Etarismo e reinvenção dos trabalhadores com mais de 50 anos

agosto 30, 2022

É usual afirmar que trabalhadores com mais de 50 anos devem se reinventar. Porém, faltam ações concretas de combate ao etarismo, a discriminação pela idade.

Muitas organizações ainda menosprezam ou oferecem poucas oportunidades a esses trabalhadores com idade avançada.

Pesquisa da consultoria Robert Half com gestores de pessoas concluiu que 69% das empresas não contrataram trabalhadores com mais de 50 anos.

Os recrutadores apontaram as seguintes restrições desse perfil:

  • salário alto (31%);
  • pouca flexibilidade (18%);
  • desatualização (12%); e
  • risco de ampliar conflitos entre gerações (7%).

Em contrapartida, os gestores apontaram benefícios de contratar alguém depois dos 50:

  • experiência (86%);
  • conhecimento (66%);
  • resiliência e inteligência emocional (43%); e
  • contribuir para a diversidade da organização (30%).

A pesquisa realizada em 2019 foi respondida por 1.161 gestores. Apesar de não ser recente, é representativa do universo corporativo.

Estratégias de adaptação

No cenário persistente de baixo crescimento econômico e altas taxas de desemprego, é necessário que os profissionais com mais de 50 anos procurem se atualizar ou se qualificar em outras áreas, adquirindo novos conhecimentos para melhor atenderem às demandas dos seus contratantes.

A pandemia Covid-19 impactou a saúde da população e a atividade econômica, demandando mudanças por parte dos trabalhadores e das empresas. Assim, houve aumento de profissionais que passaram a trabalhar como freelancers, consultores, empreendedores e autônomos.

O Home Office, conhecido por teletrabalho, se consolidou como alternativa viável para atendimento às demandas das empresas, exigindo maior habilidade com tecnologias digitais. Contudo, é preciso cuidados com a saúde e ergonomia adequada para não haver fadiga física ou estresse por sobrecarga de atividades.

Envelhecimento da força de trabalho

A pirâmide etária da população está mudando à medida que aumenta mais a quantidade de pessoas idosas do que jovens. Essa alteração do perfil demográfico tem impactos na dinâmica econômica das nações e obriga a repensar a inclusão dos trabalhadores em idade avançada.

Segundo estudos demográficos das Nações Unidas, entre 2022 e 2050, a população do Brasil aumentará 7,52%, passando de 214.824.774 para 230.972.115 pessoas – ver gráficos abaixo.

Pirâmides etárias do Brasil em 2022 e 2050

Pirâmides etárias do Brasil em 2022 e 2050

Nesse período de 28 anos (2022-2050) haverá as seguintes alterações em estratos relevantes:

a) População ativa jovem, 15 a 29 anos: sofrerá redução de 21,21%, de 43.831.707 a 34.536.842 pessoas.

b) População ativa não jovem, 30 a 64 anos: aumentará 5,23%, de 106.271.146 a 111.827.683 pessoas.

c) População de idosos, 65 anos ou mais: aumentará 139,69%, de 20.890.214 a 50.070.748 pessoas.

Em 2050, a população em idade ativa será 63% da população total. A população idosa, acima dos 65 anos, será maior do que a população jovem em 2060.

De acordo com projeções demográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2022 e 2050, a população ativa com 50 a 65 anos aumentará 36,96%, passando de 34.511.636 a 47.266.120 pessoas.

Assim, o problema do envelhecimento da população é muito sério. Se não houver estímulos para reinserção ou contratação de pessoas acima de 50 anos, o país enfrentará escassez de mão de obra qualificada nos próximos anos.

Empresas preferem trabalhadores mais jovens devido a sua menor remuneração, facilidades com novas tecnologias e adaptação à cultura organizacional.

Todavia, os administradores devem planejar cenários com menor disponibilidade de mão de obra jovem, demandando trabalhadores com mais de 50 anos.

Combate ao etarismo

Etarismo é o termo utilizado para discriminação contra indivíduos ou grupos etários com estereótipos associados à idade. Essa forma de preconceito pode ser estimulada em atitudes individuais, políticas e práticas institucionais que perpetuam a discriminação etária nas organizações.

Governos e empresas deveriam reconhecer e enfrentar o etarismo. Isso exige nova compreensão do envelhecimento da população, as mudanças do trabalho trazidas pelas tecnologias digitais e o convívio sadio com as gerações mais jovens.

Os líderes das organizações públicas e privadas têm grande responsabilidade em combater estereótipos de pessoas mais velhas obsoletas ou incapazes de aprender novas habilidades. É indispensável implantar ações concretas de incentivo à contratação de trabalhadores com idade avançada.

A ampla experiência e o conhecimento acumulado deveriam ser valorizados como ativos pelas organizações. É preciso avançar muito nesse campo, desde a contratação até estímulos à carreira para trabalhadores com mais de 50 anos.

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é um senhor com 79 anos, advogado e político muito experiente. Biden comanda a nação com a economia mais robusta e as forças armadas mais poderosas do mundo. Ele é um bom exemplo que deveria inspirar políticos e líderes da sociedade civil.

Demonstrar empatia com pessoas de idade avançada, além de estimular relações fraternas e respeitosas, torna a sociedade mais inclusiva e produtiva.

Autor: Rone Antônio de Azevedo para o Editorial GEDAF, publicado e revisado em 30.08.2022.

Referências

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Tabelas 2018: Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade: 2010-2060

Nações Unidas, Department of Economic and Social Affairs, Population Division, World Population Prospects 2022.


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Pesquisa recente em 2022 mostrou que 78% dos brasileiros estão endividados e 42% dos aposentados trabalham para complementar a renda.

