem ao longo da vida. A integração é essencial para sensibilizar e motivar a cidadania responsável em escala global. É necessária a coloboração entre os setores ambiental e educacional nos níveis nacional, regional e global, envolvendo os ministérios da Educação e do Meio Ambiente.

Dessa forma, os países terão maior êxito ao desenvolver em benchmarks (indicadores de desempenho), leis, políticas, programas e acordos efetivos.

Sobre a UNESCO

A  UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – é uma agência especializada das Nações Unidas (ONU) com sede em Paris, fundada em 1945. Sua missão é contribuir para a paz e segurança no mundo por meio do incentivo à educação e ciências.

A UNESCO é conhecida por seu trabalho na promoção da educação ambiental e desenvolvimento sustentável no mundo. A entidade coloborou no Marco de Ação da Agenda Educação 2030 para a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável para a Educação (ODS 4), que visa a “assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.

Acesse a pesquisa “Aprender para o planeta: Revisão global das questões relacionadas ao meio ambiente e como estão integradas à educação”, disponível em inglês, francês e espanhol – clique aqui.

Fonte: UNESCO, acesso em 07.02.2023

GEDAF apoia a Educação Ambiental

Conheça nossa ferramenta Pegada Ecológica, disponivel gratuitalmente no link abaixo.

Calculadora Pegada Ecológica - Escola GEDAF

Calculadora Pegada Ecológica – Escola GEDAF

Calculadora Pegada Ecológica: verifica o impacto individual no consumo de recursos naturais do planeta Terra.

Fique atento aos cursos da Escola GEDAF, abertura de novas turmas.

Setembro Amarelo 2022 – Prevenção ao Suicídio

setembro 5, 2022

Setembro Amarelo é o mês dedicado à campanha internacional de prevenção ao suicídio, instituída em 2003 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O GEDAF Finanças e Empreendedores apoia esta campanha divulgando orientações em seus informativos sociais.

Durante todo o mês de setembro ocorrem chamados e eventos para alertar a população sobre essa temática. A campanha visa a conscientizar sobre o suicídio e incentivar ações para evitar essa fatalidade em muitas nações.

A data referencial 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

A cor amarela é utilizada na divulgação de informativos e iluminação noturna das fachadas de edifícios e monumentos, incluindo o Congresso Nacional, a Catedral de Brasília, o Cristo Redentor e outros.

Estatísticas atemorizantes: uma pessoa se suicida a cada 45 segundos

Segundo levantamento da OMS (2000-2019), o suicídio está entre as 20 principais causas de morte no mundo. Em 2019, houve 703.000 fatalidades, equivalente a um suicídio a cada 45 segundos.

  • 77% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda;
  • países de alta renda têm maior taxa padronizada de suicídios do que países de baixa/média renda, respectivamente, 10,9 e 9,9 mortes por 100.000 habitantes;
  • mais da metade dos suicídios no mundo (58%) são de pessoas com idade até 50 anos;
  • suicídio é a quarta causa de morte dos jovens de 15 a 29 anos, ambos os sexos, depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal;
  • quase o triplo de homens em relação às mulheres morrem por suicídio em países de alta renda, enquanto nos países de baixa renda a taxa é quase igual para ambos os sexos.

No Brasil 14.540 pessoas se suicidam por ano, ou seja, 40 pessoas por dia. O suicídio mata mais brasileiros do que doenças como AIDS e câncer.

Diante desse cenário desafiador, Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, exortou as autoridades a promoverem iniciativas de prevenção ao suicídio:

“Toda morte é uma tragédia para a família, amigos e colegas. No entanto, suicídios são evitáveis. Chamamos todos os países a incorporarem estratégias comprovadas de prevenção ao suicídio em seus programas nacionais de saúde e educação de maneira sustentável”.

Falar é a melhor solução para evitar até 90% dos suicídios

O assunto suicídio é envolto em tabus e preconceitos sociais. Muitos preferem ignorar quando há pessoas conhecidas ou familiares que cometeram suicídio.

