Programa amplia Educação Financeira aos jovens e crianças carentes

janeiro 13, 2021

O programa Futuro na Mão 2.0, do Ministério da Cidadania, promoverá ações de Educação Financeira para jovens e crianças carentes. A iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) do órgão.

Atualmente, o programa oferece oficinas sobre assuntos de finanças às mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) e usuários cadastrados nos Centros de Referência em Assistência Social – CRAS.

A versão 2.0, a ser implantada em 2021, ampliará o escopo do Futuro na Mão para conscientizar o cidadão desde a primeira infância. As ações educativas serão realizadas de maneira híbrida: encontros presenciais no CRAS e conteúdo online. Há previsão de novas oficinas sobre empreendedorismo.

Além de sensibilizar sobre o planejamento financeiro, as ações educativas explicarão impostos e como são aplicados em benefício da sociedade. Para despertar o interesse das crianças, temas sobre bens e serviços públicos serão apresentados de maneira lúdica, baseado na experiência de algumas escolas.

Escolas, hospitais, estradas e parques são bens públicos para os quais todos contribuem e devem cuidar. O corpo de bombeiros, a polícia, o sistema de saúde SUS e outros serviços públicos essenciais são financiados por impostos pagos por todos.

Fabiana Rodopoulos, secretária nacional de Renda de Cidadania, destacou a importância desse conhecimento na construção da cidadania: “As crianças precisam aprender o que é escassez de recursos, saber como gastar o dinheiro. São esses pilares de valores – tanto financeiros quanto de vida – que queremos levar aos jovens”.


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Parcerias estratégicas: Unicef e CVM

O programa Futuro na Mão 2.0 será realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Unicef auxiliará em avaliações de impacto das ações de educação financeira, disseminação de informações e conhecimentos para crianças e adolescentes, mapeamento de experiências, elaboração de conteúdos e materiais para capacitação das famílias beneficiárias do PBF.

A CVM apoiará a elaboração de estratégias para a primeira infância e os responsáveis familiares. A entidade prioriza a mudança cultural de indivíduos e famílias, visando à valorização da ética, honestidade, autonomia, decisões financeiras conscientes e adequadas aos objetivos de vida.

“Assim como governos responsáveis gastam apenas o que arrecadam com os impostos, famílias responsáveis gastam apenas o que ganham”, “O objetivo maior é contribuir para a construção da autonomia e o incremento das chances de mobilidade social das famílias mais vulneráveis, como as atendidas pelo PBF”, justificou a secretária Fabiana.

Integração com a Poupança Social Digital

A ampliação do Futuro na Mão está em sintonia com a Poupança Social Digital, parceria entre o Ministério da Cidadania e a Caixa Econômica Federal.

Essa nova poupança pretende alcançar 9 milhões de beneficiários do PBF de dezembro de 2020 a março de 2021. Representa enorme avanço na inclusão bancária e digital no Brasil. Contribuirá também para integrar a educação financeira nas decisões dos responsáveis familiares.

A poupança digital permite saque ou utilização fracionada dos benefícios e o acesso a serviços bancários básicos. O crédito é feito diretamente na conta de poupança para utilização imediata pelo aplicativo Caixa Tem. Dessa forma, o beneficiário pode fazer transferências, pagamentos e saques sem cartão.

Clientes da Caixa poderão utilizar cartões do Cidadão ou do Bolsa Família para saque nas Lotéricas, Caixa Aqui ou terminais. O aplicativo Caixa Tem facilita consultas sobre o calendário do PBF. Aqueles que já recebiam em conta simplificada passam a movimentar e sacar somente pelo cartão de débito.

“Agora que eles [beneficiários] têm acesso às movimentações bancárias, é essencial que saibam gerir o próprio dinheiro, que consigam fazer a manutenção das dívidas e, principalmente, poupar”, finalizou a secretária Fabiana.


Fonte: Diretoria de Comunicação do Ministério da Cidadania, acesso em 13.01.2020, revisado pelo Editorial GEDAF.

Imagem: Ministério da Cidadania do Brasil.

Dicas GEDAF para planejar metas em 2021

janeiro 10, 2021

No início do novo ano, muitas pessoas procuram planejar metas visando à conquista de resultados mais satisfatórios e melhoria da sua qualidade de vida.