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Filme A Bolsa ou a Vida retrata a desigualdade social no Brasil

fevereiro 23, 2022

O filme “A Bolsa ou a Vida”, lançado em 2021, retrata a desigualdade social no Brasil e contesta o sistema financeiro.

O vídeo do documentário completo está disponível, gratuitamente, no canal Caliban do YouTube – clique aqui.

Temática abordada

O filme é o manifesto de intelectuais contra a excessiva concentração de riquezas no Brasil e a exclusão da população mais pobre.

Um dos entrevistados, o economista Eduardo Moreira, diagnostica que os pobres não conseguem melhorar de vida no Brasil, pois lhes faltam os capitais financeiro, tecnológico (máquinas) e intelectual (conhecimento).

Os pobres são obrigados a morar em habitações precárias na periferia das grandes cidades brasileiras. Nesses locais faltam infraestruturas e serviços públicos. Consequentemente, a população fica sem assistência adequada e sujeita às milícias organizadas.

Além do déficit de moradias e infraestrutura, a população trabalhadora enfrenta dificuldades de mobilidade urbana. Utiliza  transporte público caro e desconfortável para deslocamento até o trabalho em regiões distantes nas cidades.

Diversas questões ambientais demandam maior atenção por parte dos governos. O país tem vastos recursos ambientais, mas sua exploração desequilibrada compromete a sustentabilidade, especialmente na Amazônia. O desmatamento das florestas objetiva a implantação de monoculturas, pecuária e o extrativismo mineral, contribuindo para aumentar os efeitos das mudanças climáticas.

Os entrevistados apontam que o sistema financeiro tem contribuído para aumentar a desigualdade e a exclusão social, mediante o esfacelamento das políticas públicas do Estado e privatizações. A cultura tem sido desprezada.

Bancos cobram taxas de juros elevadas que geram maior endividamento ou são inacessíveis aos mais pobres e aos micro e pequenos empreendedores.

O dinheiro captado pelos bancos é reinvestido no sistema financeiro. Grandes corporações sem atuação sustentável recebem aportes e captam recursos na Bolsa de Valores, mantendo o ciclo vicioso.

Após a pandemia Covid-19, a desigualdade social aumentou em função da perda de empregos e dificuldade para retomada das atividades econômicas.

Ficha Técnica

  • Título: A Bolsa ou a Vida
  • Categoria: Documentário  filme-manifesto com entrevistas
  • Direção: Silvio Tendler
  • Duração: 102 min (1 h 42 min)
  • Ano de lançamento: 2021
  • País: Brasil

Resenha Crítica do GEDAF

O filme tem o mérito de mostrar a grande desigualdade social no Brasil, agravada pela pandemia, estimular reflexões sobre a economia e a exploração insustentável da natureza.

Contudo, falha em aprofundar a análise das deficiências estruturais do país. O roteiro é superficial e tem viés ideológico.

Houve participação de defensores do socialismo que se contrapõem ao capitalismo financeiro devido às mazelas do Brasil. O excesso de dramatização é risível na caricatura grotesca do drácula com sangue nos dentes sob a forma de barras vermelhas no gráfico do pregão da bolsa.

As letras das músicas e poemas merecem destaque. Passam mensagens para aliviar frustrações existenciais na luta contra o sistema financeiro opressor.

Vários entrevistados no documentário são apoiadores ou foram integrantes de governos petistas. Apresentam-se cenas de manifestação em 2020 apoiada pelo movimento sindical na Avenida Paulista, em São Paulo, pessoas com faixas “Fora Bolsonaro”. Fica comprovado o viés ideológico nessa produção.

Faltou analisar a baixa qualidade da educação brasileira, entre as piores do mundo, a ausência de políticas públicas para desenvolvimento urbano. Foram ignorados o fisiologismo e as inúmeras legendas de aluguel, a corrupção bilionária revelada pela Lava Jato, e a subserviência do Estado aos interesses de certos grupos e castas.

O Brasil não tem projeto concreto de nação desenvolvida e próspera. Persiste forte dependência da exportação de commodities agrícolas e minerais. O parque industrial e o capital intelectual foram gradualmente desmobilizados e desestimulados nas últimas décadas.

Os autores revelam desconhecimento sobre a Bolsa de Valores. O mercado de capitais auxilia as empresas que necessitam de capital mais barato para se expandir. Oferece proteção contratual (hedge) e preservação do patrimônio dos fundos de pensão de aposentados.

Os fundos de pensão estão entre os maiores investidores na Bolsa de Valores em vários países. Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil e outras estatais possuem ações negociadas na Bolsa de Valores, demonstrando a importância desse mercado.

Na realidade, a Bolsa de Valores socializa a participação no capital e distribuição do lucro das empresas. Qualquer pessoa pode comprar ações, tornando-se sócia de empresas sólidas, investimento acessível. Cerca de 65% dos norte-americanos (200 milhões de pessoas) investe em ações de grandes empresas como Apple, Microsoft, Tesla e outras.

É compreensível o receio do brasileiro sobre o mercado de capitais, pois desconhece suas vantagens. A grande maioria ainda prefere depositar dinheiro na poupança ou outras opções de renda fixa oferecidas pelos bancos, recebendo parcos rendimentos. Menos de 3 milhões de brasileiros operam na Bolsa de Valores.

Nos últimos 40 anos, desde a redemocratização em 1982, o Brasil ainda não conseguiu conciliar desenvolvimento e inclusão social. Mas os culpados não são a Bolsa de Valores ou o capitalismo. Basta verificar os avanços econômicos e sociais dos países desenvolvidos na Europa, Ásia e América do Norte.