O comportamento suicida é resultado de interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. É a consequência final do processo de sofrimento por múltiplas causas.

As situações que levam ao suicídio estão fortemente associadas a quadros de depressão, transtorno bipolar e uso de drogas.

Os profissionais da saúde acreditam que falar mais sobre esse assunto facilita entender quem passa por situações que levem a comportamentos suicidas.

As pessoas devem receber ajuda profissional para evitar o suicídio a partir do momento em que situações de risco são identificadas.

Por essa razão, “Falar é a melhor solução” é o slogan da campanha no Brasil. Conscientizar as pessoas a conversarem sobre seus problemas pode evitar 9 em cada 10 atos suicidas.

Origem do Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo começou nos EUA devido à comoção pública pela morte de Mike Emme, de 17 anos. Ele cometeu suicídio em 8 de setembro de 1994 em Westminster, no Colorado.

Mike era muito habilidoso com mecânica e restaurou um Mustang 68 abandonado, pintando-o com amarelo brilhante. O automóvel restaurado tornou o jovem popular e ele passou a ser afetuosamente chamado de “Mustang Mike”.

Lamentavelmente, seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No velório de Mike havia cestas de cartões decorados com fitas amarelas e escritos com a mensagem “Se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda!”. O objetivo era conscientizar os jovens que pensavam no suicídio a exporem sua situação.

Deu certo. A iniciativa marcou o início de importante movimento de prevenção ao suicídio nos EUA. Os cartões chegaram às pessoas que precisavam de apoio.

Em consequência desse gesto de solidariedade, o laço amarelo foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio.

Se pensar em suicídio peça ajuda

Cerca de 60% das pessoas que morrem por suicídio não procuram ajuda. Por isso, é muito importante procurar orientação em momentos de crise.

O ideal é o acompanhamento psicológico, além do apoio da família e amigos. Contudo, é essencial que as pessoas consigam falar sobre o que sentem.

Se você estiver com sérios problemas e considerar o suicídio, peça ajuda imediatamente ou procure atendimento médico na sua região.

Você pode entrar em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV).

O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio através de atendimento por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana.

Os atendentes do CVV são voluntários preparados para escutar todos que precisam conversar. O serviço é totalmente gratuito e sigiloso.

  • Fale com o CVV: disque 188 (um, oito, oito)
  • Acesse o chat do CVVwww.cvv.org.br

Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório Suicide worldwide in 2019: global health estimates. WHO, 2021.

Rone Antônio de Azevedo para o Editorial GEDAF.

Missão Santiago 2022 abre inscrições para startups brasileiras

dezembro 27, 2021

Programa StartOut Brasil abriu inscrições na missão Santiago 2022, imersão de empresas de tecnologia brasileiras no ecossistema de empreendedorismo chileno e expansão de negócios no Chile.

Etapas da missão Santiago 2022

A missão Santiago 2022 selecionará startups brasileiras para participarem em atividades online e presenciais*, sendo organizada em três etapas:

  1. Virtual: até 40 startups serão capacitadas de forma totalmente online, por treinamento de pitch, mentorias coletivas e técnicas, webinars com players do mercado, e apoio de matchmaker para encontros de negócios e feedback de público qualificado.
  2. Imersão: dentre as 40 empresas, as 15 mais bem classificadas passarão para a segunda etapa, na qual haverá atividades online e presenciais, como mentorias individuais de negócios, consultoria para internacionalização, com apoio de consultoria de matchmaker para a realização de reuniões de negócios presenciais.
  3. Follow-Up: As cinco startups que primeiro se habilitarem, apresentando projeto de retorno ao mercado com agenda própria, receberão apoio do serviço de matchmaking para mais agendas de negócios em Santiago.

*A missão presencial somente será realizada se houver condições sanitárias que permitam o deslocamento internacional dos empreendedores e da equipe do programa.

Requisitos e a quem se destina

Empreendedores brasileiros de negócios tecnológicos que desejam expandir seus negócios para o Chile.