A falta de metas claras pode resultar em desequilíbrios e perda de foco. No famoso conto “Alice no País de Maravilhas”, escrito por Lewis Carroll, a personagem Alice pergunta ao gato Cheshire qual caminho deveria seguir. Então, o gato respondeu-lhe com a célebre ponderação lógica: “Se você não sabe onde quer chegar, então qualquer caminho serve”.

Felizmente há boas técnicas para facilitar decisões. O GEDAF compartilha o modelo integrador ISAEL para auxiliar aos que procuram por referências de planejar metas. Essa ferramenta contempla 5 (cinco) dimensões essenciais, áreas-chave vitais para o sucesso, mostradas na Figura abaixo.

Modelo ISAEL - GEDAF

Figura 1: Modelo ISAEL para planejamento de metas (GEDAF, 2021)

Descrição das áreas-chave

  • [I]nvestimentos: análises e decisões sobre alocação de recursos financeiros (carteira) em renda fixa e variável, considerando os riscos e o perfil cada investidor.
  • [S]aúde: cuidados com o corpo e a mente, mediante prática de atividades físicas, meditação para redução do estresse, e cultivo da espiritualidade.
  • [A]limentação: seleção e preparo de alimentos saudáveis e naturais, mudança de hábitos e perfil de consumo mais sustentável.
  • [E]ducação Financeira: aquisição e atualização de conhecimentos sobre finanças pessoais e investimentos por meio de leituras, participação em cursos e eventos.
  • [L]azer e Repouso: repouso noturno e organização de pausas para descanso, prática de atividades recreativas, incluindo viagens e eventos culturais.

O modelo de planejamento ISAEL é bastante simples. A verificação de resultados em cada área-chave deve ser realizada de forma periódica – semanal, quinzenal ou mensal.

O acompanhamento se dá por registro das ações e resultados. Recomenda-se utilizar caderno pautado (com linhas), modelo universitário, para apontamentos pessoais cronológicos dessas iniciativas. Reservar uma folha para cada período de verificação.

Você ficará mais animado(a) com seu progresso à medida que planeja ações e registra os resultados nas áreas-chave do modelo ISAEL.

Outra curiosidade: Isael tem origem bíblica, correspondendo às tribos de Israel descendentes de Jacó. Significa “aquele(a) que reina com Deus”.

Pedimos à Deus a melhor orientação para planejar suas metas em 2021!


Editorial GEDAF, colaboração do gestor financeiro Rone Antônio de Azevedo.

Imagem: Alice in Wonderland, Disney Estúdios, 2009.

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CVM lança guia prático do investidor na bolsa de valores

outubro 25, 2020

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM lançou guia prático do investidor na bolsa de valores sobre as principais características desse ambiente de negociação.

O guia “Como Funciona a Bolsa de Valores” foi elaborado em linguagem acessível para orientar aos interessados em negociar ações, debêntures, fundos imobiliários e de índices (ETFs).

O lançamento da primeira edição ocorreu em outubro de 2020 na Semana Mundial do Investidor (World Investor Week – WIW 2020). O guia foi publicado pela Divisão de Educação Financeira (COE) da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI) da CVM.

Baixe o guia Como Funciona a Bolsa de Valores

O guia prático do investidor em formato digital PDF é gratuito e pode ser baixado no site da CVM – clique aqui.

Temas abordados no guia

Bolsas de valores no Brasil: os ambientes organizados de bolsa são administrados por entidades autorizadas pela CVM; atualmente, apenas a instituição B3 – Brasil, Bolsa e Balcão está autorizada a administrar tais ambientes.

Intermediação dos negócios em bolsa: primeiro passo do investidor, abrangendo a seleção e cadastro em corretora ou outro intermediário habilitado.

Ordens e book de ofertas: segundo passo do investidor, negociação por ordem, de compra ou de venda, para o intermediário contratado, para inclusão no sistema da bolsa.

Meios de acesso: para enviar as suas ordens de compra ou de venda ao intermediário, os investidores podem utilizar o home broker ou a mesa de operações.

Liquidação: procedimentos de liquidação das operações efetuadas, ou seja, da entrega do ativo ao comprador e do pagamento ao vendedor.