Países desenvolvidos são capitalistas e possuem políticas sociais inclusivas (welfare state). A China é exemplo de economia capitalista sofisticada, a despeito de ser governada por comunistas. Esses países investem na educação, incentivam empresas por meio do crédito e mercado de capitais consolidado.

Logo, o problema não é o capitalismo, mas a péssima gestão pública no Brasil. Lamentavelmente, o documentário desviou o foco das causas dos problemas estruturais.

O documentário constata que não existe capitalismo verdadeiro no Brasil, pois os mais ricos e grupos privilegiados estão sempre buscando pagar menos impostos ou obter mais subsídios junto aos diferentes governos. De fato, o país nunca foi capitalista quanto aos fundamentos da livre concorrência.

O Estado brasileiro intervém pesadamente na economia com regulação e fiscalização, excesso de estatais e monopólios, impõe elevada carga tributária. Dessa forma, o governo não cria riquezas, mas gasta muito mal. Desperdiça bilhões em obras com pouca serventia à população, tais como estádios de futebol e complexos olímpicos, e subsídios ou isenções a setores privilegiados.

Brasileiros precisam trabalhar cada vez mais meses no ano para pagar impostos ao governo – eram 5 meses em 2021. Contudo, a população não recebe o retorno sob a forma de serviços públicos com qualidade. Quem pode pagar opta por serviços privados de educação e saúde.

E, assim, sobra pequena parte da renda familiar para consumo, achatando a receita das empresas, dificultando a geração de empregos e novos investimentos. Sem crescimento da renda per capita, não há expansão da economia e redução das desigualdades. Essa é a armadilha da renda média na qual o Brasil está preso.

Apesar das contradições do filme analisado, concordamos que o Brasil precisa se libertar da letargia e reverter a exclusão social. É urgente iniciar amplas reformas econômicas e sociais para assegurar a educação de qualidade, a inovação e o empreendedorismo.

Todavia, a solução não é combater ou extinguir a Bolsa de Valores, mas corrigir as distorções seculares com políticas públicas eficazes e bons projetos de desenvolvimento. O dilema “Bolsa ou a Vida” é falso e maniqueísta, pois os culpados são outros, inclusive os eleitores que escolhem mal seus governantes.

É essencial eleger governantes sérios, responsáveis, comprometidos com a pátria e seus valores. Devemos evitar políticos populistas que se declaram defensores de pobres, mas apenas para mantê-los cativos como eternos eleitores em troca de bolsas-migalhas.

Avaliação do documentário “A Vida ou a Bolsa”

  • Temática: 4, aderente à sustentabilidade, com algumas restrições.
  • Narrativa: 3, diversas distorções utópicas e desconhecimento do sistema financeiro.
  • Fotografia: 4, destaque para imagens do meio ambiente e poesias.
  • Entrevistas: 3, opiniões enviesadas sem contraponto de analistas de mercado.
  • Nota Geral: 3,5

Em síntese, o documentário é recomendado por questionar o fracasso econômico e a desigualdade social no Brasil. Porém, é superficial e tem claro viés ideológico, com distorções utópicas.

Escala: 1 – Péssimo ; 2 – Ruim; 3 – Regular; 4 – Bom; 5 – Excelente

Autor: Rone Antônio de Azevedo, comentarista e especialista em Gestão de Finanças, GEDAF Finanças.

BC divulga calendário de resgate de saldos esquecidos em bancos

fevereiro 22, 2022

O calendário de resgate de saldos esquecidos em bancos foi divulgado pelo Banco Central do Brasil.

A partir de 14/02/2022, o atendimento será através do sistema Valores a Receber, no site valoresareceber.bcb.gov.br.

Ao efetuar a consulta, o(a) interessado(a) saberá se tem valor a receber.

Caso exista quantia disponível, o sistema informará data e período para solicitar o resgate do saldo existente.

As datas serão agendadas de acordo com o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa, conforme calendário abaixo.

Calendário de agendamento dos saldos esquecidos (consulta e resgate):

  • Antes de 1968          >  07/03  a  11/3  (12/3*)
  • Entre 1968 e 1983  >  14/03  a  18/3  (19/3*)
  • Após 1983                 >  21/03  a  25/3  (26/3*)

(*) Data de repescagem (sábados) para quem perder a data agendada.

Quando o sistema agendar a data, é importante verificar se o período de atendimento será de 4h às 14h ou de 14h às 24h.

Quem esquecer ou perder a data e o período poderá consultar novamente e receber a mesma informação.

Após isso, é preciso acessar novamente ao site valoresareceber.bcb.gov.br na data e período informados. Caso não seja efetuado, será necessário acessar no sábado da repescagem, das 4h às 24h, conforme o calendário acima.

Quem perder seu sábado de repescagem, poderá solicitar o resgate do saldo existente a partir de 28/03/2022.

Contudo, aqueles que não consultarem ou solicitarem o resgate do saldo existente nos prazos do calendário, não perderão o saldo disponível.

Dados necessários para consulta e resgate

A consulta requer apenas o CPF e a data de nascimento. No caso de empresas, é preciso informar o CNPJ e sua data de criação.

Contudo, para acessar o Sistema Valores a Receber na data e período agendados para consulta e resgate, será necessário login Gov.br nível prata ou ouro.

Quem não possui esse login poderá cadastrar gratuitamente no site ou pelo aplicativo Gov.br (Google Play e App Store).

Fique atento e previna golpes: consultas apenas no site Valores a Receber

O Banco Central não envia links e ninguém está autorizado a entrar em contato com os clientes representando a instituição ou oferecendo intermediação.