O programa selecionará startups brasileiras já estabelecidas, que estejam faturando, preferencialmente, acima de R$ 500 mil ou tenham recebido algum tipo de investimento.

É necessário também que as empresas tenham 100% da equipe dedicada ao negócio e que demonstrem capacidade de se expandir internacionalmente sem comprometer suas operações no país.

Inscrições e Cronograma

As inscrições estão abertas até 10 de janeiro de 2022, mediante o preenchimento de formulário no site do programa StartOut Brasil.

Clique aqui para acessar o edital da missão Santiago 2022

A lista das startups selecionadas para participar da primeira etapa será divulgada em 07 de fevereiro de 2022.

A missão tem duração de 9 meses, abrangendo:

  • Etapa Virtual (até 40 startups): 08/02 a 27/04/2022
  • Etapa Imersão (até 15 startups): 25/04 a 24/06/2022
  • Etapa Follow-up (até 5 startups): 25/06 a 21/11/2022

O cronograma completo, o regulamento e informações atualizadas podem ser acessadas no link das inscrições.

Sobre o programa StartOut Brasil

O programa StartOut Brasil apoia a inserção de startups brasileiras nos mais promissores ecossistemas de inovação do mundo.

É promovido pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC/ME), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Apex-Brasil, Sebrae e Anprotec.

Desde 2017, o programa já realizou 12 ciclos em 9 países diferentes e atendeu mais de 183 startups. As atividades são apoiadas por profissionais experientes nos países de destino para melhor orientação aos empreendedores.

+ 11 Destinos

+ 115 Negócios Facilitados

+ US$ 11 Milhões de Negócios gerados


Fonte: StartOut Brasil, ciclo Santiago 2022, acesso em 27/12/21.

OIT lança campanha para erradicar trabalho infantil no mundo

fevereiro 8, 2021

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou o Ano Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil. Essa iniciativa objetiva promover ações legislativas e práticas para eliminar o trabalho infantil em todo o mundo. Organizações e indivíduos podem encaminhar propostas de ações para essa meta.

A OIT trabalha pela abolição do trabalho infantil ao longo de seus 100 anos de história. Uma das primeiras convenções que seus membros adotaram foi sobre a Idade Mínima na Indústria. A exploração do trabalho infantil existe há séculos, causando empobrecimento, adoecimento e mortes por condições insalubres e perigosas nos locais de trabalho.

“Não há lugar para o trabalho infantil na sociedade. Rouba o futuro das crianças e mantém as famílias na pobreza.”

Guy Ryder, diretor-geral da OIT

Nos últimos 20 anos, quase 100 milhões de crianças foram retiradas do trabalho infantil, reduzindo o número de 246 milhões em 2000 para 152 milhões em 2016.

A África concentra quase a metade dos casos de trabalho infantil, 72 milhões de crianças, seguida pela Ásia e Pacífico, 62 milhões. Além disso, 70 por cento das crianças nessa condição trabalham na agricultura de subsistência e comercial e na criação de gado. Quase metade das crianças trabalha em ocupações ou exposição à situações perigosas para a saúde.

A crise da COVID-19 aumentou a pobreza para as pessoas que já se encontravam em situação de vulnerabilidade. O fechamento de escolas agravou a situação e milhões de crianças trabalham para contribuir com a renda familiar. A pandemia tornou as crianças mais vulneráveis à exploração, demandando mais esforços no combate ao trabalho infantil.

Agenda do Trabalho Decente

O Ano Internacional foi aprovado por unanimidade em resolução da Assembleia Geral da ONU em 2019. O principal propósito é instar os governos para atingir a Meta 8.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), relativa ao trabalho decente.

A Meta 8.7 demanda os Estados membros a tomarem medidas imediatas e eficazes para erradicar o trabalho forçado, acabar com a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, proibir e eliminar as piores formas de trabalho infantil, incluindo o recrutamento e uso de crianças como soldados.