Custódia: controle da titularidade, das movimentações de compra, venda e transferências de propriedade, e do exercício de direitos (dividendos e outros proventos), grupamentos e desdobramentos, realizados em sistemas informatizados, em conta eletrônica individualizada.

Custos: aspecto fundamental a que os investidores devem estar atentos, incidentes nas operações – taxa de corretagem, taxa de custódia, emolumentos e taxa de liquidação.

Informação e comunicação: investidores têm acesso às notas de corretagem de compra e venda e o extrato de movimentação da conta de custódia, incluindo a distribuição de dividendos e a posição de seus investimentos.

Procedimentos especiais: leilões direcionados à negociação de ativos específicos e circuitbreaker para interromper o pregão da bolsa por determinado período em momentos atípicos do mercado quando houver excessiva volatilidade.

Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP): instrumento de indenização para assegurar aos investidores o ressarcimento de prejuízos decorrentes da ação ou omissão dos participantes e administradores da bolsa.

Atendimento da CVM: sites na internet, consulta a telefones, e endereço dos escritórios da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores no Rio de Janeiro e São Paulo.

Referência

CVM Notícias, Educação financeira em pauta, publicada em 05 out. 2020.

(c) Editorial GEDAF Finanças e Empreendedores, 2020.

Livro ensina fórmula para investimentos lucrativos na bolsa

julho 21, 2020

Livro “A Fórmula Mágica” de Joel Greenblatt é essencial para a aprender a aproveitar as oportunidades de investimentos por meio de processo simples, seguindo o passo a passo.

Greenblatt passou mais de 30 anos investindo profissionalmente e lecionou sobre Finanças durante 14 anos na Columbia Business School, renomada faculdade de administração e negócios.

Sua obra tornou-se referência no mundo das Finanças e Investimentos Pessoais nos Estados Unidos, destacando-se como best-seller na lista do The New York Times.

O livro é conciso, mas apresenta de forma rápida e prática o método desenvolvido por Greenblatt para investir no mercado de ações e ter grande retorno a longo prazo:

  • como enxergar o mercado de ações;
  • porque o sucesso se esquiva de quase todas as pessoas e investidores profissionais;
  • como encontrar boas empresas a preços irrisórios;
  • como bater o mercado sozinho.

O autor apresenta o passo a passo de como aplicar  a”Formula Mágica” para investir em ações, mesmo no mercado brasileiro. Ele ensina a bater o mercado de ações com sua fórmula simples que traz grande retorno.

A fórmula mágica é útil para investidores experientes e iniciantes no mercado das ações. Testada e aprovada por acadêmicos e investidores profissionais de todo o mundo para seus investimentos a longo prazo.

O livro apresenta matemática básica e linguagem bem-humorada para identificar bons negócios com ativos na bolsa a preços atrativos.

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Dicas Financeiras GEDAF #02 Educação dos Filhos

maio 10, 2020

Dicas Financeiras GEDAF #02 oferece orientações sobre a educação dos filhos.

Nesta data especial, o GEDAF cumprimenta as Mães! Parabéns por se dedicarem ao Sucesso dos seus filhos!

Gostamos muito de ajudar as mães na sua principal missão de educar e cuidar bem dos filhos.

Por isso, compartilhamos este informativo especialmente em homenagem a elas.

1 – Evitar gastos com festas sofisticadas e viagens especiais para crianças pequenas

Festas bem produzidas em ambientes sofisticados para comemorar o aniversário de crianças pequenas costumam ter custo bastante elevado. Geralmente, exigem muita dedicação dos pais para sua organização e divulgação.

Contudo, essas comemorações impactam muito pouco no desenvolvimento e nas boas recordações das crianças com pouca idade. Estudos da Psicologia demonstram que é bastante reduzida nossa capacidade de reter memórias de experiências específicas até os 3 anos de idade, razão pela qual essa ausência é denominada amnésia infantil.

A recomendação também pode ser estendida ao planejamento de viagens caras aos parques temáticos da Disney ou outros lugares especiais no exterior.

Assim, os pais devem evitar gastos com eventos e passeios nos quais as crianças não lembrarão quando se tornarem adultas ou terão pouco impacto em seu desenvolvimento.