Não é possível consultar ou solicitar os valores no site principal do Banco Central ou no sistema Registrato.

Todas as consultas e solicitações serão feitas exclusivamente no site Valores a Receber (valoresareceber.bcb.gov.br).

Fonte: Banco Central do Brasil, acesso em 22.02.2022

Dicas financeiras do GEDAF para compra consciente na Black Friday

novembro 24, 2021

O GEDAF preparou dicas financeiras para orientar consumidores sobre a compra consciente na Black Friday.

Apesar de a Black Friday oferecer bons descontos nesta época do ano, é preciso muita cautela para evitar endividamento ou golpes de criminosos.

O consumidor precisa ter em mente que o comércio faz diversas promoções anualmente e sempre haverá novas oportunidades para adquirir produtos e serviços. Além disso, os lançamentos futuros podem agregar novas características em condições mais vantajosas do que as existentes no mercado.

Portanto, adiar a compra pode ser a decisão mais sensata, especialmente quando há limitações de orçamento.

1 – Avalie suas reais necessidades, compre apenas itens essenciais

Evite fazer compras por impulso ou atração de ofertas em anúncios sedutores. Compre apenas itens essenciais ou que não comprometem seu orçamento a médio ou longo prazo.

Se seu orçamento financeiro tem pequena folga para gastos, avalie a possibilidade de adiar a compra até que sua situação financeira melhore. Considere o orçamento disponível como a diferença entre as receitas e as despesas, calculado mensal e anualmente.

Mesmo que exista sobra de recursos em alguns meses, é preciso considerar o orçamento anual, avaliando se as receitas cobrem todas as despesas durante o ano.

Se estiver endividado além do limite da sua receita mensal atual, não faça compras adicionais, mesmo que vantajosas. Primeiro, quite suas dívidas antes de assumir novos compromissos.

Cuidado também com a sedução da “oportunidade única”, argumento comum dos comerciantes para apressar consumidores indecisos a realizar compra.

Dica Black Friday Consciente nº 1: Não faça gastos desnecessários contando com receitas futuras e incertas. Priorize o equilíbrio financeiro do seu orçamento anual, evite assumir novos compromissos se sua receita for pequena ou insuficiente.

2 – Liste os itens que deseja comprar e estabeleça o orçamento base

Levante todos os itens que deseja comprar e as respectivas especificações. Verifique se podem ser enquadrados no orçamento disponível, seu teto de gastos.

Estabeleça limites máximos ou estimativa do quanto pode gastar com cada item, priorize aqueles conforme critérios que julgar mais relevantes.

Substitua ou altere itens na sua lista, considerando especificações ou modelos mais simples, com menor custo de aquisição. Simplifique para economizar, se possível.

O orçamento base para a lista de compras deve ser definido de acordo com sua disponibilidade financeira, evitando utilizar reservas para emergências.

Dica Black Friday Consciente nº 2: Defina os itens mais importantes para a lista de compras e respeite o teto de gastos do seu orçamento pessoal.

3 – Evite endividamento em cartões de crédito por longos períodos

Uma estratégia muito utilizada por vendedores é a divisão da compra em várias parcelas de pequeno valor que cabem no bolso do consumidor. É a famigerada “parcelinha”.

Contudo, nas compras parceladas, o limite do cartão será parcialmente comprometido durante vários meses. O saldo disponível será progressivamente liberado até a quitação de toda a dívida.

Assim, se você precisar fazer novas compras em valor superior ao saldo disponível no cartão, será obrigado a recorrer a outra linha de crédito com juros mais altos. Se houver imprevistos e você não quitar a fatura mensal, haverá cobrança de juros elevados, taxas de 10% ou mais ao mês.

Parcelar a compra em muitas vezes pode gerar dificuldades na gestão das suas finanças. É sempre preferível o pagamento à vista, desde que oferecido bom desconto. Se não for possível, parcele a compra em, no máximo, até 6 (seis) vezes, evitando assumir dívidas por longos períodos.

Dica Black Friday Consciente nº 3: Compre à vista e não utilize o cartão de crédito para acumular e rolar dívidas de consumo por longos períodos.

4 – Verifique a reputação do vendedor e atendimento ao consumidor

Para evitar decepções, verifique a reputação do vendedor e o atendimento oferecido ao consumidor. Prefira comprar em lojas reconhecidas ou indicadas por pessoas confiáveis.

Desconfie de promoções com margens muito altas ou preços muito abaixo da média do mercado. Geralmente são indicativas de fraudes ou golpes.

Faça pesquisas na internet, digite o nome do vendedor no Google ou outro buscador. Verifique se há notícias sobre reclamações ou denúncias de golpes. Pesquise também comentários de consumidores nas redes sociais.

A reputação de vendedores pode ser consultada no site ReclameAqui – Clique Aqui. Esse site é o principal utilizado para registrar e consultar reclamações de consumidores. Pesquise pelo nome do vendedor, analise as reclamações sem solução ou não respondidas, e a nota da avaliação dos reclamantes.

Verifique se a empresa oferece garantias e informa prazos de entrega, troca ou devolução, exigências do Código de Defesa do Consumidor.

Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, e informar o endereço físico da loja ou o endereço eletrônico para contato. Lojas virtuais também devem possuir o canal do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Dica Black Friday Consciente nº 4: Conheça a reputação do vendedor e avalie as garantias oferecidas, especialmente na primeira compra.

5 – Fique atento à segurança dos dados e confira as informações

Nunca utilize computadores de acesso público ou sites com páginas não seguras para fazer compras.