O objetivo é acabar com o trabalho infantil em todas as suas formas até 2025 e o trabalho forçado, o tráfico de pessoas e a escravidão moderna até 2030.

O Ano Internacional foi oficialmente lançado em 21 de janeiro em evento virtual. Participaram nessa sessão o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore, o laureado pelo Nobel da Paz, Kailash Satyarthi, e a ex-vítima de trabalho infantil e ativista, Amar Lal.

Ao longo do ano, diversos eventos irão aumentar a conscientização sobre o problema que afeta uma em cada 10 crianças no mundo.

Em 2022 haverá a V Conferência Global sobre Trabalho Infantil (V GC), na África do Sul. Nesse evento as partes interessadas compartilharão experiências e farão compromissos adicionais para atingir a Meta 8.7.

Inscrição de Propostas das Ações 2021

As partes interessadas nos níveis regional e nacional, organizações e indivíduos, devem propor ações específicas que tomarão até dezembro de 2021 para acabar com o trabalho infantil.

Os indivíduos, por exemplo, podem consumir com mais responsabilidade ao escolherem empresas éticas, levantar fundos e exigir que o governo local providencie ações para erradicar o trabalho infantil. Unidos pela mensagem única e simples desta campanha para crianças, todos podem fazer parte do movimento global de agentes para mudança.

Aqui estão algumas sugestões de Compromissos de Ação 2021 possíveis de fazer individualmente:

  • Escrever para tomadores de decisões.
  • Arrecadar fundos para instituição de caridade ou escola que lida com a prevenção do trabalho infantil.
  • Ler sobre o comércio justo e como ele beneficia crianças de famílias pobres.
  • Educar-se e depois compartilhar o que aprendeu com amigos, família, colegas de trabalho e outros para aumentar o poder de “voto”.

Os responsáveis devem documentar seus esforços e avanços ao longo do ano por meio de vídeos, entrevistas, blogs e histórias de impacto.

O prazo para apresentação das medidas é 30 de março de 2021, devendo ser encaminhadas no site oficial da campanha (endchildlabour2021.org).

Clique aqui para acessar as instruções de envio da proposta.


Fonte: OIT, acesso em 08.02.2021

Goalsetter inova educação financeira de crianças e jovens nos EUA

janeiro 27, 2021

Goalsetter inova educação financeira de crianças e jovens nos EUA. Desenvolveu aplicativo com controle dos pais, cartão de débito e testes.

Fundada em 2019 por Tanya Van Court, nos Estados Unidos, a Goalsetter tem por missão auxiliar os pais na educação financeira dos seus filhos. A empresa desenvolveu plataforma virtual com opções de transferência de dinheiro e testes sobre finanças.

Em 2001, Van Court perdeu USD 1 milhão (cerca de 5,3 milhões de reais), após o ataque das torres gêmeas em Nova York. Essa terrível experiência sensibilizou Tanya sobre a importância dos conceitos econômicos e princípios de saúde financeira para os mais jovens.

A Goalsetter é uma fintech, empresa de tecnologia em finanças. Recebeu aporte de grandes investidores corporativos, tais como PNC Bank, Mastercard, U.S. Bank e Elevate Capital.

Entre os investidores individuais há atletas renomados, incluindo Kevin Durant, do Brooklyn Nets, e Chris Paul, do Phoenix Suns. Também participam Baron Davis, ex-jogador da NBA (liga de basquete norte-americana), e C.C. Sabathia, arremessador aposentado do New York Yankees (time de beisebol da primeira divisão).

Astros do esporte e celebridades nos EUA costumam investir em fundos de capital para empresas inovadoras em tecnologia. Buscam obter maior lucratividade nesses projetos, superior aos investimentos tradicionais.

Exemplo disso, em 2016, Kevin Durant investiu no desenvolvimento do Acorns. Esse aplicativo permite aos usuários investir o dinheiro que sobra. Em janeiro de 2019, a empresa de Durant foi avaliada em USD 860 milhões (aproximadamente 4,6 bilhões de reais).