É preferível investir em momentos de lazer simples e agradáveis junto da família, pois trarão maior alegria às crianças. Exceto os casos em que esses eventos reflitam o desejo ou necessidade dos pais em apresentar a criança ao grupo social, o ideal é fazer essas comemorações ou viagens após os 3 anos.

2 – Recusar pedidos de crianças para atender seus caprichos

É natural crianças fazerem pedidos aos pais quando a família vai às compras. Contudo, os pais devem recusar, exceto se houver real necessidade e não comprometer o orçamento familiar.

A pior abordagem dos pais é agradar os filhos sob o pretexto de “dar aquilo que não teve na sua infância”. Pais não devem se sentir culpados ao recusarem os pedidos, evitando compensar dificuldades financeiras no passado. Faz parte do seu papel educador dizer “Não”.

Infelizmente, a conduta omissa de vários pais deixa seus filhos com a expectativa de sempre serem atendidos. Mais tarde, esse mau costume poderá levá-los a se tonarem adultos incapazes de lidar com as rejeições.

A boa educação financeira das crianças orienta a valorizar o dinheiro dos pais, evitar compras desnecessárias e planejar gastos conforme o orçamento da família.

Não é recomendado levar crianças pequenas a supermercados e lojas, pois podem constranger com seu choro ou birra. A partir dos 5 anos, as crianças podem ser convidadas pelos pais desde que participem na elaboração da lista de compras.

É importante envolver as crianças nesse processo para perceberem os produtos essenciais e supérfluos às necessidades da família. Pais podem permitir sugestões de itens para compra, tais como biscoitos, doces e brinquedos, mas sempre dentro do orçamento fixado.

No local de compras, caso a criança peça produtos fora da lista combinada, os pais devem ser enérgicos ao negarem, mantendo-se fiéis ao planejado. Essa disciplina é fundamental para a criança entender a importância do orçamento.

Deve-se também evitar presentear fora das datas especiais: aniversário, Dia das Crianças e Natal. É preciso ensinar as crianças a suportarem a espera, mantendo a expectativa.

Dar aos filhos tudo o que eles pedem contribui para se transformarem em adultos relapsos com o dinheiro, o planejamento de objetivos e a disposição de lutar por eles.


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3 – Não sobrecarregar os filhos com atividades extracurriculares

Além do custo alto para a família, preencher a agenda das crianças com diversas atividades paralelas à escola poderá causar-lhes enorme privação da infância e prejudicar seu desenvolvimento.

Pais não deveriam transferir para os filhos seus próprios projetos de vida. É saudável envolver crianças em práticas esportivas, aprendizado de habilidades musicais ou físicas ou idiomas estrangeiros. Contudo, é preciso cautela para não transformar crianças em vítimas do desejo dos seus pais que sonham em fazê-las campeãs ou gênios precoces em alguma atividade.

A infância precisa ser respeitada enquanto tempo sagrado para aprendizagem lúdica, habilidades sociais e desenvolvimento da personalidade. Assim, é preocupante a conduta de alguns pais que obrigam seus filhos a fazerem diversas atividades paralelas para se tornarem mais competitivos no mercado de trabalho.

Crianças devem ter o direito de escolher e fazer atividades livres que mais gostam. Elas podem manifestar interesse por alguma atividade na qual desejem desenvolver seus talentos.

Pais precisam ficar atentos aos sinais dos filhos sobre preferências específicas. Em alguns casos será preciso esperar mais tempo até a criança crescer e ter maior aptidão para fazer certas atividades. Nem sempre começar muito cedo é vantajoso, pois a criança poderá desistir.

O investimento em cursos de idiomas estrangeiros, instrumentos musicais, esportes ou hobbies é recomendado desde que as crianças não fiquem sobrecarregadas ao extremo. Seu tempo de estudar, brincar e relacionar com familiares deve ser respeitado.

Evidentemente, o custo financeiro dessas atividades paralelas é significativo e precisa ser bem analisado antes de ser incluído no orçamento da família.

Caso contrário, além de comprometer o orçamento familiar, os pais estarão contribuindo para que seus filhos sejam adultos frustrados e problemáticos.

Recomendação final do GEDAF

Educar os filhos sobre o orçamento familiar, respeitar seu tempo de infância e promover lazer agradável com a família.