Confirme se a barra do navegador mostra o endereço da loja virtual iniciando com https:// . Clique no cadeado exibido no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela e verifique se aparece a mensagem “conexão segura”. Caso negativo, não realize a compra.

Evite abrir links de anúncios de vendedores desconhecidos que enviam mensagens por e-mail ou aplicativos de celular – Whatsapp e Telegram.

Criminosos enviam chamarizes com falsas ofertas em sites adulterados ou números de telefone direcionados. Jamais forneça dados pessoais sensíveis como CPF e o número do cartão de crédito para acessar cupons de desconto, prêmios ou brindes fantásticos.

Não efetue o pagamento antes de confirmar as informações do vendedor e as características dos produtos e serviços que deseja adquirir.

É preferível pagar com cartão de crédito. Se possível, utilize o modelo virtual com geração aleatória de código de segurança para maior proteção do usuário.

Não pague boletos e não faça transferências eletrônicas sem registro do número do pedido para identificação e posterior acompanhamento.

Dica Black Friday Consciente nº 5: Proteja seus dados pessoais sensíveis, não abra links de anúncios com ofertas mirabolantes de vendedores desconhecidos.

Fonte: GEDAF Finanças e Empreendedores, publicado em 24.11.2021.

Pix alcança recorde de 112 milhões de usuários no primeiro ano

novembro 19, 2021

Pix alcançou recorde de 112 milhões de usuários no primeiro ano do seu lançamento. Banco Central do Brasil divulgou resultados e anunciou novidades em evento comemorativo. Confira também as dicas de segurança.

As expressões “Faz um Pix” e “Aceita Pix?” já se tornaram usuais para os brasileiros. Desde 16 de novembro de 2020, pagamentos instantâneos podem ser realizados com segurança em qualquer local com internet.

Estatísticas do Pix

Conforme a base de dados do Sistema de Pagamentos Brasileiros, organizada pelo Banco Central, em outubro de 2021, estavam cadastrados 112,6 milhões de usuários do Pix. Desse total, 105,2 milhões são Pessoas Físicas e 7,4 milhões são Pessoas Jurídicas.

Em outubro de 2021, o estoque de chaves alcançou 348 milhões, sendo 334 milhões de chaves das Pessoas Físicas e 14 milhões de chaves das Pessoas Jurídicas.

Entre novembro de 2020 e outubro de 2021, o número de transações Pix liquidadas mensalmente passou de 27,6 milhões para 979,9 milhões. No mesmo período, o montante dessas transações aumentou de R$ 25,09 bilhões para R$ 502,1 bilhões por mês.

A quantidade de operações no Pix superou a de outros meios tradicionais como transferências interbancárias TED/DOC, cheque, boleto, cartão pré-pago e débito direto na conta. Atualmente, o total de transações Pix é inferior apenas ao realizado em cartões de débito e de crédito.

Avaliação do Banco Central

O Pix ampliou o acesso ao meio de pagamento eletrônico. Contribuiu para inclusão financeira no momento em que a economia ainda sofre os impactos da pandemia Covid-19.

A população passou a usar o Pix de forma intensiva. Ele trouxe mais praticidade e segurança aos cidadãos ao reduzir o custo, gerar oportunidades para as empresas, incentivar pagamentos eletrônicos no contexto de digitalização de negócios e eficiência do mercado.

O Banco Central apurou que o público de 45,6 milhões de pessoas que não haviam feito transferência eletrônica interbancária TED nos 12 meses anteriores ao lançamento do Pix e o usaram pelo menos uma vez como pagador. Desse total, 33,9 milhões passaram a utilizar o Pix de forma exclusiva.

Devido ao Pix, o Brasil se tornou o país que adotou meios de pagamento instantâneo de forma mais rápida e inclusiva no mundo. O Pix recebeu diversas premiações, destacando-se na academia Ibest (categoria Governo), o 25º Concurso de Inovação no Setor Público, a Seleção Mobile Time 2021 e o Fintech Regtech Global Awards 2021.

O sucesso do Pix é resultado do trabalho conjunto das equipes do Banco Central e de todas as instituições participantes. A inovação tecnológica e a regulamentação oficial são fatores essenciais para essa inovação.

Novidades do Pix

Desde o lançamento do Pix, o Banco Central aperfeiçoa suas funcionalidades para viabilizar a realização de pagamentos de forma prática e segura, instantânea e a custo reduzido.

Em 2021, foram lançadas funcionalidades tais como pagamentos após vencimento, mediante cálculo automático de juros e multa, melhorias na usabilidade e gestão do limite de aplicativos, mecanismos adicionais para a proteção dos usuários por bloqueio cautelar e devolução do Pix.

1 – Cobrança agendada

Lançada em maio de 2021, a funcionalidade Pix Cobrança substitui o boleto bancário. O pagamento instantâneo por meio de código QR (versão do código de barras) fotografado com a câmera do celular.

Em julho de 2021, começou a ser ofertado o Pix Agendado para cobranças em data futura. Em setembro, essa funcionalidade passou a ser obrigatória para todas as instituições financeiras.

2 – Prevenção a assaltos e fraudes

O Banco Central adotou medidas para prevenção de assaltos e sequestros relâmpago. A partir de 1º de novembro as transações noturnas com Pix passaram a ser limitadas até R$ 1 mil entre 20h e 6h. Além disso, os usuários podem solicitar ao seu banco a alteração do limite.

O novo mecanismo para devolução do Pix por suspeita de fraude ou falha do sistema está vigente desde 16 de novembro de 2021. O usuário pagador que for vítima de golpe deverá entrar em contato com seu banco de relacionamento e solicitar o bloqueio cautelar.