O empreendedorismo está bem enraizado no capitalismo norte-americano e é estimulado por diversos grupos de investidores privados.

Arrecadação recorde

Em 2019, a Goalsetter arrecadou USD 2,1 milhões (11,13 milhões de reais). Em 26 de janeiro de 2021, conseguiu captar a enorme quantia de USD 3,9 milhões (20,67 milhões de reais) em uma única rodada com seletos investidores, liderada por Baron Davis.

Até o momento, a Goalsetter captou o montante total de USD 6 milhões (31,8 milhões de reais). A empresa utilizará esses recursos para expandir a plataforma de aplicativos móveis e acelerar o crescimento de assinantes da empresa.

Aplicativo de finanças e inclusão social

O aplicativo Goalsetter permite aos pais transferirem mesadas e pagarem quantias pré-definidas para cada pergunta do questionário que a criança acertar no aplicativo. Está disponível para celulares da linha Apple e dispositivos com Android.

No aplicativo, a família e os amigos podem dar “cartões de metas” em vez de vales-presente. Esse recurso estimula as crianças a economizarem para as coisas que realmente desejam no futuro.

A empresa lançou também o cartão de débito Cashola, bandeira Mastercard, destinado às crianças e adolescentes. Os pais controlam a forma como ele é usado e podem bloqueá-lo até que seus filhos passem no teste de finanças da semana.

Van Court relatou que, em média, as famílias economizam USD 120 (cerca de 640 reais) por mês na plataforma. Em 2019 duas famílias conseguiram economizar mais de USD 10 mil (530 mil reais).

A Goalsetter também está lançando a campanha massiva para o Mês da História Negra. Celebrado em fevereiro, esse marco valoriza a contribuição dos negros para o desenvolvimento dos Estados Unidos.

A empresa espera estimular a geração de riqueza entre crianças negras por meio da educação financeira.


Fonte: TechCrunch, autor Jordan Crok, original “Goalsetter raises $3.9 million to teach financial literacy to kids”, publicado em 25.01.2021.

Crédito da imagem: Goalsetter.

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Pesquisas orientam modelos de leilões melhores e mais justos

outubro 24, 2020

Leilões melhores e mais justos são motivo de disputas acirradas, frustrações e demandas judiciais.

Em 2020, dois pesquisadores norte-americanos foram reconhecidos por suas importantes contribuições nesse tema, incluindo aplicações às telecomunicações e aeroportos.

Paul Milgrom, 72 anos, e Robert Wilson, 83 anos, professores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foram laureados com o Prêmio Nobel de Economia de 2020.

A Academia de Ciências da Suécia anunciou o prêmio em 12 de outubro. O Nobel de Economia 2020 é a 52ª premiação na categoria, concedido pelo Banco Central da Suécia desde 1969.

Os laureados vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, equivalente a 6,42 milhões de reais. Devido à pandemia Covid-19 neste ano, não haverá cerimônia de entrega na Suécia.

Importância dos leilões

Leilões são muito importantes para negociação de bens, direitos e licenças no mercado, praticados por diversas empresas e governos no mundo.

As pesquisas de Paul Milgrom e Robert Wilson contribuíram para melhorar a teoria dos leilões em novos formatos que beneficiam vendedores, compradores e contribuintes.

A teoria elaborada por Paul Milgrom demonstra que vencedores de leilões pagam preços mais altos quando obtêm informações sobre os lances planejados por outros participantes. Robert Wilson, por sua vez, mostrou que participantes racionais em leilões tendem a dar lances menores com receio de pagar demais.

Leilões são baseados na hipótese de eficiência dos mercados competitivos. Os concorrentes, isoladamente, não têm poder para interferir na formação dos preços. Contudo, a informação sobre as disposições dos participantes de leilões influencia bastante a formação de preço no mercado.

O vencedor prefere pagar mais caro para evitar que os concorrentes possam igualar sua oferta, sobrestimando o preço. Essa “maldição do vencedor” foi analisada por Milgrom e Wilson.