Fonte:

AZEVEDO, Rone Antônio. Dicas Financeiras GEDAF, publicado em 10/05/2020. GEDAF: 2020. Proibida reprodução sem citação completa do artigo.

Leia também:

Dicas Financeiras GEDAF #01 Troca de Celular

Pesquisa constata que 79% dos adultos não foram educados sobre finanças na infância

abril 29, 2020

Pesquisa constata que 79% das pessoas adultas entrevistadas não receberam educação financeira na infância, até 12 anos de idade.

A pesquisa foi contratada pelo C6 Bank e realizada pelo Ibope Inteligência. Os pesquisadores entrevistaram 2.000 pessoas das classes A, B e C, brasileiros maiores de 16 anos, com acesso à internet. A margem de erro dos resultados é 2% (dois porcento).

As classes sociais adotadas nesse tipo de pesquisa são baseadas na renda familiar em Salários Mínimos (SM), conforme os seguintes intervalos:

  • A (10 a 20 SM – R$ 10.450,00 a R$ 20.900,00);
  • B (4 a 10 SM – R$ 4.180,00 a R$ 10.450,00);
  • C (2 a 4 SM – R$ 2.090,00 a R$ 4.180,00).

Resultados e constatação da pesquisa Ibope/C6 Bank

  • 21% dos entrevistados receberam orientação sobre finanças na infância (até 12 anos);
  • 38% aprenderam noções de finanças na adolescência (dos 12 aos 17 anos);
  • 27% tiveram contato com o assunto na juventude (dos 12 aos 24 anos); e
  • 14% aprenderam finanças pessoais na fase adulta (acima dos 25 anos).

A pesquisa mostrou que a classe C, famílias com menor renda, adquire noções financeiras mais tardiamente – apenas 19% dos seus entrevistados conheceram esse assunto na infância. Nas classes B e A, essa proporção aumenta para 22% e 36%, respectivamente.

A prática de abordar o assunto sobre finanças entre adultos da mesma família também reflete as diferenças de renda familiar: 51% das pessoas na classe C conversam frequentemente sobre gastos com outros adultos em casa, enquanto essa proporção aumenta para 59% na classe B e 76% na classe A.

Contudo, a maioria dos entrevistados declarou que informa as crianças da família sobre assuntos financeiros.  Cerca de 77% dos entrevistados afirmaram que compartilham situações de dificuldade financeira com os filhos em casa, explicando-lhes os motivos para economizar.

Desafios da educação financeira no Brasil

Em 2017, o Ministério da Educação aprovou a introdução da educação financeira no currículo do Ensino Fundamental, tornando-se obrigatória nas escolas nacionais a partir de 2020. Essa temática sobre comportamento e práticas para o consumo deverá ser abordada nas disciplinas Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Geografia e História.

No entanto, o país enfrenta problemas crônicos de preparação dos professores e adaptação das escolas ao novo contexto para levar adiante essa missão. O Brasil está posicionado em 68º lugar no ranking mundial de conhecimentos financeiros, considerando 148 países. O levantamento foi realizado em 2016 pelo Banco Mundial e o Centro Global para a Excelência do Alfabetismo Financeiro da Universidade George Washington, dos Estados Unidos.

A educação financeira requer a discussão sobre comportamentos e hábitos de consumo, transcendendo as noções básicas de matemática financeira disseminadas em muitos programas escolares, tais como taxas de juros e inflação de preços.

O GEDAF Finanças e Empreendedores continuará a contribuir e incentivar os educadores brasileiros nessa nobre missão.

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Fonte:

C6 Bank. Pesquisa Ibope/C6 Bank revela que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância. Blog C6 Bank, publicado em 27 abr. 2020.

Receita lança guia sobre medidas tributárias após pandemia

abril 22, 2020

Receita Federal lançou o guia “Perguntas e Respostas” sobre medidas editadas a partir de março de 2020 para reduzir o impacto econômico da pandemia do coronavírus.

O guia esclarece as diversas mudanças nos tributos a serem recolhidos por empresas e questões sobre a declaração de rendimentos das pessoas físicas.

Temas abordados no guia

1) Prorrogação do vencimento de tributos apurados por dentro no âmbito do Simples Nacional – Resolução do Comitê Gestor nº 154, de 3 de abril de 2020.