A instituição em que o fraudador tem conta ou a instituição do cliente poderão abrir a notificação de infração. Assim, a instituição do fraudador bloqueará os recursos por até 72 horas. Aberta a notificação, ambas as instituições têm esse prazo para analisar. Se confirmada a fraude, haverá a devolução dos recursos. O usuário recebedor da transação original será notificado sobre o bloqueio dos recursos e a efetivação da devolução, caso autorizada.

3 – Saque e Troco

Em 29 de novembro de 2021 estarão disponíveis as funções Pix Saque e Pix Troco. Na primeira, o usuário poderá sacar em comércios e terminais compartilhados ou na sua própria instituição financeira. Na função Pix Troco, ao pagar a compra, o cliente poderá fazer o Pix equivalente à soma da compra e do saque, recebendo a diferença em espécie. O extrato bancário especificará as parcelas da compra e do saque recebido como troco.

O Banco Central estabeleceu as regras de cobrança das tarifas bancárias e os benefícios para os estabelecimentos comerciais que aderirem aos serviços. Até o limite de oito saques por mês, não haverá tarifas para Pessoas Físicas, incluindo os empresários individuais.

As tarifas do Pix serão cobradas das instituições financeiras, não sendo repassadas ao consumidor ou comerciante. O estabelecimento comercial que disponibilizar as funções Saque ou Troco receberá a tarifa por transação efetivada, entre R$ 0,25 e R$ 0,95, conforme negociação com sua instituição de relacionamento.

As funcionalidades Saque e Troco melhoram a circulação monetária, reduzem custos das operações e aumentam a segurança para o usuário do Pix. A infraestrutura bancária também será otimizada, mais enxuta, em relação à gestão de terminais eletrônicos.

4 – Outras inovações

A partir de 29 de novembro de 2021, serão gradualmente disponibilizados pela rede varejista o checkout, pagamento com o aparelho de telefone próprio do cliente por proximidade ao sensor.

O Banco Central está analisando outras funcionalidades. Uma delas é o pagamento sem conectividade à internet, democratizando ainda mais o uso do Pix e viabilizando seu uso em locais sem acesso ou instabilidade do sinal.

Recomendações de segurança para transferências Pix

O usuário do Pix deve ter os mesmos cuidados de outros meios eletrônicos. O Banco Central faz as seguintes recomendações:

  1. Na tela de confirmação da transação, seja o pagamento por QR Code ou chave Pix, certifique-se de que o beneficiário do recurso é realmente a pessoa ou a empresa que receberá o valor.
  2. Realize transações Pix somente em ambientes logados com internet segura.
  3. Jamais compartilhe senha ou dados pessoais com terceiros, proteja as informações da sua conta e o dispositivo eletrônico (computador, tablet ou celular).
  4. Não abra links não solicitados que chegam por e-mail, aplicativos (whatsapp e telegram) e SMS.
  5. Não transfira imediatamente valores a pedido de amigos ou parentes quando receber mensagens suspeitas em aplicativos (whatsapp e telegram), principalmente para conta de outras pessoas. Telefone antes para a pessoa e confirme se ela realmente fez o pedido.

Outra dica valiosa, nas compras de valor mais alto é preferível usar o cartão de crédito ou débito, pois o estorno é mais rápido e fácil.

Fonte: Banco Central do Brasil, evento comemorativo Revolução Pix, 16 Nov. 2021.

Prêmio Nacional de Inovação 2021

setembro 5, 2021

O Prêmio Nacional de Inovação 2021 é a maior premiação do Brasil de incentivo e reconhecimento às empresas que contribuem para o aumento da competitividade. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 02 de outubro de 2021.

O Prêmio Nacional de Inovação é iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

A 7ª edição do Prêmio Nacional de Inovação terá o patrocínio exclusivo da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, além do apoio de diversas associações e entidades setoriais.

O prêmio é a oportunidade única para aumentar a visibilidade das estratégias e tornar a empresa ou ecossistema de inovação reconhecidos nacionalmente. Além de concorrer a prêmios, ao final, todas as empresas e instituições participantes recebem o relatório de avaliação sobre pontos fortes e oportunidades de melhoria.

Público

O Prêmio destina-se às empresas do setor industrial, aos pequenos negócios de todos os setores e aos ecossistemas de inovação no país, conforme:

  1. Empreendedor Individual, microempresa ou pequena empresa com receita bruta anual inferior ou igual a R$4,8 milhões.
  2. Médias empresas do setor industrial com receita bruta anual superior a R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões.
  3. Grande empresa do setor industrial com receita bruta anual superior a R$ 300 milhões.
  4. Ecossistemas de Inovação (EI) atuante em um município ou microrregião, no raio máximo de 100 (cem) km da cidade sede, constituídos por 3 (três) instituições proponentes, sendo obrigatoriamente uma por segmento – Academia, Empresa e Governo.

Categorias da Premiação

  1. Gestão da Inovação: organizações que, por meio da implementação de processos, métodos, técnicas e ferramentas produziram ambiente profícuo à geração de inovações.
  2. Inovação em Produto: introdução de novos bens e serviços ou significativamente melhorados, em termos de suas características ou usos previstos, que proporcionaram positivos impactos ao negócio.
  3. Inovação em Processo: implementação de métodos de produção e/ou métodos de distribuição novos ou significativamente melhorados, que proporcionaram impactos positivos ao negócio.
  4. Inovação em Sustentabilidade (nova categoria): introdução de inovações que preservaram o meio ambiente e/ou que proporcionaram benefícios sociais.
  5. Destaque SST:  reconhecimento para as práticas inovadoras em Saúde e Segurança no Trabalho (SST).
  6. Ecossistemas da Inovação (nova categoria): análise de efetividade das ações e integração dos atores e sua evolução nos últimos dois anos, nos três estágios de maturidade – Inicial, Em Desenvolvimento, Consolidado.