Se os participantes percebem o mesmo valor do objeto leiloado, receiam oferecer lances mais agressivos. Dessa forma, forçam preços de negociação abaixo das expectativas do leiloeiro.

Milgrom demonstrou que quando a informação é percebida de forma assimétrica, fomenta guerras de preços para inibir a entrada de outros competidores.

Aplicações à pandemia do Coronavírus e comunicações 5G

Milgrom e Wilson analisaram o desenho do formato de leilões em situações críticas, incluindo a pandemia Covid-19. Respiradores e Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.

Milgrom afirmou que as regras dos leilões são especialmente relevantes em tempos de crise. Todos os aspectos do mercado – competição, distribuição, resolução de problemas complexos – devem ser analisados, certificando-se de que estão à altura dos desafios.

A dupla também analisou como acelerar a implantação da tecnologia de comunicação sem fio de quinta geração, “5G”. O desafio na implantação do 5G é realocar o espectro limitado de frequências em outras bandas, atualmente indisponíveis para uso.

O leilão é essencial enquanto compensação que as pessoas estão dispostas a aceitar. “A competição entre fornecedores mantém os preços razoáveis e nos permite fazer a transição muito mais rápida do que o processo político, e de forma eficiente”, concluiu Wilson.

Robert Wilson e Paul Miligrom - Universidade de Stanford

Professores Robert Wilson (esq.) e Paul Milgrom (dir.) após anúncio do Prêmio Nobel de Economia de 2020 (crédito: Universidade de Stanford, 2020)

Paul Milgrom

Nasceu em 20 de abril de 1948 em Detroit. É bacharel em Matemática pela Universidade de Michigan, 1970. Concluiu mestrado em Estatística e doutorado em Negócios em Stanford em 1978 e 1979, respectivamente.

Ensinou na Northwestern e Yale, antes de lecionar em Stanford. Foi eleito para a Academia Americana de Artes e Ciências em 1992 e para a Academia Nacional de Ciências em 2006. Concluiu doutorado honorário em 2001 pela Stockholm School of Economics. Recebeu o Prêmio Nemmers de Economia de 2008.

Robert Wilson

Nasceu em 16 de maio de 1937, em Genebra, Nebraska. Tem bacharelado em Matemática. Concluiu o mestrado e doutorado em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard entre 1959 e 1963.

Wilson se juntou ao corpo docente da Stanford Graduate School of Business em 1964. Atuou como diretor do Centro de Conflitos e Negociação de Stanford em 1990 e do Instituto de Economia Teórica de 1993 a 1995. Foi nomeado para a Academia Nacional de Ciências em 1994.

Recebeu o prêmio de professor distinto do corpo docente da Stanford Business School em 2001 e nomeado membro distinto da American Economic Association em 2006.

Em 2018, Milgrom e Wilson foram agraciados com o Prêmio John J. Carty de 2018 pelo Avanço da Ciência.

Referência:

Universidade de Stanford. Stanford economists Paul Milgrom and Robert Wilson win the Nobel in economic sciences, publicado em 12 out. 2020.

(c) Editorial GEDAF Finanças e Empreendedores, 2020.

FMI alerta sobre impactos econômicos de desastres ambientais

junho 1, 2020

O Fundo Monetário Internacional – FMI divulgou recente estudo sobre os impactos econômicos decorrentes de desastres ambientais e propostas para enfrentar mudanças climáticas.

A equipe técnica do FMI analisou os efeitos de cerca de 350 desastres climáticos durante 46 anos (1973 a 2018) para as economias de 68 países. Essa amostra é bastante significativa e representa 95% do PIB mundial.

O FMI concluiu que o impacto médio foi moderado, sendo constatada queda de 2% nas ações negociadas pelos bancos e 1% para todo o mercado. Em 10% dos casos, o impacto no mercado agregado foi superior a 14%, indicando que alguns desastres climáticos podem comprometer a estabilidade financeira.