2) Redução a zero de alíquotas do IOF sobre operação de crédito – Decreto nº 10.305, em 1º de abril.

3) Redução a zero das alíquotas de IPI sobre produtos específicos – Decretos nº 10.285, de 20 de março, e nº 10.302, de 1º de abril.

4) Alteração dos prazos de entrega das declarações de ajuste anual das pessoas físicas, do espólio e de saída definitiva – Instruções Normativas nº 1930, de 1º de abril, e nº 1934, de 7 de abril.

5) Prorrogação do prazo de recolhimento de tributos federais – Portaria ME nº 139, de 3 de abril, alterada pela Portaria ME nº 150, de 7 de abril.

6) Simplificação do despacho aduaneiro de mercadorias importadas destinadas ao combate da Covid-19 – Instruções Normativa nº 1.927, de 17 de março, e nº 1.929, de 27 de março.

Acesso ao guia

O guia consolidado com esclarecimentos sobre as medidas tributárias está disponível no site da Receita Federal.

Clique aqui para acessar.

Dicas Financeiras GEDAF #01 Troca de Celular

abril 20, 2020

Você costuma trocar seu aparelho celular quando é lançada nova versão com mais recursos?

Agradecemos se puder responder nossa enquete sobre hábitos de consumo dos leitores do site GEDAF.

[socialpoll id=”2629019″]

Dicas Financeiras do GEDAF analisou o hábito de consumo da troca de aparelho celular com maior frequência.

O GEDAF fez simulações financeiras e concluiu que esse hábito pode custar muito dinheiro para o consumidor.

A análise financeira apresentada neste artigo é baseada em dados reais do programa assistido de finanças*, cliente designada pelo nome fictício Rose.

1 – Descrição do estudo de caso

Os três aparelhos celulares novos (A1, A2, A3) foram adquiridos em 2017, 2018 e início de 2020, sendo todos modelos da linha superior de grande marca no mercado.

Após anunciar, Rose conseguiu revender seus dois celulares mais antigos em 2019 (A1) e 2020 (A2), abatendo parcialmente os custos de aquisição.

As datas e valores de compra e revenda dos aparelhos são mostrados na coluna “Valor Corrente” do Quadro 1, abaixo.

Quadro 1 – Histórico de troca de aparelhos celulares

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Portanto, no período de três anos, Rose desembolsou o total de R$ 7.479,00 (valor negativo), em valores correntes ou brutos.

Abatido o atual aparelho celular de Rose (A3), haveria o prejuízo acumulado de R$ 3.379,00, saldo residual em 19/04/2020.

Isso demonstra que mesmo revendendo os aparelhos antigos, Rose teria que arcar com essa diferença acumulada nas sucessivas trocas.

2 – Investimento nos celulares com valor corrigido

Para apurar o saldo residual corrigido, o GEDAF realizou a simulação considerando a correção monetária pelo índice DI (Depósito Interbancário).

Esse índice é utilizado como referência de rentabilidade para fundos de renda fixa baseados no CDI, títulos negociados entre bancos.

Verificando a coluna”Valor Corrigido” no Quadro 1, Rose teria, efetivamente, desembolsado R$ 8.510,00 (negativo) mas sucessivas trocas.

Descontando, então, o valor desembolsado no atual aparelho celular (A3), Rose acumulou o prejuízo de R$ 4.421,66, devidamente atualizado pelo DI.

Assim, existe a diferença de R$ 1.042,66 entre os saldos residuais corrente e corrigido, representando perda financeira de 30,9%.


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3 – Simulação financeira com troca de celular a cada três anos

Para fins de comparação, foi realizada nova simulação considerando, dessa vez, a troca de aparelho somente após três anos de uso (A1 e A3).

Os resultados da simulação com aplicação de 98% do índice DI são mostrados no Quadro 2, abaixo:

Quadro 2 – Opção de troca de aparelhos celulares a cada três anos

Comparativo hábitos de consumo troca de celular (GEDAF, 2020)

Comparativo hábitos de consumo (GEDAF, 2020)

Descontando o atual aparelho celular (A3), Rose teria acumulado o prejuízo de R$ 2.563,70, corrigido pelo índice DI.