Inscrições

O processo será on-line e a inscrição é gratuita, no endereço eletrônico www.premionacionaldeinovacao.com.br .

As inscrições estarão abertas das 14h de 06 de julho de 2021 às 23h59min de 02 de outubro de 2021, horários de Brasília.

As empresas podem fazer somente uma inscrição por CNPJ. A inscrição do Ecossistema de Inovação será preferencialmente 1 (um) por município ou mais de um se tiverem abrangência em municípios diferentes, desde que esteja(m) no raio de até 100 km da cidade sede.

Na inscrição, os candidatos devem responder aos questionários para pontuação e avaliação do desempenho.

Candidata Empresa:

  • Opção A (30 questões), somente na categoria de inovação (produto, processo e sustentabilidade).
  • Opção B (79 questões), nas categorias inovação e gestão da inovação.

Candidato Ecossistema de Inovação:

  • Parte 1 (28 questões), cujo resultado enquadrará o ecossistema em uma das três modalidades.
  • Parte 2 (13 questões), avaliará a evolução do ecossistema nos dois últimos anos, pesos diferenciados por modalidade.

Diferenciais do Prêmio

Única premiação do país que entrega relatório personalizado e gratuito a todas as instituições inscritas, com feedbacks, identificação de pontos fortes e oportunidades de melhorias, além do comparativo entre as candidatas da mesma modalidade.

Diagnóstico de Inovação para identificar o perfil da instituição participante, conforme aderência à metodologia de avaliação.

A instituição não precisará arcar com nenhum custo para se inscrever ou concorrer ao Prêmio.

Ampla divulgação, empresas e ecossistemas de inovação finalistas e vencedores conquistam reconhecimento e audiência nacional.

Prêmios

Os vencedores (Empresas por categorias e Ecossistemas de Inovação) receberão os seguintes prêmios:

  1. Troféu, com alusão à categoria(s) e modalidade associada(s) para todas as vencedoras em categorias e/ou no destaque em SST.
  2. Duas imersões em centros nacionais de referências em inovação, uma nacional e outra internacional, para acesso às tecnologias, infraestrutura para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e modelos de negócio e gestão em ecossistemas no Brasil e exterior.
  3. As instituições vencedoras vão indicar até três representantes para o curso Master in Business Innovation (MBI) do Senai.
  4. Divulgação dos finalistas e vencedores em mídias digitais e impressas (jornais e revistas) de relevância empresarial e alcance nacional.

Os finalistas receberão placas de reconhecimento, com alusão à categoria e modalidade, menção nas mídias digitais, e citação no caderno de resultados e site do projeto.

Fonte: Sebrae, acesso em 05.09.2021

Banco Central facilitará consulta de saldos a devolver em contas

junho 3, 2021

Banco Central do Brasil (BCB) facilitará consulta de saldos a devolver disponíveis em contas de instituições financeiras, a partir de dezembro de 2021.

A Resolução BCB n° 98, editada em 01.06.2021, estabeleceu o Sistema de Informações de Valores a Receber (SVR) e o compartilhamento de dados pelas instituições financeiras sobre montantes a devolver para pessoas naturais e jurídicas – clique aqui para acessar.

O SVR entrará em operação em dezembro de 2021, permitindo a pessoas e empresas consultarem eventuais saldos relativos à:

  • contas encerradas de depósitos em moeda nacional;
  • contas encerradas de pagamento pré-paga e pós-paga;
  • contas de registro mantidas por sociedades corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários, operações de clientes encerradas;
  • tarifas cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução em decorrência de acordos com órgãos reguladores, de fiscalização e controle;
  • parcelas ou obrigações relativas às operações de crédito cobradas indevidamente, não devolvidas ou sujeitas à devolução por exigência de órgãos reguladores, de fiscalização e controle;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
  • recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados; e
  • outras situações de valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

As informações sobre saldos a devolver, cuja responsabilidade é exclusiva das instituições financeiras, deverão ser encaminhadas ao BCB a partir de 1º de outubro, mensalmente. Os grupos de consórcio estão dispensados, pois já enviam dados sobre recursos residuais a cada trimestre.

Valores a serem devolvidos aos cidadãos totalizam R$ 8 bilhões

O Banco Central estima que os valores residuais totalizam R$ 8 bilhões a serem devolvidos. Esse montante significativo pode contribuir na retomada da atividade econômica pós-pandemia.

Muitas pessoas desconhecem os montantes residuais que possuem nas instituições financeiras. A falta de informação ou a expectativa de valores baixos desmotivam a procura das instituições com as quais tiveram ou mantém relacionamento.

O objetivo do Valores a Receber é facilitar a comunicação entre instituições e clientes e auxiliar a devolução de forma mais rápida, cômoda e segura.

As instituições, responsáveis pela devolução dos valores, participarão do SVR nas condições do termo de adesão junto ao BCB.

Além das informações de valores a devolver, as instituições deverão informar os montantes efetivamente devolvidos após a entrada em funcionamento do SVR.

Processo de devolução monitorado pelo BC

Atualmente, o sistema Registrato do Banco Central permite consultas de relatórios financeiros das pessoas físicas, incluindo empréstimos e financiamentos, contas em bancos, informações de chaves Pix, e outros.

O Registrato utiliza a base de informações remetidas periodicamente pelas instituições ao Banco Central, disponíveis no cadastro de Clientes do Sistema Financeiro (CCS).