No gráfico abaixo são mostrados os retornos financeiros dos mercados em situação anormal e o número de dias do desastre. Conforme o gráfico, a queda da média dos preços dos ativos (average) oscilou próximo de 2%, enquanto para os casos extremos (extreme cases), percentil 10%, houve redução entre 1% e 14%.

Gráfico Retornos Anormais para Desastres Ambientais - FMI

Gráfico Retornos Anormais para Desastres Ambientais – FMI

Danos significativos às economias mais vulneráveis

As características de cada país são importantes para dissipar os impactos econômicos dos desastres ambientais. Países com maior autonomia fiscal podem implantar resposta rápida a desastres sob a forma de ajuda financeira e programas de reconstrução.

Além disso, as economias mais desenvolvidas desenvolveram instrumentos como os seguros para compartilhamento de riscos. Os seguros reduzem ou redistribuem as perdas decorrentes de desastres e limitam o impacto nos preços das ações.

Por exemplo, em 2005, o furacão Katrina causou os danos mais significativos em termos absolutos para a amostra analisada, equivalente a 1% do PIB dos Estados Unidos. Contudo, esse evento não gerou impacto perceptível no índice de ações das bolsas nos EUA.

Comparativamente, as inundações de 2011 na Tailândia causaram os danos mais significativos proporcionalmente ao porte da economia. Houve queda de 30% no mercado de ações tailandês no período de 40 dias.

Riscos futuros

Mudanças climáticas aumentam a probabilidade e a gravidade de riscos relacionados ao clima, como inundações, ondas de calor e secas. Esses eventos afetarão o mercado financeiro com choques de maior intensidade e duração.

A avaliação dos impactos de desastres ambientais é um desafio difícil para os investidores. É necessário avaliar, baseado na ciência do clima, a probabilidade de diferentes cenários climáticos e suas implicações aos riscos para as empresas, bem como antecipar medidas de mitigação e adaptação.

Além disso, o horizonte temporal dessas mudanças pode ser ainda maior do que o que os investidores institucionais de longo prazo estão acostumados a lidar.

O FMI verificou que em 2019 não houve correlação entre o aquecimento global e as oscilações dos mercados financeiros para diferentes países. Não foram comprovadas variações projetadas relacionadas à incidência de riscos dos desastres ambientais.

Entretanto, o FMI alerta que essa aparente falta de resposta dos mercados analisados poderá ser importante fonte de risco futuro.

Aprender com a pandemia do coronavírus

A atual pandemia Covid-19 demonstrou que a preparação e a resiliência a crises são críticas para gerenciar os riscos financeiros. Eventos altamente incertos ou improváveis podem ter custos humanos e econômicos extremos.

A expansão da oferta de seguros e o fortalecimento financeiro de fundos soberanos podem diminuir o impacto de desastres climáticos e, assim, reduzir os riscos à estabilidade financeira.

O FMI recomenda o desenvolvimento de padrões globais obrigatórios de divulgação de riscos decorrentes das mudanças climáticas. É essencial ter informações detalhadas e específicas da empresa sobre exposição a riscos atuais e futuros aos choques climáticos. Essas informações auxiliariam credores, seguradoras e investidores a entenderem melhor essas vulnerabilidades.

Os testes de estresse contra as mudanças climáticas podem oferecer às instituições financeiras melhor compreensão da magnitude de suas exposições e dos riscos associados. Na última década, uma em cada cinco avaliações de programas de auxílio aos países realizadas por técnicos do FMI considerou os riscos relacionados aos desastres climáticos.

Certamente, o remédio mais eficaz é a adoção global de políticas e medidas para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global de maneira sustentável. Essas ações geram benefícios que vão além do escopo da estabilidade financeira.

O estudo completo do FMI foi apresentado no documento “Global Financial Stability Report: Markets in the Time of COVID-19”. O relatório poderá ser baixado livremente no site da entidade – clique aqui para acessar.


Fonte: Fundo Monetário Internacional, publicado em 29 mai 2020.