Assim, na segunda opção, há a diferença de R$ 763,70 entre os saldos residuais corrente e corrigido, perda financeira de 42,4%.

4 – Conclusão e Recomendações

O estudo de caso do GEDAF aplicado à situação real de troca anual de aparelhos celulares demonstrou que esse hábito gera prejuízo significativo.

Na opção de troca de celular a cada três anos, a perda financeira foi reduzida de R$ 4.421,66 para R$ 2.563,70, economia de 40%.

Os aparelhos avaliados neste estudo são da linha superior do mesmo fabricante, considerados os melhores da sua categoria quando foram lançados.

Mesmo quando o usuário revende seus aparelhos antigos, não consegue abater os custos de aquisição dos novos aparelhos.

Celulares, assim como os demais dispositivos eletrônicos, sofrem grande desvalorização após mais de um ano em utilização.

O estudo foi realizado com o índice DI, mas simulações com outros indicadores obtiveram resultados próximos na comparação entre opções.

A recomendação final desta dica financeira do GEDAF é:

Evitar a troca contínua de aparelhos celulares, verificando sempre se novos recursos tecnológicos são realmente necessários.


Fonte:

GEDAF Finanças e Empreendedores, publicado em 20/04/2020. Simulações realizadas pelo analista financeiro Rone Antônio de Azevedo. Proibida reprodução sem citação completa do artigo.

Cadastro no Auxílio Emergencial para trabalhadores informais

abril 7, 2020

O Auxílio Emergencial é o benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. Seu objetivo é fornecer proteção e subsistência no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do coronavírus.

A lei nº 13.982, publicada em 02 de abril de 2020, estabeleceu o pagamento da renda básica emergencial no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus. A lei foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro após aprovação no Congresso Nacional.

O pagamento do benefício será feito durante três meses (três parcelas), cuja operacionalização ficará sob responsabilidade dos bancos públicos federais Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), além de casas lotéricas.

O recebimento do auxílio emergencial está limitado a dois membros da mesma família. O auxílio poderá ser dobrado, R$ 1,2 mil, nos casos de pessoas na condição de mães solteiras.

O pagamento será autorizado após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício.

Requisitos para receber o auxílio emergencial

Para ter acesso ao auxílio emergencial, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

1) Maior de Idade: ser maior de 18 anos de idade;

2) Não ter emprego formal: destinado exclusivamente para trabalhadores autônomos com rendas informais;

3) Não ser beneficiário: não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;

4) Renda familiar: renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00);

5) Rendimentos tributáveis: não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70;

6) Atividades permitidas: microempreendedor individual (MEI) ou ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);

7) Renda média: ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.

Importante:

Quem recebe Bolsa Família poderá receber o auxílio emergencial, desde que seja mais vantajoso. Neste período o Bolsa Família ficará suspenso.

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20/03/2020, e se atender as regras do programa, receberá o auxílio sem precisar se cadastrar no site da Caixa Econômica Federal.

As pessoas que não estavam no Cadastro Único até 20/03/2020, mas que têm direito ao auxílio poderão se cadastrar no site da Caixa.

Funcionários públicos, concursados ou temporários, não terão direito ao benefício, pois não se enquadram em nenhuma das categorias permitidas.

Cadastramento dos beneficiários

A inscrição poderá ser realizada no site da Caixa Econômica Federal auxilio.caixa.gov.br ou pelo aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial.

Os usuários de celular de qualquer marca, exceto iPhone, devem baixar o aplicativo “Caixa|Auxílio Emergencial” na Play Store. Os usuários de iPhone devem baixar o aplicativo na App Store.

Antes de baixar o aplicativo, conferir se é realmente da Caixa Econômica Federal, ver indicação na imagem abaixo. Existem outros aplicativos não oficiais com nomes semelhantes.

Se você estiver lendo esta notícia em celular, baixa a versão do aplicativo na Play Store.

APP Caixa - Auxílio Emergencial

APP “Caixa | Auxílio Emergencial” (disponível na Play Store)

Depois de fazer o cadastro, o acompanhamento sobre a liberação do auxílio emergencial poderá ser consultado no próprio site ou aplicativo.


Fonte: EBC Brasil / Caixa Econômica Federal, acesso em 07.04.2020