A consulta aos saldos a devolver registrados no SVR também será realizada por meio de acesso no Registrato.

O SVR possibilitará a solicitação de devolução de valores disponíveis, após autenticação do interessado e confirmação de dados bancários. As pessoas naturais e jurídicas poderão indicar a chave Pix para crédito em conta de sua titularidade.

A equipe Cidadania Digital no Departamento de Atendimento Institucional (Deati) relatou que o Banco Central vai monitorar as instituições e a efetividade das devoluções realizadas.

Fonte: Banco Central do Brasil, publicada em 01.06.2021.

Programa Aprender Valor do BC inicia aplicação em escolas

maio 27, 2021

Programa Aprender Valor do Banco Central inicia aplicação em escolas do Ensino Fundamental para estimular a educação financeira.

A iniciativa está na fase experimental (piloto) e será gradualmente disseminada às escolas públicas brasileiras.

Ao longo de 2021 o Banco Central vai expandir o Aprender Valor e as escolas interessadas poderão participar.

No piloto participam as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação de seis unidades federativas: Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná.

As Secretarias de Educação e escolas receberam apoio na implementação do ensino da educação financeira e da educação para consumo. O programa disponibilizou projetos escolares para os profissionais das escolas que aderiram, oferecendo formação a professores, gestores e técnicos.

A professora Ednéia Machado, supervisora educacional da Escola Estadual General Carneiro, de São Roque de Minas (MG), destacou a importância do programa:

“Quem ainda não começou, pode começar, pois ele é um curso de transformação de vidas. Ele transforma a vida de quem acredita mesmo. E quando um professor acredita naquilo que ele ensina, ele transforma o seu aluno. E se o seu aluno acredita no que é ensinado, ele transforma a sua comunidade. Agarrem esse projeto com unhas e dentes”.

Lançamento oficial

Em 26/04/2021, o BC realizou evento nacional para marcar a formação de professores e dar início à etapa em que os conteúdos serão efetivamente aplicados nas escolas.

Mais de 500 educadores participaram virtualmente do evento. Eles concluíram o último módulo formativo, denominado Aprender Valor na Sala de Aula.

Os educadores receberam orientações para levar a educação financeira aos estudantes do 1º ao 9º ano, por meio dos projetos na plataforma aprendervalor.caeddigital.net.

Plataforma Aprender Valor

A plataforma virtual foi desenvolvida pelo Banco Central e o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJ).

Os projetos foram construídos para aplicação em sala de aula, de forma presencial, pensando na realidade da maior parte das escolas do país.

Devido à pandemia Covid-19 e suspensão das aulas presenciais, alguns projetos foram adaptados para o ensino remoto. Há três modalidades de interação entre professor e estudantes: síncrona, assíncrona e envio de material, em formato digital ou impresso.

Organizadores e justificativa

O Aprender Valor faz parte da Agenda BC, dimensão Educação, e recebeu financiamento do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A iniciativa do Banco Central está alinhada às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em 2018, a BNCC introduziu a educação financeira, de forma transversal, nas disciplinas obrigatórias do currículo escolar, especialmente matemática, língua portuguesa, geografia e história, justificou Maurício Moura, Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC.


Fonte: Banco Central do Brasil, acesso em 27.05.2021.

Decreto obriga postos de combustíveis a informarem composição dos preços

fevereiro 23, 2021

A partir de 24 de março de 2021, todos os postos de combustíveis serão obrigados a informarem com clareza a composição do preço final dos combustíveis automotivos, os preços reais e promocionais.

As informações devem ficar disponíveis de forma detalhada e visível no estabelecimento.

As novas regras foram estabelecidas no Decreto nº 10.634, assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial da União em 22.02.2021. A medida entra em vigor 30 dias após a publicação.

O objetivo é assegurar o direito dos consumidores de receber “informações corretas, claras, precisas, ostensivas e legíveis sobre os preços dos combustíveis automotivos no território nacional” (D. 10634, 2021).


(!) Participe da enquete Preferências do Consumidor para Abastecimento em Postos


Informações sobre tributos

O decreto permitirá conhecer os tributos sobre a venda dos combustíveis praticados pela União, Estados e Distrito Federal, e Municípios. Dessa forma, será possível perceber qual desses entes tem maior participação no preço final.

Os postos revendedores de combustíveis automotivos ficam obrigados a informar os valores estimados de tributos das mercadorias e dos serviços oferecidos por meio de painel instalado em local visível no estabelecimento.

As informações a serem divulgadas aos consumidores são:

  • o valor médio regional no produtor ou no importador;
  • o preço de referência para o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
  • o valor do ICMS;
  • o valor da Contribuição para os programas de Integração Social (PIS), de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
  • o valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados, gás natural e derivados, e álcool etílico combustível.

Regras para aplicativos

No caso de descontos oferecidos por aplicativos de fidelização, o consumidor deverá ser informado do preço real, de forma destacada, do preço promocional e o desconto.

Quando o uso do aplicativo proporcionar a devolução de dinheiro ao consumidor, o valor e a forma do crédito deverão ser informados de forma precisa e legível.

Clareza sobre o preço do combustível

A Secretaria-geral da Presidência da República acredita que as regras previstas no decreto permitirão ao consumidor entender a formação do preço final do combustível e perceber com maior clareza o real motivo na sua variação.

A medida foi proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério de Minas e Energia e pela Advocacia-geral da União.

Clique aqui para ler o texto original do ato do Poder Executivo.


Fonte: Portal de Notícias do Governo Federal, acesos em 23.02.2021